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Chefe de gabinete de Trump nega reportagem após declaração sobre “personalidade de alcoólatra”

 


A chefe de gabinete de Donald Trump, Susie Wiles, tornou‑se o centro de uma polêmica após a publicação de um artigo da Vanity Fair nesta terça‑feira (16). Na reportagem, Wiles afirma que o presidente dos Estados Unidos teria “a personalidade de um alcoólatra”, apesar de ser abstêmio. Horas depois, ela classificou o texto como “difamatório” e “manipulado”.

Segundo a revista, Wiles — considerada uma das figuras mais influentes do governo e peça-chave na campanha eleitoral — disse que Trump age “com a convicção de que não há nada que ele não possa fazer”. Ela justificou sua avaliação mencionando sua experiência pessoal com o alcoolismo do pai, o ex-jogador e comentarista esportivo Pat Summerall.

Trump, de 79 anos, não consome álcool e já declarou publicamente que teme ter predisposição ao alcoolismo, lembrando a morte do irmão Fred, aos 42 anos.

A publicação reúne diversas entrevistas concedidas por Wiles e aborda bastidores do governo e do círculo íntimo do presidente. A chefe de gabinete também faz comentários críticos sobre outras figuras políticas, o que ampliou a repercussão do texto.

Após a divulgação, Wiles reagiu nas redes sociais, afirmando que o artigo omitiu contexto e distorceu suas falas. Ela acusou a Vanity Fair de tentar retratar Trump e sua equipe de forma “caótica e negativa”.

Trump, por sua vez, disse ao New York Post que não viu problema na descrição feita por Wiles. “Eu não bebo, todo mundo sabe disso. Mas já disse muitas vezes que, se bebesse, poderia ter me tornado alcoólatra”, afirmou.

O vice-presidente J.D. Vance saiu em defesa de Wiles, destacando sua lealdade, embora tenha reconhecido que existem divergências entre ambos.

A Vanity Fair também relatou que Wiles comentou temas sensíveis da política externa e interna. Sobre a guerra na Ucrânia, ela afirmou que Trump acredita que Vladimir Putin “quer todo o país”. Disse ainda que o presidente não pretende disputar as eleições de 2028 — embora mencione o assunto com frequência “por diversão”.

Outro ponto citado foi a crítica de Wiles à procuradora-geral Pam Bondi pela condução do caso envolvendo Jeffrey Epstein, figura com quem Trump manteve relações no passado. Segundo Wiles, Bondi subestimou o interesse público no tema.

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