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domingo, 10 de julho de 2022

PEC Eleitoral: base aliada a Bolsonaro tenta agora mobilizar seus parlamentares para garantir a aprovação do texto nesta terça

 


Após a intensa articulação desta semana na Câmara dos Deputados para votar a jato a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Eleitoral ter virado um grande revés para o governo, a base aliada ao presidente Jair Bolsonaro tenta agora mobilizar seus parlamentares para garantir a aprovação do texto na próxima terça-feira (12) sem surpresas antes do recesso parlamentar.

Aliados e integrantes do governo vão passar o fim de semana em contato com deputados para convencê-los a vir a Brasília votar a PEC. O desafio é a proximidade do período eleitoral. Muitos deputados já estão mais concentrados nas próprias aspirações eleitorais, e ficar perto da base é prioritário.

A votação foi adiada na quinta-feira por temor de derrubada do estado de emergência da PEC, desenhado para driblar a lei eleitoral. A proposta cria benefícios como o “Pix Caminhoneiro” (de R$ 1 mil), amplia o Auxílio Brasil para R$ 600 e dobra o vale-gás para o equivalente a um botijão de 13 kg. O gasto total será de R 41,2 bilhões.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem declarado que a PEC será aprovada. “Vai aprovar na terça”, disse ele a interlocutores.

A oposição, que quer ganhar tempo no debate, promete continuar fazendo obstrução para “denunciar” o caráter eleitoreiro da proposta, mas acabará votando a favor do texto. A pressa do governo com a aprovação é para tentar antecipar esses pagamentos, para que haja efeitos na popularidade de Bolsonaro antes das eleições.

O desafio não é garantir apenas o quórum qualificado para a aprovação da PEC em dois turnos — que exige 308 votos favoráveis em cada um. A preocupação é evitar mudanças no texto, como as pretendidas em destaques do PT e do Novo, que poderiam derrubar o estado de emergência da lei.

O governo minimizou o adiamento da votação, nos bastidores, e nega que isso atrapalhará os planos da campanha. Bolsonaro já usa o pacote de bondades em discursos para atrair o eleitorado.

Ataques de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o adiamento da votação da PEC das bondades no Congresso. Em uma sequência de posts no Twitter, o chefe do Executivo responsabilizou lockdowns “irracionais” e a guerra na Ucrânia pela crise no Brasil. Disse que o seu governo alertou sobre o problema e fez a sua parte.

Também atacou a oposição –que chama a distribuição de benefícios a 3 meses da eleição de eleitoreira– e a imprensa. “Não bastasse a falta de iniciativa, que deveria vir de outras esferas, o que vemos é o contrário. O esforço, principalmente de políticos ligados ao PT, tem sido para impedir a redução de impostos e o socorro aos brasileiros. Querem se promover às custas do sofrimento do povo”, escreveu o presidente. “A tragédia era anunciada, mas parte da imprensa preferiu ser parceira na demagogia”, completou.

O Sul

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