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quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

As reformas na Austrália e a previdência no Brasil, por Lúcio Machado Borges*

Nos últimos 26 anos, a Austrália fez reformas significativas, que fez com que o país crescesse3% ao ano. A mesma coisa fez a Nova Zelândia e a Inglaterra, na gestão de Margaret Thatcher. O Brasil perdeu o bônus demográfico. Na década de 70, o país era de jovens e não enriquecemos. Já fizemos uma reforma trabalhista parcial e agora é preciso de uma reforma na previdência para que não ocorra com o Brasil o mesmo que ocorreu com a Grécia. A previdência no Brasil vai cair de podre como aconteceu com o Muro de Berlim.

Na Argentina, o governo Macri conseguiu aprovar a reforma previdenciária. Lá, assim como ocorre por aqui, quem promoveu a baderna foi os sindicalistas. Os sindicalistas brasileiros e as castas do judiciário, são contra a reforma da previdência porque não querem perder os seus privilégios. Sempre é bom lembrar que a população mais pobre é que banca os privilégios para esses gigolôs do dinheiro público.

Antigamente as pessoas morriam aos 60 ou 70 anos. Hoje em dia, as pessoas estão passando facilmente dos 80 e dos 90 anos. Há pessoas com mais tempo de vida do que com tempo de contribuição e isso acaba gerando um aumento para a dívida da previdência. E é bom lembrar que esta reforma é paliativa. O próximo governo vai precisar fazer novamente. Se não fizer agora, mais adiante será pior. O déficit econômico irá piorar e isso acabará afastando os investimentos. Quem vai querer investir em um país que vai entrar em default?

Temer é o mais indicado para fazer a reforma porque ele não tem popularidade. Os governo populares não se atrevem a mexer neste vespeiro. Darcy Francisco Carvalho dos Santos já dizia há mais de vinte anos que a previdência iria quebrar, como de fato aconteceu agora. O funcionalismo público é o que fica com o valor maior deste bolo e é por isso que eles fazem toda essa gritaria. Não querem perder os seus privilégios.

*Editor do site RS Notícias

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