Brasília, 13 de novembro de 2025 – O Supremo Tribunal Federal (STF) concentra debates acalorados sobre liberdade de imprensa, investigações golpistas e fraudes bilionárias. Destaque para uma petição criminal que mira jornalistas investigativos e o julgamento de militares acusados de planejar um golpe contra a democracia. Acompanhe os desdobramentos abaixo.Ação no STF Contra Jornalistas da "Vaza Toga"A jornalista Letícia Sallorenzo (conhecida como "Bruxa" nas redes), formada pela UFRJ, mestre em linguística e doutoranda na UnB (com pesquisas sobre fake news e manipulação discursiva), apresentou em 25 de outubro uma petição criminal diretamente ao ministro Alexandre de Moraes. O alvo: os jornalistas David Ágape e Eli Vieira, autores da série "Vaza Toga" (que revelou bastidores do gabinete de Moraes no STF e TSE), e o ex-assessor Eduardo Tagliaferro. A ação pede investigação por difamação, injúria, associação criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, vinculando-os a inquéritos de "milícias digitais".Sallorenzo, militante digital em defesa do STF e TSE, atuou como colaboradora informal do TSE em 2022, com contatos na equipe de Moraes. Críticos, incluindo os próprios jornalistas, veem a iniciativa como SLAPP (processo para silenciar críticas) e tentativa de criminalizar o jornalismo investigativo. Moraes acolheu a relatoria em 28 de outubro e encaminhou à PGR, que decide até 12 de novembro se abre inquérito ou arquiva. Ágape e Vieira defendem: "É assédio judicial para impedir novas publicações de interesse público."STF Julga Militares do "Núcleo 3" da Trama GolpistaA Primeira Turma iniciou nesta terça (11) o julgamento do "Núcleo 3", formado por nove militares de elite (os "kids pretos", de forças especiais do Exército) e um agente da PF, acusados de organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado. O grupo planejava ações para impedir a posse de Lula e Alckmin em 2023, incluindo o plano "Punhal Verde e Amarelo" — que previa assassinatos de Alexandre de Moraes, Lula e Alckmin.
- Sessões: 11, 12, 18 e 19 de novembro (presencial, das 9h às 19h).
- Votos: Moraes (relator), Zanin, Cármen Lúcia e Dino.
- Pedido da PGR: Condenação de nove réus (Paulo Gonet, PGR, alega monitoramento de autoridades e pressão ao alto comando do Exército); desclassificação para um (Ronald Ferreira Júnior).
- Apreensões da PF: Bens de luxo, incluindo Ferrari de R$ 4 milhões; apura doações de campanha e vínculos políticos.
- Reações: Senador Carlos Viana (presidente da CPMI): "STF desdenha do Congresso". Relator Alfredo Gaspar (União-AL): "Vergonhosa blindagem".
- Esquema: Fraudes em biometria e assinaturas digitais, com R$ 700 milhões desviados para empresas de TI de Delecrode.
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