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domingo, 19 de setembro de 2021

Preço médio da gasolina sobe pela 7ª semana seguida nos postos do País

 


O preço médio da gasolina subiu pela 7ª semana nos postos do País, de acordo com levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O preço médio da gasolina nesta semana aumentou para R$ 6,076 por litro, contra R$ 6,059 por litro na semana anterior, o que representa uma alta de 0,28%.

Nos 4.390 postos pesquisados pela ANP, o preço máximo chegou a R$ 7,199 o litro e, o mínimo, foi de R$ 5,19.

A agência também apurou que o valor médio do litro do diesel aumentou de R$ 4,695 para R$ 4,709 nesta semana.

Já o preço do litro do etanol subiu de R$ 4,653 para R$ 4,704 na semana.

Impacto na inflação

Em 2021, o combustível se transformou num dos vilões da inflação, responsável por afetar duramente o orçamento das famílias brasileiras – já prejudicadas pela alta dos alimentos e da energia elétrica. Segundo o IBGE, a gasolina acumula no ano uma alta de 31,09%.

Os preços de venda dos combustíveis seguem o valor do petróleo no mercado internacional e a variação cambial. Dessa forma, uma cotação mais elevada da commodity e/ou uma desvalorização do real têm potencial para contribuir com uma alta de preços no Brasil, por exemplo.

Os preços cobrados nas bombas viraram motivo de embate entre o presidente e os governadores. O presidente Jair Bolsonaro tem cobrado publicamente que os estados reduzam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para que, dessa forma, os preços da gasolina e do diesel recuem.

Mas o que os analistas dizem que é o real desvalorizado tem contribuído para o aumento do preço dos combustíveis. E o que dá força para esse movimento de perda de valor da moeda brasileira são as várias incertezas dos investidores com relação ao rumo da política econômica do governo Bolsonaro.

Na última sexta-feira (17), o dólar fechou em alta de 0,41%, cotado a R$ 5,2866.

Economistas ressaltam que o valor dos combustíveis sobe, principalmente, de acordo com as cotações do preço do petróleo no mercado internacional e do dólar. Além disso, o preço varia entre estados por conta da tributação e dos custos logísticos das distribuidoras para distribuir o combustível.

Na última terça-feira (14), o tema voltou com força ao noticiário após o governo federal publicar decreto que autoriza os postos a venderem combustíveis, incluindo gasolina, de qualquer marca. Eles também poderão comprar etanol diretamente de produtores e importadores. Para colocar estas ações em prática, o governo antecipou uma medida provisória do mês passado, que concedia prazo de 90 dias para que a ANP definisse regras.

Também na terça, Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras, alegou que estatal não tem culpa por gasolina a mais de R$ 6. Na Câmara dos Deputados, ele disse a Petrobras não tem controle de preço sobre a bomba e que evita repassar a volatilidade internacional.

Mas, no mesmo dia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que preços como o da gasolina, que têm pressionado a inflação, sofrem impacto da alta do dólar e lembrou que a Petrobras aumenta preços ‘muito mais rápido’ que outros países.

No caso do gás de botijão, o preço também sobe há três semanas seguidas. Atualmente está em média a R$ 98,33 o botijão de 13 quilos. É um valor superior em relação à semana anterior, quando estava em R$ 96,89, e aos R$ 93,65 de quatro semanas atrás.

O Sul

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