O Reinado do Terror: No dia 6 de abril a Convenção criou o Comitê de Salvação Pública, que seria o órgão executivo da República. A rivalidade entre as facções tornou-se mais aguda e a facção jacobina assumiu o controle do governo. Foi promulgada uma nova Constituição em 24 de junho, ampliando o caráter democrático da República, mas nunca entrou em vigor. O assassinato de Jean-Paul Marat e a indignação pública suscitada por este acontecimento aumentaram a influência dos jacobinos em todo o país. O líder Maximilien Robespierre passou a integrar o Comitê de Salvação Pública, tornando-se sua figura de maior destaque. Com o apoio de Louis Saint-Just, de Lazare Carnot, de George Couthon e de outros jacobinos importantes, implantou medidas policiais visando impedir toda e qualquer ação contrarrevolucionária, durante um período que passou a ser conhecido como o Reinado do Terror.
Sob o ponto de vista militar, a situação estava perigosa para a República. As potências inimigas haviam reiniciado uma ofensivas em todas as frentes. Em pouco tempo foram formados 14 exércitos – em torno de 750.000 homens – que foram rapidamente enviados às frentes de batalha.
Os tribunais e os comitês revolucionários foram responsáveis pela execução de quase 17.000 cidadãos em toda a França. Durante o período do Terror, as vítimas alcançaram o número de 40.000 pessoas. O ódio anticlerical ficou também manifestado na abolição, em outubro de 1793, do calendário juliano, que seria substituído pelo calendário republicano.
Nesse período, o destino da guerra estava favorável à França. O general Jean Baptiste Jouran derrotou os austríacos em 16 de outubro de 1793, iniciando uma série de vitórias francesas.
A luta pelo poder: O Comitê de Salvação Pública levou à execução Hérbert e Danton e seus principais adeptos, mas a rejeição popular a essas medidas de segurança, impostas por Robespierre, provocaria sua própria decapitação, juntamente com a de Saint-Just, Couthon e 98 de seus adeptos.
A Prússia e vários Estados alemães assinaram, em 5 de abril de 1795, o Tratado da Basileia com o governo francês. A Espanha, também, se retirou da guerra, em 22 de julho. Com isso, as únicas gerações que prosseguiram no conflito foram a Grã-Bretanha, a Sardenha e a Áustria. No entanto, por quase um ano não ocorreram mudanças na frente de batalha. A fase seguinte do conflito foi iniciada com as Guerras Napoleônicas.
A Convenção Nacional elaborou mais uma Constituição aprovada oficialmente em 22 de agosto de 1795. A nova legislação conferia ao poder executivo um Diretório de cinco membros, denominados diretores. O poder legislativo seria exercido por uma Assembleia bicameral, composta pelo Conselho dos Anciãos (250 membros) e pelo conselho dos Quinhentos. Sucederam-se inúmeros golpes de Estado, decorrentes das lutas pelo poder e, em 5 de outubro, os monarquistas provocaram uma insurreição contra as leis antimonárquicas, rapidamente reprimida pelo general Napoleão Bonaparte, comandante em chefe dos exércitos revolucionários e que, posteriormente, seria o imperador da França com o nome de Napoleão Bonaparte. O regime da Convenção terminou em 26 de outubro e o novo governo, formado nos termos da Constituição, assumiu suas funções em 2 de novembro.
Desde o primeiro momento, o Diretório enfrentou inúmeras dificuldades, apesar do empenho demonstrado por políticos com Charles Maurice de Talleyrand-Périgord e Joseph Fouché. Muitos dos problemas surgiram em decorrência da estrutura do aparelho do governo; outros, pela confusão econômica e política gerada pela vitória dos conservadores. A elite, fazia campanha aberta a favor da restauração da monarquia.
Fonte: http://www.brasil.terravista.pt/praiabrava/2837/page6.html – 23/10/2015
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