Lava Jato: operador do PMDB faz
delação premiada
Apontado
como operador do PMDB no esquema de corrupção na Petrobras,
Fernando Baiano assinalou acordo de delação premiada com a
Procuradoria Geral da República (PGR). O acordo prevê, ao menos,
oito temas nos quais Baiano detalhará sua participação no esquema.
O lobista, citado pelo delator Júlio Camargo como “sócio oculto”
do presidente da câmara, Eduardo Cunha, deve continuar preso até
novembro, quando pode ser solto.
Baiano passou a última quarta-feira
depondo na sede da Polícia Federal em Curitiba. Entre os temas
previstos no acordo, está a compra de refinaria de Pasadena, nos
Estados Unidos e a participação de políticos ligados ao PMDB no
esquema. Durante as negociações que levaram à colaboração com a
Justiça. Baiano adiantou que o pagamento de propinas relativas à
refinaria não se deu em 2006, quando a Petrobras comprou 50% da
refinaria da Astra Oil e sim durante as negociações para compra dos
outros 50% da empresa, a partir de 2008.
Em delação premiada, o ex-diretor
da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que Baiano ofereceu US$ 1,5
milhão para “não causar problemas” na negociação de Pasadena.
O pagamento foi feito pelo lobista ao ex-diretor em contas na Suíça.
Segundo o delator Júlio Camargo, Baiano teria recebido propinas de
US$ 10 milhões por contratos dos navios-sondas. Desses, US$ 5
milhões teriam sido para Cunha. O presidente da Câmara nega.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de
11 de setembro de 2015.
Lava Jato: tucano passa a ser
investigado pelo STF
O
ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a
abertura de inquérito contra o senador Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB), um dos principais nomes da oposição. A investigação será
feita com base nas declarações do empresário Ricardo Pessoa,
dono da construtora UTC, em delação premiada. Pessoa disse à
Procuradoria-Geral da República que Aloysio Nunes teria recebido R$
300 mil de forma oficial e R$ 200 mil em dinheiro de caixa dois para
sua campanha ao Senado. O empresário afirmou que as doações,
oficiais ou não, eram pagamentos de propina para obtenção de
contratos com a Petrobras.
O senador negou qualquer tipo de
corrupção e disse considerar a declaração um absurdo, pelo fato
de ele ser um político da oposição e consequentemente, não
intermediar contratos do governo. “É simplesmente absurda a mera
suposição de que eu, oposicionista notório e intransigente aos
governos do PT, pudesse favorecer negócios na Petrobras”, declarou
Aloysio.
“A minha investigação das contas
da minha campanha ao Senado em 2010, pedida pelo dr. Janot,
representa um desvio do verdadeiro foco da operação Lava Jato que,
como todos sabem, é o conluio entre empresários, políticos e
dirigentes da Petrobras, com as bênçãos de Lula e Dilma. Podem
investigar à vontade, pois nada tenho a ver com essa sujeira. Mas
que investiguem mesmo; que investiguem tudo e todos”, declarou. O
inquérito envolvendo Aloysio Nunes tramitam no Supremo como
“oculto”.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de 7
de setembro de 2015.
Lava Jato: propina deve superar R$
10 bi
O
procurador Deltan Dallagnol, que atua na Operação Lava Jato em
Curitiba, estima que o valor total das propinas recebidas pelos
envolvidos em esquemas de corrupção na Petrobras e em outras
estatais supera os R$ 10 bilhões. Ao defender as delações
premiadas como “motor” da operação, ele lembrou que a Lava Jato
começou com investigação de um posto de gasolina e chegou à
gigantesca estratégia de corrupção. “As colaborações premiadas
agilizam as investigações. Antes da primeira colaboração tínhamos
investigação envolvendo R$ 26 milhões. Depois delas, temos
investigação envolvendo mais de R$ 10 bilhões.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de
10 de outubro de 2015.
Lei
de Responsabilidade: pedido de vista suspende votação
O deputado Jorge Pozzobom (PSDB)
pediu vista ontem na Comissão de Constituição e Justiça da
Assembleia ao parecer do deputado Gabriel souza (PMDB) ao projeto de
Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual – PLC 206. Segundo o
tucano, o pedido visa esclarecer dúvidas dos servidores públicos.
“É mais do que justo, é necessário tirar essas dúvidas. Este é
o projeto que mais tem atormentado os servidores. E por uma questão
de sensibilidade pedimos vista”, afirmou Pozzobom.
O deputado prometeu apresentar
emenda, caso a proposta chegue ao plenário, que garanta pagamento de
reajustes já aprovados pelo Legislativo aos servidores de Segurança
Pública.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de 9
de setembro de 2015.
Leilão
de veículos rende R$ 461 mil ao governo do RS
O
governo do Estado leiloou ontem 293 lotes de veículos e equipamentos
em Porto Alegre, a maioria carros e embarcações da Brigada Militar
e da Polícia Civil. O subsecretário da Administração Central de
Licitações (Celic), Eduardo Jardim Pinto, explicou que os itens
estão sem condições de uso ou representam muitos gastos de
manutenção para a administração pública. Conforme ele, o valor
inicial do conjunto era de R$ 269.244,76, mas os lances alcançaram
R$ 461,1 mil. Cerca de cem pessoas se interessaram pela compra de 273
lotes, restando apenas 20. O próximo leilão deverá ocorrer em
setembro, com a venda de um imóvel comercial na rua 24 de outubro.
Fonte:
Correio do Povo, página 4 de 19 de agosto de 2015.
