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Seis meses depois, por Taline Oppitz

Passados seis meses de seu segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff amarga índices recordes de rejeição segundo a pesquisa CNI-Ibope: 68% consideram o governo ruim ou péssimo e 83% desaprovam sua maneira de governar. Os percentuais são resultado de uma sucessão de fatores apesar de líderes como o presidente nacional do PT, Rui Falcão, atribuírem o cenário a “uma nítida má vontade em relação a Lula, o PT e à presidente”. O escândalo da Petrobras, e casos de corrupção são apenas marte do desgaste, que acaba ampliado devido à incapacidade de reação do governo. Não há eficácia na articulação política junto ao Congresso, que cada vez mais impõe suas próprias pautas e ritmo, saindo da sombra e gerando episódios difíceis para o Planalto, como no caso da aprovação da flexibilização do Fator Previdenciário. Dilma teve de assumir o desgaste de vetar a fórmula e apresentar alternativa. Apesar do discurso de que a iniciativa teria impacto devastador nas contas da Previdência, a leitura do cidadão comum é a de que a presidente optou por continuar penalizando os trabalhadores. Não bastassem os escândalos de corrupção, os problemas de relação com o Legislativo e as críticas de aliados e de alas do próprio PT, o governo enfrenta ainda grave crise na área econômica – que é sentida na prática, diariamente, pela população no próprio bolso – e que levou à adoção de medias difíceis para viabilizar o ajuste fiscal, como a restrição de direitos, como o acesso ao seguro-desemprego.


Fonte: Correio do Povo, página 3 de 2 de julho de 2015.