O também deputado fez a afirmação a poucos dias do vencimento das licenças que o ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu a multinacionais petrolíferas
Nicolás Maduro Guerra, filho do venezuelano Nicolás Maduro, disse, nesta sexta-feira, 23, que a Venezuela avançará 'com sanções ou sem sanções' americanas, que pesam sobre o país sul-americano.
O também deputado fez essa afirmação a poucos dias do vencimento das licenças que o ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, concedeu a multinacionais petrolíferas para que pudessem operar na Venezuela em meio ao embargo imposto em 2019, durante o primeiro mandato de Donald Trump.
'Vamos avançar no país com sanções ou sem sanções. Se for sem sanções, é mais fácil. Se for com sanções, temos um plano. Sempre estivemos preparados para este tema, viemos nos preparando', disse Maduro Guerra em um encontro com veículos de imprensa, entre eles a AFP, dois dias antes das eleições legislativas e regionais na Venezuela.
O filho de Maduro se negou a comentar sobre as recentes negociações entre Washington e Caracas, mas mencionou as licenças petrolíferas, em particular as da maior produtora, a americana Chevron, que vencem no próximo dia 27.
'Creio que a saída da Chevron é um tiro no pé para os Estados Unidos, porque, afinal, nós vamos seguir vendendo petróleo', afirmou.
Em fevereiro, Trump anunciou o fim da licença da Chevron para 3 de abril, mas, um mês depois, adiou o prazo para 27 de maio.
'A Chevron fez um bom investimento nos campos de petróleo de Zulia e acho que trabalhar aqui foi bom para eles. Eles não querem ir para lá; têm um lobby que está prejudicando a eles mesmos', apontou Maduro Guerra, conhecido também com 'Nicolasito'.
Maduro Guerra, de 35 anos, concorre à reeleição como deputado no pleito legislativo de domingo, quando serão eleitos os governadores de 24 estados e os 285 membros do Parlamento.
Ele foi uma das figuras de poder durante a campanha. 'Eu tenho o propósito de servir', disse, ao ser perguntado sobre suas ambições pessoais.
'E mais, eu disse a meu pai [...] antes que anunciassem as candidaturas, eu lhe disse: a única coisa que lhe peço é que me deixe no partido, porque, para mim, o trabalho do partido é o mais bonito e o mais importante, o trabalho de base', sustentou.
AFP e Correio do Povo

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