O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a cobrar publicamente, nesta terça-feira (16), que os líderes europeus Emmanuel Macron (França) e Giorgia Meloni (Itália) assumam o compromisso de assinar o acordo entre a União Europeia e o Mercosul. Lula afirmou esperar que ambos tenham a “responsabilidade” de confirmar o pacto no próximo sábado, dia 20.
Durante reunião do Conselho de Participação Social, no Palácio do Planalto, Lula disse que tanto o Mercosul quanto a União Europeia estão dispostos a concluir o acordo, mas que um “pequeno problema” surgiu: a resistência de Macron. Segundo o presidente brasileiro, o líder francês teme a reação de produtores rurais da França, que acreditam que perderiam competitividade frente ao Brasil.
Lula afirmou que o Mercosul está “cedendo mais” do que os europeus e pediu que Macron e Meloni aceitem avançar com a assinatura. Ele reforçou que os produtos agrícolas brasileiros não competem diretamente com os franceses e que as diferenças de qualidade e perfil de produção deveriam afastar receios.
O presidente destacou ainda que o acordo é negociado há 26 anos e envolve um bloco econômico com PIB combinado de US$ 22 trilhões. Ao comentar negociações anteriores com os Estados Unidos sobre tarifas impostas pelo presidente norte-americano Donald Trump, Lula disse ter decidido “abdicar do complexo de vira-lata” e negociar em condições de igualdade. Segundo ele, o diálogo com Trump vem sendo retomado “pouco a pouco”.
Lula também voltou a celebrar a retirada das sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e a seus familiares.

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