Anvisa suspende ação cautelar sobre achocolatado

Lote da bebida não foi comprometido por ações da empresa Itambé e perícia aponta ação criminosa de envenenamento do produto
Por: Ascom Anvisa
A interdição cautelar do lote M4 do achocolatado Itambezinho, da marca Itambé foi suspensa pela Anvisa. A medida será publicada no Diário Oficial da União desta próxima segunda-feira (5/9) e revogará a Resolução 2.333/2016, publicada no DOU do dia 29 de agosto.
A interdição cautelar do lote foi motivada para averiguar se haveria relação entre o óbito de uma criança e o consumo do produto. Investigação da Polícia Judiciária Civil em conjunto com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Mato Grosso revelou adulteração do achocolatado que foi consumido pela criança por meio de injeção de inseticida em cinco unidades.
A Anvisa reitera que a empresa Itambé Alimentos S/A não foi responsável pelo ocorrido e que a hipótese de contaminação decorrente do processo de fabricação do produto está descartada. Assim, após a publicação do regulamento, o lote do produto poderá ser comercializado normalmente.
É de responsabilidade da Agência tomar medidas preventivas sempre que há casos de dúvida a respeito das condições sanitárias de alimentos, medicamentos, cosméticos e outros produtos. Assim, a interdição cautelar do lote mostrou-se necessária até o esclarecimento do caso.
Fonte: ANVISA - 02/09/2016 e Endividado

 

Justiça Federal no DF suspende ′Lei do Farol Baixo′

por André Richter

Justiça Federal no Distrito Federal decidiu hoje (2) suspender a Lei 13.290/2016, conhecida como “Lei do Farol Baixo”, que obrigava condutores de todo o país a acender o farol do veículo de dia
Na decisão, o juiz Renato Borelli, da 20ª Vara Federal em Brasília, entendeu que os condutores não podem ser penalizados pela falta de sinalização sobre a localização exata das rodovias.
O juiz atendeu pedido liminar da Associação Nacional de Proteção Mútua aos Proprietários de Veículos Automotores (ADPVA). A associação citou o caso específico de Brasília, onde existem várias rodovias dentro do perímetro urbano.
Segurança
“Em cidades como Brasília, exemplificativamente, as ruas, avenidas, vias, estradas e rodovias penetram o perímetro urbano e se entrelaçam. Absolutamente impossível, mesmo para os que bem conhecem a capital da República, identificar quando começa uma via e termina uma rodovia estadual, de modo a se ter certeza quando exigível o farol acesso e quando dispensável", isse a entidade.
A lei  foi sancionada pelo presidente interino Michel Temer no dia 24 de maio. A mudança teve origem em um projeto de lei apresentado pelo deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) e foi aprovada pelo Senado em abril.  A multa para quem descumprisse a regra, considerada infração média,  era de R$ 85,13, com a perda de quatro pontos na carteira de habilitação.
O objetivo da medida foi aumentar a segurança nas estradas, reduzindo o número de acidentes frontais. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), estudos indicam que a presença de luzes acesas reduz entre 5% e 10% o número de colisões entre veículos durante o dia.
Fonte: Consumidor RS - 02/09/2016 e Endividado

 

Madre Teresa de Calcutá é canonizada pelo papa Francisco em missa no Vaticano

 

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil*

Vista geral da Praça São Pedro durante a missa de canonização da Madre Teresa de Calcutá (Agência Lusa/Direitos Reservados)

Vista geral da Praça São Pedro durante a missa de canonização da Madre Teresa de Calcutá (Agência Lusa/Direitos Reservados)Agência Lusa/EPA/Angelo Carconi/Direitos Reservados

Em missa de canonização celebrada hoje (4) na Praça São Pedro, no Vaticano, o papa Francisco declarou santa Madre Teresa de Calcutá. A cerimônia contou com a presença de cerca de 120 mil fiéis de diversas partes do mundo.

A missão de Madre Teresa, segundo Francisco, permanece nos dias de hoje como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto aos mais pobres. O papa também se referiu à religiosa, de origem albanesa, como modelo de santidade para todos os agentes de misericórdia.

Papa Francisco é cercado por fiéis após missa de canonização da Madre Teresa de Calcutá (Agência Lusa/Direitos Reservados)

Papa Francisco é cercado por fiéis após missa de canonização da Madre TeresaAgência Lusa/EPA/Angelo Carconi/Direitos Reservados

“Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, por meio do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados.”

Referindo-se à nova santa, fundadora das Missionárias da Caridade, Francisco pediu que “esta incansável agente de misericórdia” ajude o mundo a entender que o único critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer vínculo e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura, raça ou religião.

“Levemos no coração o seu sorriso e o ofereçamos a quem encontremos no nosso caminho, especialmente àqueles que sofrem. Assim, abriremos horizontes de alegria e de esperança numa humanidade tão desesperançada e necessitada de compreensão e ternura”, concluiu o papa.

Milagre brasileiro e prêmio Nobel da Paz

Madre Teresa de Calcutá é canonizada em missa celebrada pelo papa Francisco no Vaticano (Agência Lusa/Direitos Reservados)

Madre Teresa de Calcutá foi canonizada quase 20 anos após sua morteAgência Lusa/EPA/Angelo Carconi/Direitos Reservados

O processo de canonização de madre Teresa teve início com um milagre envolvendo o brasileiro Marcílio Haddad Andrino, morador da cidade de Santos (SP). Ele foi diagnosticado com hidrocefalia e uma infecção rara no cérebro, mas foi curado após sua esposa rezar pedindo a intercessão de Madre Teresa de Calcutá.

A religiosa, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em uma comunidade albanesa no sul da antiga Iugoslávia. Ordenou-se freira na Índia, onde tomou o nome de Teresa. Em 1946, decidiu abandonar o convento e viver para os pobres. Sua atuação como missionária lhe rendeu o Prêmio Nobel da Paz em 1979.

Madre Teresa de Calcutá morreu em setembro de 1997 – seis anos antes de ser beatificada pelo papa João Paulo II.

*Com informações da Rádio Vaticano.

 

Agência Brasil

 

 

Improviso e falta de reconhecimento marcaram início do esporte paralímpico

 

Sabrina Craide* - Repórter da Agência Brasil

 Ádria Santos na Paralimpíada de Sydney, em 2000 - Divulgação/Acervo pessoal/João Batista Carvalho e Silva

Ádria Santos na Paralimpíada de Sydney, em 2000 - Divulgação/Acervo pessoal/João Batista Carvalho e SilvaDivulgação/Acervo pessoal/João Batista Carvalho e Silva

A primeira medalha paralímpica do Brasil foi conquistada por acaso, em 1976. Naquele ano, os atletas Robson Sampaio e Luiz Carlos da Costa foram a Toronto, no Canadá, para integrar a equipe de basquete em cadeira de rodas, mas acabaram se interessando pela modalidade chamada Lawn Bowls, que é um tipo de bocha, que não é praticada no Brasil. Aprenderam as regras do esporte na hora, e acabaram ganhando a medalha de prata.

O improviso não era incomum no esporte paralímpico quando começou a ser praticado no Brasil. Segundo a doutora em educação física adaptada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Michelle Barreto, que elaborou sua tese de doutorado sobre o esporte paralímpico brasileiro entre os anos de 1976 e 1992, antigamente os atletas praticavam várias modalidades e o que era priorizada era a participação.

“Antigamente, como não tinha muita gente, eles praticavam várias modalidades. Tanto que eles não ganhavam medalhas por isso, porque não eram tão fortes em alguma coisa. Mas o que se priorizava era o esporte participação. No caso da primeira medalha foi exatamente isso que aconteceu”, conta a pesquisadora.

A falta de reconhecimento dos atletas e do esporte paralímpico também é uma marca daquele período. Segundo a pesquisadora, os atletas com quem ela conversou reclamam que, mesmo com bons desempenhos, não eram reconhecidos da mesma forma que os atletas são hoje. “Eles falam com muito orgulho: 'nossa, eu ganhei uma medalha paralímpica, eu representei o meu país, mas na semana seguinte fui esquecido'. Não tinha essa mídia e tudo mais, como tem hoje”, diz Michelle.

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“Eu viajava, voltava com medalhas e chegava ao aeroporto normalmente, ninguém me conhecia”. A reclamação é da ex-atleta Ádria Santos, que participou de seis paralimpíadas entre 1988 e 2008, e ganhou 13 medalhas. Ela também cita a falta de divulgação do esporte pela imprensa. “Só depois que já tínhamos ganhado muitas medalhas é que começamos a aparecer nos canais abertos de televisão”, diz.

Segundo ela, a visibilidade foi crescendo a partir da paralimpíada de Sydney, em 2000, com maior cobertura da mídia. “O esporte paralímpico foi ficando cada vez mais conhecido. Eu e a Rosinha (atleta) fomos bastante divulgadas e em Atenas (2004) teve uma divulgação grande também”.

O primeiro presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, João Batista Carvalho e Silva, também relata o desconhecimento e a falta de interesse da população pelo esporte paralímpico. “Há 20 anos, eu ia a escolas e universidades e perguntava para as crianças e adolescentes quem eram os atletas de destaque. Todos sabiam que no basquete era o Oscar, na natação era o Xuxa, o Gustavo Borges. E quando perguntava sobre o esporte paralímpico, ninguém nem sabia o que era”, diz.

Segundo Silva, em 2004, quando o nadador Clodoaldo Silva ganhou seis medalhas de ouro, a visibilidade dos atletas paralímpicos começou a mudar. “Foi quando começaram a aparecer os resultados, com o Clodoaldo ganhando aquela quantidade de medalhas, começou a mudar um pouco o olhar da sociedade”, acrescenta.

O próprio Clodoaldo diz que a Paralimpída de Atenas foi um “divisor de águas” no reconhecimento do esporte adaptado. “Pela primeira vez, a Paralímpiada começou a ser mostrada para o mundo e para o Brasil. E a sociedade brasileira começou a ver que o esporte paralímpico é igual ao esporte olímpico. Viram que não tinha que ter diferença”, disse o atleta multimedalhista, em entrevista à Agência Brasil. Ele também destaca as melhorias na questão da acessibilidade e da infraestrutura para a prática do esporte paralímpico.

“Em 1998, quando eu comecei a nadar, não tínhamos ônibus adaptados. Não tínhamos leis de incentivo para o esporte paraolímpico. E hoje nós temos tudo isso, que foram grandes ganhos para o segmento da pessoa com deficiência e também para o esporte paralimpíco, que conseguiu com as suas vitórias e conquistas essa respeitabilidade”, avalia Clodoaldo.

O ex-atleta Luiz Cláudio Pereira, que esteve nas Paralimpíadas de Stoke Mandeville (1984), de Seul (1988) e de Barcelona (1992), acredita que o reconhecimento do esporte paralímpico ainda pode melhorar, mas já vê uma evolução em relação à época em que disputava medalhas. “Hoje a gente vê as pessoas falando “os nossos atletas”, nós já somos um referencial, embora ainda de forma tímida, mas não somos mais desconhecidos”, diz Pereira, que já conquistou 9 medalhas paralímpicas.

 

Agência Brasil

 

 

Propina em Belo Monte

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Um relatório da Polícia Federal aponta indícios de que o PMDB e quatro senadores do partido receberam propina das empresas que construíram a usina de Belo Monte, no Pará, por meio de doações legais.
Um dos indícios é o volume de doações que o PMDB recebeu das empresas: foram R$ 159,2 milhões nas eleições de 2010, 2012 e 2014, de acordo com o documento. O relatório junta essa versão com a delação do ex-senador Delcídio do Amaral. No depoimento, ele disse que os senadores peemedebistas Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO) comandavam esquemas de desvios de empresas do setor elétrico.  Leia mais

 

 

Protestos pelo Brasil

Fábio Vieira/Fotorua/Estadão Conteúdo

O domingo foi marcado por manifestações contra o presidente Michel Temer (PMDB) em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba. Os atos pediam novas eleições, depois do impeachment de Dilma Rousseff (PT).
A capital paulista teve o maior ato, que reuniu cerca de 100 mil pessoas, de acordo com os organizadores. A PM não divulgou estimativas. O protesto foi pacífico durante todo o trajeto da avenida Paulista até o largo da Batata, na zona oeste. No final, policiais militares soltaram bombas de gás lacrimogêneo e jatos d´água. A porta de uma agência bancária ficou estilhaçada e algumas lixeiras quebradas. Leia mais

 

 

Esperar para ver

Ueslei Marcelino/Reuters

A ex-presidente Dilma Rousseff só vai saber se pode ou não disputar uma eleição se registrar candidatura. De acordo com ministros do TSE, a corte só vai analisar o caso se isso acontecer.
A situação é parecida com a do presidente Michel Temer. Ele foi condenado por ter feito doação eleitoral acima do teto, e só vai saber se pode concorrer em uma eleição caso se candidate. Leia mais

 

 

Continua na luta

Folhapress

A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff vai entrar nesta semana com novo mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal), pedindo a anulação do impeachment.
O argumento desta vez é de "falta de justa causa" e vícios no processo. Na lista das irregularidades alegadas pela defesa está o fato de senadores terem divulgado o voto contra Dilma antes do início do julgamento. Leia mais

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