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Agropecuária salva PIB de recuo maior

Economia gaúcha segue ritmo de recessão nacional e cai 0,9% no semestre


Seguindo o ritmo de recessão da economia nacional, o Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul caiu 0,9% no primeiro semestre. Mais uma vez, coube à agropecuária ser responsável por evitar queda maior. Só esse setor registrou alta de 9,7% no acumulado do ano. Porém, o maior crescimento ocorreu no segundo trimestre de 2015, com 15,6%, conforme os dados divulgados ontem pela Fundação de Economia e Estatística (FEE). A “alavanca” foi o aumento da produção de soja que ficou em 20,4%, ocasionando pela ampliação da área (5,6%) e pelo crescimento da produtividade (14%).
Como o segundo semestre a agropecuária (baseada na safra) não irá impactar no PIB, as previsões são de queda mais acentuada. Segundo o presidente da FEE, Igor Morais, a economia do Estado vive um momento de recessão. Dentro desse panorama, provavelmente o PIB gaúcho fechará o ano negativo, porém com desempenho melhor que o nacional, que é projetado em queda de 2%. “O RS é uma fotografia 3x4 do Brasil. Olhando no agregado (todos os setores) a economia está em recessão. O único setor que conseguiu sair desse cenário de crise foi a agropecuária. E no segundo semestre, não teremos esse ponto positivo”, exemplificou. “Sem a agropecuária, no segundo semestre a indústria e os serviços deverão impulsionar a economia gaúcha”, avaliou. Para Morais, o pior momento da crise econômica nacional já passou.
O resultado do segundo trimestre do ano mostrou ainda queda mais acentuada da indústria, que recuou 9,1%. No comportamento desse segmento, a expectativa é de reversão apenas com a retomada do crescimento da economia nacional, analisa o coordenador do núcleo de contas regionais da FEE, Roberto Rocha. Outro fator que pode dar impulso é a alta do câmbio, mas neste caso só nos setores exportadores.
A recessão da indústria também provocou redução de 4,8% nos impostos. O segmento de serviços teve queda de 1,2%. O levantamento da FEE apontou ainda alguns comportamentos neste primeiro semestre. A indústria de transformação foi prejudicada principalmente pela redução de 30,2% na produção de veículos automotores.


Variação

Taxa de acumulada no primeiro semestre de 2015 por segmento:

Indústria de Transformação: -9,8%
Comércio: -7,3%
Construção Civil: -5,8%
Demais Indústrias: -1,7%
Transporte, Armazenagem e Comércio: -0,1%
Demais serviços: 0,5%
Serviços Imobiliários e Aluguel: 2,0%
Administração, Educação e Saúde Pública: 2,8%
Agropecuária: 9,7%

PIB Acumulado: -0,9%


Fonte: FEE






Fonte: Correio do Povo, página 6 de 10 de setembro de 2015.