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Governo autoriza 26.811 vagas em concursos federais

por Stephanie Tondo
 Apesar da crise orçamentária, União anuncia chances com salários iniciais de até R$ 12 mil

Rio - Em meio a um ano de ajuste fiscal, os concurseiros têm motivos para comemorar. O Orçamento deste ano, sancionado pela presidenta Dilma Rousseff e publicado quarta-feira no Diário Oficial da União, traz a autorização para abertura de 26.811 vagas em concursos públicos a nível federal. Os salários iniciais chegam a até R$ 12 mil. Vale lembrar que o projeto de lei da Terceirização, aprovado na Câmara e que irá ao Senado, não atinge as áreas autorizadas, por se tratar de carreiras de estado. A lei impacta, principalmente, empresas públicas, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Petrobras.

De acordo com a tabela publicada pelo governo, são 22.463 vagas para o Executivo Federal e mais 1.399 para substituição de terceirizados nesse setor. Já para o Legislativo são 258 vagas para a Câmara dos Deputados, 100 para o Senado e 60 para o Tribunal de Contas da União (TCU).

No Judiciário são 139 vagas para a Defensoria Pública da União, 90 no Ministério Público, 18 no Conselho Nacional do Ministério Público, 130 no Superior Tribunal de Justiça e 366 na Justiça Federal. Também foram autorizadas vagas na Justiça Militar da União (10), na Justiça Eleitoral (231), na Justiça do Trabalho (1.236) e na Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (311).

Diretor pedagógico da Academia do Concurso, Paulo Estrella afirma que o número de vagas é bastante aceitável em um ano de cortes no orçamento, mas a demora na autorização pode criar problemas para quem quer ingressar na carreira pública. “Ficou muito perto do segundo semestre, o que vai gerar uma concentração de processos seletivos no fim do ano. Os candidatos terão pouco tempo para estudar entre um concurso e outro”, explica o especialista.

Para Rodrigo Mesquita, professor do Universo do Concurso, o ideal é começar a estudar o quanto antes. “Com a autorização, daqui a pouco começam a ser publicadas as portarias específicas para os concursos. Depois disso, são seis meses para que o edital seja publicado. Então é importante iniciar os estudos”, avalia.

Estudante de Direito, Técia Soares, 23 anos, já começou a se preparar. Ela pretende fazer prova para o Tribunal de Justiça, o Ministério do Trabalho e o Banco do Brasil. “Tem muita concorrência, mesmo com essa quantidade de vagas”, diz.

A estudante de Belas Artes Gabriela Florentino, 19 anos, comemorou o número autorizado pelo Planejamento, mas ainda tem receio com relação à distribuição das vagas: “Tem que ver quais áreas serão beneficiadas, porque de repente as pessoas estão estudando para um concurso, mas acaba que é aberta seleção para área que elas não esperavam”.

Área de segurança em destaque

Rodrigo Mesquita, do Universo do Concurso, acredita que sejam criadas oportunidades principalmente nas áreas fiscais e de Segurança Pública. Já Paulo Estrella, da Academia do Concurso, aposta nas áreas de Saúde e Educação. “Também são esperadas oportunidades para a Polícia Federal, Ministério da Fazenda e Receita”, avalia.

De acordo com Estrella, os candidatos devem começar a estudar as matérias básicas, como direitos Constitucional e Administrativo, além de Língua Portuguesa e Informática, que são comuns a todos os processos seletivos. “A partir daí, o estudante aponta para as específicas”, aconselha.

Mesquita acrescenta ainda que para a área fiscal é importante se dedicar ao estudo de Direito Tributário, assim como Contabilidade, Estatística e Matemática Financeira.

Mercado de trabalho volta a crescer

O mercado de trabalho apresentou ligeira melhora em março, após três meses de queda. Dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem apontaram para crescimento de 0,05% (19.282) no número de empregos com carteira assinada criados em relação a fevereiro. O resultado é superior ao registrado em março de 2014, quando foram gerados 13.117 postos de trabalho.

Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, é esperado que em abril essa trajetória continue e o mercado siga na tendência de crescimento, revertendo o quadro negativo dos dois primeiros meses do ano. “A expectativa é de um abril ainda melhor que março”, disse.

Dos oito setores da economia, quatro registraram crescimento, com destaque para o setor de Serviços (0,31%), Administração Pública (0,33%) e Comércio (0,03%). A Construção Civil teve queda de 0,6% e Indústria de Transformação caiu 0,18%.

EM ALTA

SERVIÇOS
Neste segmento foi percebido crescimento nos postos em serviços médicos e odontológicos (0,48%), nos setores de Ensino (1,11%), Comércio e Administração de Imóveis (0,31%), Transportes e Comunicações (0,33%) e Alojamento e Alimentação (0,06%).

REGIÕES
A expansão ocorreu em três das cinco regiões pesquisadas: Sul, Sudeste e Centro Oeste.

Fonte: O Dia - IG Notícias - 24/04/2015 e Endividado