Governo do Estado estima encerrar neste final de semana Centro Humanitário de Acolhimento Vida, em Porto Alegre

 Nesta quarta-feira, ainda há 75 pessoas no local, que serão em parte encaminhadas para residências provisórias no Sarandi

Centro Humanitário de Acolhimento Vida | Foto: Pedro Piegas


Avança a desmobilização do Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) Vida, junto ao Centro Vida, no bairro Rubem Berta, zona Norte de Porto Alegre. A expectativa do governo do Estado, junto com a Prefeitura e a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para as Migrações (OIM), responsável pela gestão do espaço, é encerrar o local, que ainda abriga 75 pessoas nesta quarta-feira, já neste final de semana.

Criado de maneira emergencial para abrigar famílias diretamente atingidas pelas enchentes de um ano atrás, em maio de 2024, o CHA Vida será o último a ser desmobilizado, depois dos dois centros similares de Canoas, nomeados Recomeço e Esperança, todos com financiamento pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, fecharem as portas na última semana. Nos três locais, grande parte das famílias foi ou está sendo transferida para 80 residências provisórias, ou ainda para casas de parentes e com condições de recebê-los. No caso da Capital, elas estão localizadas no bairro Sarandi.

De acordo com o secretário executivo do Gabinete de Projetos Especiais (GPE) do gabinete do vice-governador, Clovis Garcez Magalhães, estas casas da Capital terão a instalação da rede elétrica concluída nos próximos dias, restando a conclusão da energização de uma das duas vias. Há também problemas pontuais de drenagem, que poderão ser solucionadas com o auxílio de paletes, e, se for preciso, eles serão instalados também de maneira provisória. “É provável que até o final de semana, isto seja solucionado da mesma forma. O acesso destas pessoas está garantido”, disse Magalhães.

Além disto, deverá ser executado o paisagismo no local. “Isto tudo é para darmos uma condição de sociabilidade e um tratamento adequado para elas. As famílias deslocadas para estas moradias também estão sendo apoiadas com auxílio alimentação, para que possam dar sequência na sua vida e ir se reestruturando”. O encerramento também praticamente coincide com a chegada do frio mais intenso ao Estado.

“Esta não é uma situação de normalidade, mas sim de atendimento que vamos construindo. Os Centros Humanitários sempre tiveram estas variações climáticas, por serem locais mais sensíveis. Vejo que a situação do frio é o mesmo que vivemos no período do calor. Fizemos um grande esforço para manter climatizados alguns setores, como a brinquedoteca, áreas de multiuso, habitação e vizinhança. Estamos trabalhando ainda em um regime de recuperação de um trauma maior, que foi a calamidade de 2024”, salientou o secretário executivo.

Correio do Povo

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