1. A Líbia passou a ter - teoricamente - um só governo, apoiado e reconhecido pelas Nações Unidas. Um representante especial da organização esteve esta semana em Trípoli e diferentes países anunciaram a reabertura das suas embaixadas, após o período caótico que se seguiu à derrubada de Muammar Kadhafi, em 2011. A prioridade é estabilizar o país e travar a influência do Estado Islâmico (EI) que, perante os revezes na Síria e no Iraque, procura reforçar a influência em território líbio.
2. Mas o combate aos islamitas é só um dos muitos - e simultâneos - desafios do governo do primeiro-ministro Fayez el-Serraj. Pela frente, tem a complexa conjuntura política interna, o efetivo controle territorial e correspondente redução das viagens de migrantes ilegais para a Europa, além da recuperação da economia assente na exploração petrolífera.
3. Uma difícil missão para Fayez el-Serraj que entrou em Trípoli por mar no final de março, depois de o Congresso Geral Nacional (CGN, coligação dominada por islamitas), que controlava a capital, ter fechado o espaço aéreo numa tentativa de impedir a chegada do chefe do executivo internacionalmente reconhecido.
Ex-Blog do Cesar Maia
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