Celso Sabino diz que saída do Ministério do Turismo fortalece governabilidade de Lula e confirma foco em pré-candidatura ao Senado

 


Exonerado do comando do Ministério do Turismo nesta quarta-feira (17), Celso Sabino afirmou que sua saída atende à necessidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ampliar a governabilidade no Congresso. Segundo ele, a partir de agora atuará como aliado político de Lula no Pará e concentrará esforços em sua pré-candidatura ao Senado.

Sabino declarou que já vinha discutindo sua saída com o presidente. “O que importa é o governo ter governabilidade”, disse. Ele afirmou que seguirá o projeto apoiado por Lula para disputar uma vaga no Senado em 2026.

A troca ocorreu após pressão de parte da bancada do União Brasil, que, mesmo após o rompimento oficial com o governo, ainda tem deputados que votam alinhados ao Planalto. Esse grupo defendia a substituição de Sabino para manter a interlocução com o Executivo.

O novo ministro do Turismo será Gustavo Damião, ex-secretário de Turismo da Paraíba e filho do deputado Damião Feliciano (União-PB), aliado do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Sabino foi expulso do União Brasil na semana passada por descumprir a ordem do partido para deixar o governo após o rompimento com Lula. Ele enfrentava processo no Conselho de Ética da sigla e alegava que não poderia abandonar o cargo às vésperas da COP-30, realizada no Pará.

Sem partido, Sabino disse que definirá seu futuro até fevereiro e que só ingressará em uma legenda que defenda “progressismo, desenvolvimento, democracia e projetos estruturantes para o Pará”, além de lhe garantir autonomia política e alinhamento com Lula no Estado.

Ele reforçou que sua pré-candidatura ao Senado está mantida. “O Estado do Pará tem me incentivado nessa direção, e o presidente é entusiasta desse projeto”, afirmou. Sabino retorna agora à Câmara dos Deputados enquanto inicia sua pré-campanha.

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