Abin alerta para riscos externos e crime organizado nas eleições brasileiras de 2026

 


Resumo rápido: A Abin divulgou relatório sobre os desafios de 2026, destacando riscos de interferência externa, crime organizado e uso de inteligência artificial para desinformação no processo eleitoral brasileiro.

Principais pontos do relatório

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) lançou o documento Desafios da Inteligência – Edição 2026, em que apresenta à sociedade e às autoridades uma avaliação sobre os riscos diretos e indiretos à segurança nacional no próximo ano.

Entre os principais alertas estão:

  • Interferência externa: possibilidade de campanhas de desinformação, ataques cibernéticos e financiamento oculto de grupos políticos.

  • Crime organizado: atuação de facções e milícias em áreas periféricas, influenciando votos e até candidatos.

  • Inteligência artificial: uso de tecnologias como deepfakes para manipular discursos e criar conteúdos falsos em larga escala.

  • Radicalização religiosa e polarização ideológica: fatores que ampliam a divisão social e dificultam o diálogo democrático.

Contexto e preocupações

A Abin relembra que desde 2018 há propagação recorrente de desinformação sobre eleições, intensificada em 2023 com os ataques golpistas em Brasília. Para 2026, o órgão considera que o pleito ocorrerá em um cenário de alta complexidade, com ameaças coordenadas e transnacionais que podem impactar a soberania nacional.

O relatório também aponta que atores estatais e não estatais podem ter incentivos para desestabilizar o processo eleitoral, favorecendo interesses geopolíticos e econômicos.

Outros desafios estratégicos

Além das questões eleitorais, a Abin lista quatro pontos críticos para o próximo ano:

  • Transição para criptografia pós-quântica, essencial para proteger dados e garantir soberania digital.

  • Ataques cibernéticos autônomos com IA, capazes de planejar e executar ofensivas sem intervenção humana.

  • Dependência tecnológica externa, que fragiliza infraestruturas críticas.

  • Reconfiguração das cadeias de suprimento globais, com impactos econômicos e estratégicos para o Brasil.

📌 O relatório reforça que o Brasil precisará enfrentar em 2026 um cenário de múltiplos riscos, exigindo atenção redobrada para preservar a democracia, a segurança digital e a estabilidade institucional.

Folha de S. Paulo

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