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terça-feira, 31 de março de 2015

Estados Unidos e Cuba fazem reunião para tratar de direitos humanos

Representantes dos Estados Unidos e de Cuba reúnem-se hoje (31) em Washington, no âmbito das negociações para restabelecer as relações diplomáticas entre os dois países. Desta vez, o tema do encontro será direitos humanos, de acordo com informações do governo cubano. Será a quarta reunião entre representantes das chancelarias desde dezembro do ano passado, quando os presidentes Raúl Castro e Barack Obama anunciaram as negociações para restabelecer as relações, interrompidas por 50 anos.
Segundo o governo cubano, o diálogo bilateral sobre direitos humanos foi uma solicitação da ilha.
“Cuba deseja que esse diálogo decorra em ambiente construtivo, sobre bases de reciprocidade, sem constrangimentos nem tratamentos discriminatórios e dentro do respeito da vontade soberana, da independência e da não ingerência nos assuntos internos dos países”, acrescentou Luis Pedroso, representante do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, em uma reportagem divulgada nos meios de comunicação oficiais do país.
Até agora, os dois países já fizeram três rodadas de negociação. Em janeiro, em Havana, em fevereiro, em Washington, e a mais recente este mês, na capital cubana. Para os Estados Unidos, os direitos humanos e as liberdades em Cuba estão entre os temas mais delicados.
Em fevereiro deste ano, a chefe da delegação norte-americana, a secretária de Estado adjunta para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, manifestou preocupação na rede social Twitter quanto ao "silenciamento violento" de dissidentes em Cuba.
Do mesmo modo, o governo cubano e a comunidade internacional pressionam os Estados Unidos para que haja uma solução definitiva sobre o fechamento da prisão norte-americana de Guantánamo, localizada em território cubano e que recebe constantes acusações de violação de direitos humanos.
"Preocupada com o silenciamento violento de vozes pacíficas para a mudança em Cuba", escreveu a representante norte-americana, um dia depois de a União Patriótica de Cuba (Unpacu) – organização de oposição – ter denunciado a detenção de mais de 200 opositores do regime cubano durante várias horas.
O embargo contra Cuba depende de um projeto de lei aprovado no Congresso norte-americano para ser alterado.
Apesar das dificuldades, os presidentes dos dois países têm sinalizado confiança no processo de restabelecimento, ainda que de maneira gradual.
Em entrevista, o presidente norte-americano disse estar disposto a reabrir a Embaixada dos Estados Unidos em Cuba antes da cúpula das Américas, marcada para abril no Panamá. Vai ser a primeira cúpula dos países americanos após a reaproximação dos dois países.
Na reunião anterior, realizada em 2012 em Cartagena, na Colômbia, os países participantes revindicaram que Obama revisse o bloqueio e que as relações fossem retomadas.

Agência Brasil

Dilma defende Levy e diz que ministro foi mal interpretado


Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
A presidenta Dilma Rousseff comentou hoje (30) as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre sua gestão e disse que o ministro foi mal interpretado.
Em palestra a membros do setor financeiro na última semana, Levy disse que Dilma tem “um desejo genuíno de acertar as coisas, não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno”, de acordo com gravação obtida pelo jornal Folha de S.Paulo.
“Não tem por que criar maiores complicações por isso, ele [Levy] já explicou isso exaustivamente. Ele ficou bastante triste com isso e me explicou. Tenho clareza de que ele foi mal interpretado”, disse a presidenta em entrevista após evento do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Capanema, no Pará.
Ontem (29), o ministro contestou a interpretação negativa dada a sua declaração pelo jornal.
Dilma disse que Levy tem trabalhado na negociação das medidas do ajuste fiscal que dependem de aprovação do Congresso Nacional e reforçou os argumentos do governo em defesa dos cortes de gastos. Segundo a presidenta, o país depende do ajuste para voltar a crescer. “Você tem que adequar a política econômica e toda a sua ação às mudanças da realidade, estamos fazendo isso. Tenho certeza [de] que o Brasil volta a crescer se a gente fizer essa movimentação”, avaliou.
Dilma voltou a dizer que o governo absorveu os impactos da crise nos últimos anos e que agora é preciso reduzir os subsídios para garantir o equilíbrio das contas. “Nós fomos até onde pudemos, absorvendo no Orçamento Geral do país todos os efeitos da crise: desoneramos folha, demos para financiamento de investimento juros de 2%, enfim, fizemos uma porção de desonerações. O que estamos fazendo agora? Estamos reajustando desonerações que fizemos”, acrescentou.
Durante o discurso, a presidenta também defendeu o ajuste fiscal e a retomada do crescimento e disse que o Brasil “tem reservas em dólar suficientes para enfrentar qualquer crise internacional” e que a estrutura bancária do país “não está nem um pouco comprometida”, como é o caso dos países desenvolvidos.
“Nós tivemos que segurar a onda, um verdadeiro tsunami, da crise internacional, que desempregou 60 milhões na Europa, que tirou direitos, que acabou com garantia de emprego, que produziu uma catástrofe social”, comparou.
Dilma entregou 1.032 unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida no município de Capanema, que fica a 160 quilômetros de Belém. O empreendimento recebeu R$ 53,6 milhões de investimento e deve beneficiar 4 mil pessoas.

Agência Brasil



 

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