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Haddad prevê novas reformas econômicas a partir de 2027 para garantir sustentabilidade fiscal

 


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (18) que o governo brasileiro deverá promover novas reformas econômicas a partir de 2027 para assegurar a sustentabilidade das contas públicas. Segundo ele, o atual arcabouço fiscal pode passar por ajustes, mas sua estrutura central deve ser mantida.

Arcabouço fiscal e ajustes possíveis

Durante café de fim de ano com jornalistas, Haddad destacou que a questão fiscal continuará sendo prioridade para futuros governos.

“Qualquer que seja o governo, vai continuar aprimorando o arcabouço fiscal”, disse.

O ministro ressaltou que a regra deve ser preservada, mas os parâmetros podem ser ajustados, como o limite de crescimento real das despesas, hoje fixado em até 2,5% ao ano. Ele também citou a possibilidade de alterar o teto de crescimento das despesas, atualmente em 70% do aumento real das receitas, podendo variar entre 60% e 80%.

Dívida pública e reformas

Haddad avaliou que a trajetória da dívida pública exigirá novas reformas.

“É o que eu estou fazendo o tempo todo aqui: algum tipo de reforma para melhorar a sustentabilidade dos gastos públicos no tempo”, afirmou.

Ele reforçou que a equipe econômica busca metas fiscais críveis e tecnicamente sustentáveis, evitando compromissos que precisem ser revistos.

Metas fiscais

  • 2025: meta de déficit zero, com tolerância de até 0,25% do PIB negativo (cerca de R$ 31 bilhões).

  • 2026: previsão de superávit de 0,25% do PIB (R$ 34,3 bilhões), mas pelas regras atuais a meta será considerada cumprida se o resultado for déficit zero.

“Vamos fixar uma meta exigente, demandante, mas possível de cumprir. É assim que estamos reconstruindo as contas públicas”, disse Haddad.

Cenário futuro

O ministro afirmou que a equipe econômica está preparada para adotar medidas tanto do lado das receitas quanto das despesas e garantiu que seu sucessor encontrará um cenário fiscal melhor do que o herdado em 2023.

Com isso, Haddad reforçou que o arcabouço fiscal seguirá como base da política econômica, mas com espaço para ajustes graduais que permitam maior sustentabilidade das contas públicas no longo prazo.

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