O presidente interino Michel Temer negou estar nervoso com o julgamento da presidenta afastada Dilma Rousseff, e disse que considerou "natural" o processo de impeachment que tramita no Senado e deve ser concluído na próxima semana.
Após participar de um evento no Palácio do Planalto, que marcou o início do revezamento da tocha paralímpica, Temer conversou por alguns minutos com jornalistas. Ele falou após a cerimônia e, enquanto se afastava dos repórteres, foi perguntado se estava nervoso ou inseguro com relação ao processo.
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"É uma coisa tão natural da democracia", respondeu o presidente, deixando o Salão Nobre do Palácio do Planalto.
Abertura dos Jogos Paralímpicos
Antes, enquanto discursava, o presidente interino elogiou sua equipe, que participou da organização dos Jogos Olímpicos nas últimas semanas, e disse que, independentemente do resultado da votação do processo de impeachment, vai comparecer à cerimônia que abre a Paralimpíada, no próximo dia 7 de setembro.
“Em qualquer circunstância, esteja eu na posição que vier a estar, quero dizer que é com muita emoção, com muita alegria cívica e com muito patriotismo que irei à abertura dos Jogos Paralímpicos. Farei isso com um gosto extraordinário”, afirmou.
Hora de cobrar a conta
Por Rodolfo Amstalden
Você leu em O Antagonista que o PSDB ameaça romper com a base do governo caso ocorra pelo menos uma de duas coisas:
- Aprovação do reajuste dos ministros do STF pelo Senado;
- Reprovação da PEC que limita os gastos públicos.
O PSDB é a menor parte nesta história.
Se uma dessas duas coisas acontecer, um país inteiro romperá com Temer.
Refiro-me ao país da iniciativa privada, que calcula a cada dia os limites de sua paciência.
Então você pode me dizer: “Socorro, mas isso é um risco enorme!”.
É um risco. A rigor, dois riscos. Só não creio que sejam enormes.
Seriam enormes se Temer fosse ignorante ou estivesse indiferente. Como há muito dinheiro e poder na mesa, não acho que seja o caso.
Qual é a barganha até o momento?
O Temer café com leite concedeu em troca da PEC.
Convenceu o setor privado a topar “pequenas” concessões em troca de algo realmente importante.
Vendemos fiado para Temer, supondo adimplência logo à frente.
É uma aposta e, como toda aposta, tem risco e tem retorno.
Ganha mais quem não blefar.
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