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Revolução Francesa Parte 1

Revolução Francesa, processo social e político ocorrido na França entre 1789 e 1989, cujas principais consequências foram a queda de Luís XVI, a abolição da monarquia e a proclamação da República, que poria fim ao Antigo Regime.

As causas determinantes de tal processo estavam na incapacidade das classes dominantes (nobreza, clero e burguesia) de enfrentar os problemas do Estado, a indecisão da monarquia, o excesso de impostos que pensavam sobre os camponeses, o empobrecimento dos trabalhadores, a agitação intelectual estimulada pelo Século das Luzes e o exemplo da Guerra da Independência norte-americana.

As razões históricas da Revolução

Mais de um século antes da ascensão de Luís XVI ao trono (1774), o Estado francês já havia passado por várias crises econômicas, resultantes das guerras empreendidas durante o reinado de Luís XIV; da má administração dos assuntos nacionais no reinado de Luís XV; das dispendiosas perdas da guerra entre a França e a Índia (1754-1763) e do aumento da dívida gerada pelos empréstimos às colônias britânicas da América do Norte, durante a Guerra da Independência norte-americana (1775-1783).

Os defensores da realização de reformas começaram a exigir o atendimento às reivindicações apresentadas em em 1789, ao serem convocados os Estados Gerais, as delegações entraram em confronto com a câmara, rejeitando os novos métodos de votação estabelecidos, até que, no dia 17 de junho, o grupo liderado por Emmanuel Joseph Sieyès e por Honoré Riguetti, o Conde de Mirabeaus, constituiu a Assembleia Geral. Este desafio ostensivo ao governo monárquico, que contava com o apoio do clero e da nobreza, foi seguido pela aprovação de uma medida que delegava exclusivamente à Assembleia Geral o poder de legislar em matéria fiscal. Luís XVI, em represália, retirou da Assembleia a sala de reuniões. Esta respondeu realizando, em 20 de junho, o chamado 'Juramento do Jogo da Péla' pelo qual assumia o compromisso de não se dissolver, até que fosse elaborada uma Constituição.

O início da Revolução

O povo de Paris responderia aos atos de provocação do rei com a insurreição: os distúrbios começaram em 12 de julho e no dia 14 de julho uma multidão invadiu e tomou a Bastilha, – uma prisão real que simbolizava o despotismo dos Bourbons – . Mas antes do início da revolução em Paris, já haviam surgido, em inúmeras regiões da França, distúrbios locais, bem como revoltas de camponeses contra a opressão dos nobres. O Conde de Artois (futuro Carlos X) e outros líderes reacionários, diante das ameças fugiram do país, transformam-se no grupo émigrés. A burguesia parisiense, temendo que a população da cidade aproveitasse a queda do antigo sistema de governo para recorrer à ação direta, apressou-se a estabelecer um governo provisório local e a organizar uma milícia popular que foi oficialmente denominada Guarda Nacional. A bandeira dos Bourbons foi substituídas por uma tricolor (azul, branco e vermelho), que passou a ser a bandeira nacional. E em toda a França, foram constituídas unidades da milícia e governos provisórios. O comando da Guarda Nacional foi entregue a Marie Joseph Motier, o Marquês de La Fayette.

http://www.brasil.terravista.pt/praiabrava/2837/page4.html – 23/10/2003

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