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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Super-auxílios no Itamaraty

“Em tempos de crise fiscal, Itamaraty mantém auxílios-moradia de até 70 mil reais por mês”, diz a BBC Brasil.

“É o caso de seis diplomatas que atuam no exterior e que recebem, cada um, mais de US$ 10 mil mensais de reembolso pelo aluguel de suas residências.”

Os super-auxílios, prossegue a reportagem, são pagos a diplomatas em Hong Kong, Nova York, São Francisco, Genebra e em Sydney.


O Antagonista


BRASIL: UM PAÍS EM TRANSFORMAÇÃO
XIX- 002/19 -14.10.2019

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DESCRÉDITO COM DESÂNIMO

Em quase todas as plateias formadas por pessoas com boa formação e razoavelmente bem informadas, o que se vê e ouve neste momento é uma mistura de descrédito com desânimo no que diz respeito quanto à pretensa e sempre anunciada retomada do já quase esquecido CRESCIMENTO ECONÔMICO do nosso empobrecido Brasil.

MOSCA DA FRUSTRAÇÃO

Certas fisionomias deixam claro que até aqueles que geralmente se declaram OTIMISTAS, diante da visível e indisfarçável DEMORA na chegada dos anunciados e pretendidos resultados, por mais disfarces que usem não estão conseguindo esconder que foram picados pela MOSCA DA FRUSTRAÇÃO.

POR QUE ESTÁ TÃO DEVAGAR?

Pois, para este grande contingente de desanimados sugiro a leitura da ótima reportagem econômica publicada na edição 1195 da revista Exame - POR QUE ESTÁ TÃO DEVAGAR? -. A matéria, assinada pelos jornalistas David Chen, Fabiane Stefano e André Jankavski, inicia assim: - NÃO É FÁCIL INAUGURAR UMA ERA LIBERAL NUMA ECONOMIA ACOSTUMADA AO EMPURRÃO DO ESTADO -.

PERSEVERANÇA

O que mais chama a atenção é que o SUCESSO obtido pelos PAÍSES QUE JÁ TRILHARAM O CAMINHO DA TRANSFORMAÇÃO, QUE O BRASIL ESTÁ INICIANDO, só será alcançado através de muita PERSEVERANÇA.


O TAMANHO DA NOSSA ENCRENCA

Ainda que devamos ser muito PERSEVERANTES, uma pergunta se impõe: POR QUE A NOSSA RECUPERAÇÃO É TÃO LENTA? A resposta, segundo o ótimo estudo dos jornalistas, inicia dizendo que o TAMANHO DA NOSSA ENCRENCA É BEM MAIOR DO QUE SE PENSAVA, coisa que tem ficado CRISTALINA nos últimos meses.

EXCESSOS DO PASSADO

Mais: os EXCESSOS DO PASSADO ainda se fazem sentir de forma muito pesada, como:

1-a PRODUÇÃO NACIONAL está quase 5%  abaixo do pico de 2014;

2- o DESEMPREGO e o SUBEMPREGO são o dia a dia de 28 MILHÕES DE BRASILEIROS (e há outras de dezenas de milhões que dependem deles);

3- a DÍVIDA PÚBLICA chegou ao patamar de 80% do PIB  (29 p.p. acima do que era SETE ANOS ATRÁS; e,

4- o país está completando o sexto ano consecutivo com as CONTAS PÚBLICAS NO VERMELHO.

MODELO ECONÔMICO

Entretanto, se é desanimador o DIAGNÓSTICO de que a doença é mais grave do que muitos acreditavam, a demora na recuperação pode ter como CAUSA uma razão mais alentadora. Afinal, há indícios de que as REFORMAS EM CURSO não visem exatamente uma RETOMADA, mas uma TRANSFORMAÇÃO. 

Está em curso uma notória SUBSTITUIÇÃO DO MODELO ECONÔMICO.  O ESTADO, que até agora era  o MOTOR DOS INVESTIMENTOS está dando lugar a um MODELO em que a INICIATIVA PRIVADA é a grande protagonista.

Este PROCESSO, sem a menor dúvida, demanda tempo.

MARKET PLACE

ORLA DO GUAÍBA - Hoje, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, assinou a ordem de início das obras de revitalização do -TRECHO 3- da ORLA DO GUAÍBA. O consórcio vencedor da licitação foi o ACA/RGS, de Portugal, e o valor do contrato é de R$ 46.171.731,77, ou seja, uma economia de quase 20% em relação ao orçado no edital. 

Quanto ao -TRECHO 2-,  prefeito Marchezan lançou o processo de consulta pública para concessão, por 35 anos, onde deverá ser instalada uma RODA-GIGANTE de no mínimo 80 metros de altura. A área compreende 134,4 mil metros quadrados e 850 metros de extensão, mais faixa de água, que vai da Rótula das Cuias até o Anfiteatro Pôr do Sol. As informações para empresas e grupos interessados no processo estão disponíveis no site da Secretaria Municipal de Parcerias Estratégicas (SMPE).

O critério de julgamento deste TRECHO 2 será a maior oferta de outorga fixa. De acordo com a equipe da SMPE, o investimento estimado é de R$ 70,5 milhões. Já as receitas totais médias são calculadas em R$ 32 milhões por ano, e o custo operacional no mesmo período deverá ficar em R$ 13 milhões. A outorga fixa mínima é de R$ 200 mil, e a outorga variável, de 2% sobre a receita bruta. Portanto, o valor de contrato, considerando o investimento e os custos operacionais, será de R$ 512,1 milhões.

OS PRIMEIROS SINAIS DE MELHORA -  Eis o bom texto do jornalista J. R. Guzzo - OS PRIMEIROS SINAIS DE MELHORA - :

Há uma lógica indicando que as coisas na economia têm mais possibilidade de ir para a frente do que para trás.

A questão mais repetida do momento no mundo dos negócios e junto ao público em geral não é exatamente saber se estão aparecendo sinais de recuperação econômica. Na maioria das opiniões, e com base na observação dos fatos que podem ser verificados neste momento, há, sim, elementos para dizer que a atividade econômica, após quase nove meses de governo novo, dá algumas primeiras mostras de retomada.

O problema é saber de qual tipo de retomada se está falando. A movimentação que está acontecendo em diversos setores da economia significa que o Brasil está mesmo diante de um reinício de crescimento? Pergunta-se muito sobre o ritmo do processo — não estaria sendo muito lento? Estaria sendo uma mudança em algumas áreas determinadas ou um fenômeno mais geral? Seria um caso de “muito pouco” em um período de tempo que já deveria ter produzido mais resultados visíveis?

O mais provável é que essas incertezas continuem por aí durante algum tempo — a tendência é que o grosso do mundo dos negócios continue em sua presente atitude de esperar e ver para crer. Mas há uma lógica indicando que as coisas têm muito mais possibilidades de ir para a frente do que de ir para trás ou de ficar paradas do jeito que estão.

É algo para pensar, num país que há mais de 20 anos vem alternando períodos de voo de galinha com períodos de recessão pura e simples.

Há, é claro, os intratáveis “problemas estruturais” que lhe são repetidos em 100% das análises feitas pelos economistas — e que podem ser resumidos no imenso fato de que o Brasil está obrigado a viver dentro de um sistema que torna inevitável sua eterna situação de falência. Gasta mais do que consegue produzir, simplesmente — e gasta segundo uma irracionalidade suicida, ao transferir cada vez mais para poucos o que deveria ser usufruído por muitos.

Mas isso é algo que não vai ser resolvido daqui a meia hora. O único mundo disponível hoje para os brasileiros é esse que está aí. E os avanços que interessam são os avanços possíveis.

Dentro do que é possível esperar, não parece haver lógica na ideia de que um governo objetivamente melhor do que os anteriores só consiga produzir, no fim das contas, os mesmos resultados. Essa comparação não é apenas com governos muito ruins — é com governos anormais, capazes de armar uma catástrofe econômica que se estendeu por anos inteiros, incluindo a maior recessão de toda a história do Brasil.

Pelo simples fato de não estar sob a mesma direção, e seguindo na direção do mesmo precipício, o país já melhora por si só. Os problemas estruturais, que corrompem a alma da sociedade brasileira e a destroem todos os dias, continuam aí, intactos, como mencionado acima. Sua remoção é uma tarefa de gerações.

Na vida do aqui e do agora, porém, não há fatos indicando que a realidade da economia vá permanecer idêntica à dos últimos anos. É bem conhecida a lista de progressos reais obtidos de janeiro para cá, da reforma da Previdência às novas regras de liberdade econômica, da abertura para privatizações à consolidação dos índices básicos da saúde geral da economia. Não há necessidade de ficar repetindo isso tudo.

O importante é anotar que não há nenhum indício de que o rumo seguido até o momento possa virar ao contrário de uma hora para a outra ou durante os próximos três anos e meio.

É isso, no fundo, que interessa — para onde estamos indo, e não onde estivemos ou, num mundo ideal, onde deveríamos estar. O crescimento de 0,4% no último trimestre medido foi uma mixaria? Foi, porque o Brasil precisa de muito mais do que isso, há anos. Mas como crescer rápido neste momento em que a economia mundial está andando em marcha lentíssima e nenhum país consegue avançar depressa?

O 0,4% do Brasil foi a terceira melhor taxa de crescimento do mundo; os Estados Unidos, que se consideram num bom momento, cresceram 0,5%. Este é um momento que pede calma. No mínimo, é preciso esperar mais um pouco para dizer que as coisas estão indo realmente mal.

FRASE DO DIA

De todos os animais, o homem é aquele a quem mais custa viver em rebanho.
Jean-Jacques Rousseau

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