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quarta-feira, 22 de maio de 2019

PRI­MEI­RO-MI­NIS­TRO HÚN­GA­RO VI­RA MO­DE­LO CON­TRA GLO­BA­LIS­MO!

(Estado de S. Paulo, 19) Elei­to três ve­zes, Vik­tor Or­bán mol­dou ins­ti­tui­ções da Hun­gria pa­ra man­ter go­ver­no au­to­ri­tá­rio den­tro da UE
O cer­co de Vik­tor Or­bán à Uni­ver­si­da­de Cen­tro-Eu­ro­peia (CEU) não foi um ca­so iso­la­do. A Hun­gria ti­nha 11 das me­lho­res uni­ver­si­da­des da Eu­ro­pa pós-co­mu­nis­ta. Fun­ci­o­ná­ri­os pú­bli­cos li­ga­dos ao Fi­desz, par­ti­do de Or­bán, fo­ram no­me­a­dos pa­ra as­su­mir as uni­ver­si­da­des pú­bli­cas, con­tro­lan­do-as com fir­me­za. O fi­nan­ci­a­men­to de pes­qui­sas, an­tes de­ter­mi­na­do por um cor­po in­de­pen­den­te de aca­dê­mi­cos, é ago­ra ava­li­a­do por um le­gis­la­dor li­ga­do ao pre­miê. O go­ver­no es­ti­mu­la os alu­nos a de­nun­ci­ar pro­fes­so­res com “vi­sões e po­lí­ti­cas ex­ces­si­va­men­te à es­quer­da”.
Or­bán tam­bém re­du­ziu a ida­de em que ter­mi­na a es­co­la­ri­da­de obri­ga­tó­ria, de 18 pa­ra 16 anos, pro­vo­can­do um au­men­to de de­sis­tên­ci­as do en­si­no mé­dio. Li­vros di­dá­ti­cos e cur­rí­cu­los, an­tes re­gi­dos pe­los mu­ni­cí­pi­os, fo­ram cen­tra­li­za­dos e ago­ra se­guem os di­ta­mes do go­ver­no. Li­vros di­dá­ti­cos fo­ram al­te­ra­dos com elo­gi­os a Or­bán.
“Or­bán so­nha em li­qui­dar a ‘in­tel­li­gent­sia’ que o cri­ti­ca, mas ele é um au­to­cra­ta mo­der­no: sa­be que não pre­ci­sa re­cor­rer ao cas­se­te­te”, afir­ma Pé­ter Kré­ko, ana­lis­ta do Ins­ti­tu­to Ca­pi­tal Po­lí­ti­co, de Bu­da­pes­te. “Seu ata­que à so­ci­e­da­de ci­vil che­ga sob o dis­far­ce de leis que sub­ver­tem as ins­ti­tui­ções que po­dem de­sa­fi­ar sua au­to­ri­da­de.”
Foi o ca­so do Ju­di­ciá­rio. No ano pas­sa­do, o Par­la­men­to apro­vou a cri­a­ção de um sis­te­ma ju­di­ci­al pa­ra­le­lo que ci­men­ta o con­tro­le do Exe­cu­ti­vo so­bre os ma­gis­tra­dos. A cri­a­ção do ga­bi­ne­te ju­di­ci­al na­ci­o­nal, com po­de­res ex­tra­or­di­ná­ri­os pa­ra no­me­ar e pro­mo­ver juí­zes, en­tra­rá em vi­gor nos pró­xi­mos 12 me­ses.
O sis­te­ma tra­ta­rá de ca­sos re­la­ci­o­na­dos à ad­mi­nis­tra­ção pú­bli­ca, in­cluin­do ques­tões po­lí­ti­cas sen­sí­veis, co­mo a lei elei­to­ral, ca­sos de cor­rup­ção e o di­rei­to de ma­ni­fes­ta­ção. An­tes, Or­bán con­se­guiu a apro­va­ção de uma re­for­ma da Jus­ti­ça, com a apo­sen­ta­do­ria for­ça­da de 30 juí­zes do Su­pre­mo, abrin­do ca­mi­nho pa­ra su­as in­di­ca­ções. Após qua­se dez anos de Or­bán, a Hun­gria é o úni­co país da UE que não é de­fi­ni­do co­mo “de­mo­crá­ti­co” pe­lo Ín­di­ce de De­mo­cra­cia da re­vis­ta The Eco­no­mist.
A Li­ga Nor­te, par­ti­do de ex­tre­ma di­rei­ta li­de­ra­do por Mat­teo Sal­vi­ni, que faz par­te do go­ver­no da Itá­lia, é uma das mui­tas le­gen­das eu­ro­pei­as que se ins­pi­ram no mo­de­lo de Or­bán. Em mar­ço, os dois lí­de­res se en­con­tra­ram. Aper­tan­do a mão de Sal­vi­ni e re­fe­rin­do-se às elei­ções eu­ro­pei­as, Or­bán dis­se: “Es­tou con­ven­ci­do de que a UE pre­ci­sa de uma ali­an­ça con­tra a imi­gra­ção”. Ou­tro país é a Polô­nia, que as­sim co­mo a Hun­gria re­ce­beu san­ções da União Eu­ro­peia sob ar­gu­men­to de ter aten­ta­do con­tra pre­cei­tos de­mo­crá­ti­cos. Hun­gria, Itá­lia e Polô­nia es­tão na ro­ta de vi­si­tas pro­gra­ma­da pe­lo pre­si­den­te Jair Bol­so­na­ro pa­ra es­te ano.


Ex-Blog do Cesar Maia


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