Brasília –
Com a arrecadação enfraquecida e as despesas elevadas, o governo
central (composto por Tesouro Nacional, Previdência social e Banco
Central) registrou nos cincos primeiros meses deste ano um superávit
primário (economia para pagar juros da dívida pública) de R$ 6,62
bilhões. É o pior resultado para o período desde 1998, segundo o
Tesouro Nacional.
O resultado registrado
de janeiro a maio deste ano representa uma queda de 65,6% frente ao
resultado do mesmo período de 2014, de R$ 19,28 bilhões. Somente em
maio, foi registrado um déficit primário (receitas menos despesas,
sem contar os juros da dívida pública) de R$ 8,05 bilhões. É o
segundo pior número da série histórica iniciada em 1997. Perde
apenas para maio de 2014, quando o déficit era de R$ 10,446 bilhões.
O resultado de maio
deixou a equipe econômica longe de atingir a meta da superávit
primário fixada para o ano, de R$ 66,3 bilhões, ou 1,13% do PIB.
Desse valor total, R$ 55,3 bilhões cabem ao governo central e R$ 11
bilhões a estados e municípios. O esforço fiscal até maio, de R$
6,62 bilhões, representa apenas 12% da meta de todo este ano. Para
que a meta seja atingida, o governo terá de registrar um superávit
médio de R$ 6,95 bilhões por mês até o fim deste ano.
O secretário do
Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, observou que a equipe econômica
não considera este momento adequado para fazer uma revisão da meta
fiscal de 2015. “Existe um grau de incerteza muito grande na
economia e, por isso, pensar em uma mudança de meta neste momento
não é adequado”, reiterou. Até maio, a despesa total do governo
central somou R$ 433, 29 bilhões.
Fonte: Correio do Povo,
página 6 de 26 de junho de 2015.