O movimento islamista Hamas solicitou nesta quarta-feira (26) que países mediadores pressionem Israel para permitir a retirada de dezenas de seus combatentes que permanecem bloqueados em túneis na Faixa de Gaza.
O pedido ocorre após o Exército israelense afirmar que, na semana passada, matou mais de 20 integrantes do Hamas que tentavam escapar das estruturas subterrâneas e prendeu outros oito.
Reconhecimento inédito
Em comunicado, o Hamas declarou:
“Consideramos Israel plenamente responsável pela vida de nossos combatentes e pedimos aos mediadores que atuem de imediato para pressionar e fazer com que nossos homens possam voltar para casa.”
Esta é a primeira vez que o grupo reconhece publicamente que parte de seus milicianos está bloqueada nos corredores subterrâneos.
Situação em Rafah
Segundo a imprensa israelense, entre 100 e 200 membros do Hamas estariam presos na rede de túneis sob a cidade de Rafah, área atualmente controlada pelo Exército israelense.
O acordo de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos, em vigor desde 10 de outubro, prevê a retirada das tropas israelenses da zona costeira de Gaza, delimitada por uma “linha amarela”.
Posição dos EUA e de Israel
O enviado especial americano Steve Witkoff mencionou recentemente que cerca de 200 combatentes estariam bloqueados em Rafah e avaliou que sua rendição poderia servir como “teste” para a aplicação do cessar-fogo.
Israel, no entanto, descarta qualquer acordo para saída segura. Um porta-voz do governo declarou à AFP que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu “não autorizava a passagem segura de 200 terroristas do Hamas” e reforçou a intenção de desmantelar as capacidades militares do grupo e desmilitarizar Gaza.
Fonte: Correio do Povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário