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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Tudo passa pela reforma da Previdência, afirma Bolsonaro

Presidente destacou que a dívida fiscal dos estados e os contingenciamentos estão relacionados com a aprovação do texto

Reforma da Previdência foi um dos assuntos mais comentados pelo presidente durante café da manhã com jornalistas

Reforma da Previdência foi um dos assuntos mais comentados pelo presidente durante café da manhã com jornalistas | Foto: Flickr / Palácio do Planalto / Divulgação / CP

A Reforma da Previdência foi um dos assuntos mais comentados pelo presidente Jair Bolsonaro durante café da manhã com jornalistas na manhã desta quinta-feira, em Brasília. Ao ser questionado sobre a dívida fiscal dos estados, ele respondeu que tudo passa pela reforma e relacionou a questão aos próprios contingenciamentos que o governo federal vem enfrentando. Também lembrou que diversos estados e municípios têm se deparado com dificuldades e precisam resolver seus problemas específicos relacionados à Previdência de servidores para recuperarem suas condições. “Se não passar a Reforma, complica a situação do Brasil”, afirmou.
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O presidente destacou a necessidade de aprovação em diversos momentos ao se referir a outras necessidades do país. De acordo com ele, a Reforma da Previdência é a maneira mais eficiente de o governo reduzir custos e alcançar uma melhor condição fiscal. Bolsonaro afirmou, inclusive, que existem parlamentares de esquerda que reconhecem que a reforma é indispensável. Apesar disso, segundo ele, alguns deputados parecem esperar que a reforma seja aprovada, mas sem o voto deles. Destacou, ainda, que, como manda a Constituição, o Parlamento é independente e tem a prerrogativa de alterar as propostas do governo. Bolsonaro reconheceu, ainda, que o governo não tem uma base fixa, e que os aliados votam de forma independente.
Apesar disso, o presidente comentou que tem conversado com deputados no sentido de mostrar a importância de se aprovar a Reforma da Previdência. Ele ainda relacionou a aprovação para que contratações sejam mais viáveis e menos burocráticas, melhorando a situação da empregabilidade no Brasil. Ao falar sobre isso, mencionou também a Reforma Trabalhista. Apesar de criticada muitas vezes, na opinião do presidente o desemprego seria maior se a mudança não tivesse sido aprovada. Outro ponto comentado foi a questão das multas de trânsito. Segundo Bolsonaro, o rigor excessivo para caminhoneiros, por exemplo, pode representar a perda de suas condições de trabalho.

O chefe do Executivo disse ser contrário à cobrança de mensalidades nas universidades federais e que, na sua visão, a modificação necessária está no fato de as instituições do país estarem fora do ranking das 250 melhores do mundo. Para o presidente, um eventual pagamento poderia levar muitas famílias a recorrerem a universidades particulares ou até mesmo ao Exterior. Ele diz temer uma “fuga de estudantes”.

Ao falar sobre os contingenciamentos, o presidente mencionou que o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, tem sido um dos mais afetados, mas que existem iniciativas nesse setor que podem ser interessantes para o país. Citou, por exemplo, uma negociação que envolve a ida de estudantes brasileiros de áreas como agricultura, piscicultura e tecnologia para Israel com custo muito reduzido ou nulo para o Brasil. Bolsonaro, que esteve na quarta-feira na baixada israelense, lembrou que Israel é referência em tecnologias de inteligência ou dessalinização ou irrigação, que já são usadas no Nordeste brasileiro.

O presidente também falou que deve conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a respeito da Reforma Tributária, mas que já imagina que uma proposta perfeita dificilmente será aprovada. Em função disso, o governo deverá optar por uma medida viável. Conforme Bolsonaro, cada estado e município tem sua parcela de interesse nas mudanças, o que torna complicado se chegar a um consenso. Para conseguir aprovação, ele acredita mais em uma reforma boa do que em uma excelente.


Correio do Povo

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