Primárias norte-americanas podem ampliar hoje vantagem de Trump e Hillary

Cinco estados norte-americanos – Ohio, Florida, Carolina do Norte, Missouri e Illinois - fazem hoje (15) mais uma etapa das eleições primárias visando a escolher os representantes dos partidos Republicano e Democrata nas eleições para presidente dos Estados Unidos, em novembro deste ano.
Dos cinco estados, a Florida e Ohio são decisivos para os candidatos John Kasich e Marco Rubio, que ainda têm esperanças de serem nomeados candidatos do Partido Republicano. Se o republicano Donald Trump ganhar nesses estados, Kasich, que é governador de Ohio, e Marco Rubio, que é senador da Flórida, ficam praticamente eliminados da corrida, já que – mesmo nos estados que representam - não terão nenhum novo delegado para apoiá-los: pelas regras eleitorais da Flórida e de Ohio, o candidato ganhador leva para o partido todos os delegados eleitos.
Pelo lado democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton lidera a maioria das pesquisas nos cinco estados. Ela poderá assegurar uma grande vantagem em relação ao senador Bernie Sanders, se vencer essa etapa eleitoral.
A campanha do senador republicano pelo Texas, Ted Cruz, tem divulgado que ele é o único candidato capaz de enfrentar Donald Trump. Segundo os organizadores de sua campanha, Cruz tem hoje uma grande chance de vencer em Missouri, o que abriria chance de futuras vitórias nas etapas eleitorais que ainda estão por vir.
Os candidatos que se opõem a Trump atribuem à sua retórica inflamada contra os imigrantes e os muçulmanos o motivo do surgimento de conflitos entre manifestantes que participaram dos últimos comícios do Partido Republicano. Para Trump, porém, essas acusações são provocadas pelo descontentamento de candidatos que estão perdendo as eleições.



Sem contato do COI, judocas refugiados mantêm esperança em vaga olímpica


Os judocas refugiados Popole Misenga e Yolande Bukasa
Os judocas refugiados Popole Misenga e Yolande BukasaVinicius Lisboa/Agência Brasil
A agenda de entrevistas de Popole Misenga e Yolande Bukasa é concorrida. Os judocas congoleses refugiados no Brasil desde 2013 têm contado sua história a jornalistas do mundo todo, de quem costumam ouvir que "já estão na Olimpíada" do Rio de Janeiro. Conforme se aproximam os jogos, no entanto, a ansiedade só cresce, porque ainda não houve qualquer contato do Comitê Olímpico Internacional (COI) garantindo que eles estão ao menos entre os candidatos a integrar a delegação de refugiados que foi anunciada no último dia 3.
"Estamos esperando", conta Popole, de 23 anos. "Como muita gente vem fazer entrevista, de muitos países, e fala que já estamos lá, a gente ainda acredita".
Acolhidos pelo Instituto Reação, na zona oeste do Rio, os dois treinam desde abril do ano passado com o objetivo de disputar a Olimpíada. O treinamento, no entanto, já deveria ter sido intensificado, o que depende de uma definição mais concreta de suas possibilidades de competir. "o atleta tem que treinar duas vezes por dia para chegar à competição. Precisamos começar a treinar mais forte", diz Popole.
Responsável pelo treinamento de Popole e Yolande, o sensei Geraldo Bernardes, de 73 anos, concorda. "Quando tivermos a certeza de que eles realmente vão, vamos aumentar a carga de treinamento. Porque até para aumentar essa carga, tem que ter uma alimentação de melhor qualidade e outro tipo de suporte".
Popole e Yolande recebem cestas básicas e passagens de ônibus para treinar, mas vivem em situação de dificuldade financeira. Sem comprovantes de escolaridade e ainda com deficiências no português, eles não conseguem emprego formal e fazem trabalhos temporários como descarregar caminhões para se manter na favela Cidade Alta, na zona norte do Rio. Popole se casou e tem uma filha de 1 ano. Yolande vive de favor na casa de uma família formada por casal e três filhos.
"Durmo na sala, no chão. Eu não pago nada, mas divido a cesta básica com eles. Mês passado, minha amiga falou muito que eu tinha que dar algum dinheiro. Conversei com o sensei e ele me ajudou", conta Yolande, que tem 28 anos e está desempregada.
O sonho de lutar na olimpíada exige sacrifícios que se tornaram outra dificuldade na hora de buscar trabalho. Com duas horas de treinos diários, em Jacarepaguá, Popole conta que fica difícil trabalhar.
"O mais importante para mim é o judô. Se eu sair às 18h, 19h, até chegar em casa e até chegar aqui [no Instituto Reação], não dá tempo. Tenho que escolher entre ganhar R$ 40 em um dia carregando, ou lutar judô", lamenta o atleta, que tenta equilibrar as contas atrasadas, fazer exercícios sozinho para se preparar e focar no treino.
"Eu venho treinar aqui e estou devendo em casa, faltando comida para minha filha. É muito difícil treinar assim. Você não pode ficar aqui pensando que vai voltar e a pessoa vai expulsar a sua família de casa".
Resposta só em junho
No início deste mês, o Comitê Olímpico Internacional confirmou que a Olimpíada deste ano será a primeira a ter uma delegação formada apenas por refugiados, de diversas nacionalidades, que competirão como o 207º país nos jogos. O COI informou que 43 candidatos foram identificados, e que a delegação terá entre cinco e dez vagas. Os escolhidos serão anunciados em junho, quando está marcada uma reunião da diretoria executiva da entidade.
A Cáritas chegou a ser procurada pelo comitê no início do ano passado e, como havia dado assistência a Popole e Yolande quando chegaram ao Brasil, sugeriu seus nomes. Desde então, no entanto, não houve mais contato. Foi a entidade que encaminhou os dois para o Instituto Reação, onde também não chegaram novidades a respeito da seleção para os jogos. A Agência Brasil perguntou ao COI sobre os atletas, mas não obteve resposta.
"Eles evoluíram bastante. Com o nível dos nossos atletas, o treinamento é forte e puxado visando à olimpíada, para dar a eles uma condição boa de participar das lutas", conta Geraldo, que esteve na comissão técnica brasileira em quatro olimpíadas, entre Seul (1988) e Sidney (2000), e treina atletas que disputam vaga na seleção brasileira, como a campeã mundial Rafaela Silva.
Guerra civil
Yolande e Popole chegaram ao Brasil para uma competição internacional de judô em 2013, mas contam que foram abandonados no hotel pela comissão técnica de seu país, sem direito sequer a refeições. A República Democrática do Congo vivia uma guerra civil, e eles conseguiram o refúgio no Brasil. O conflito continua e foi o mesmo que mudou drasticamente a vida deles ainda na infância.
Yolande lembra que tinha acabado de chegar da escola, com 10 anos, e brincava na rua ainda com o uniforme quando começou a ouvir estrondos de bombas e tiros. A guerra civil havia chegado à cidade de Bukavu, onde morava.
"Escutei um barulho veio chegando muita gente correndo. Tentei voltar em casa, mas disseram para não ir. Fugi com outras pessoas e, depois, veio um helicóptero e todas as crianças entraram", conta ela, que foi levada para a capital e nunca mais voltou a ver os pais ou qualquer familiar.
Além de mortes e tiros, a memória de Yolande guarda outros testemunhos de violência, que ela considera ter sido ainda mais brutal contra mulheres: "Na guerra, vi os homens pegarem as mulheres e fazerem besteiras. Eu, quando criança, vi uma coisa que nunca posso esquecer. Vi 15 homens, 20 homens pegarem uma mulher".
Popole fugiu da mesma cidade que Yolande, com 6 anos, e também perdeu o contato com a família. "No dia em que começou a guerra, eu estava em casa, minha irmã estava na escola, meu pai estava no trabalho. Começou a cair muita bomba, queimando casa, tiro. Quando saí de casa, vi muitas pessoas correndo e fui atrás, e elas iam caindo mortas pelos tiros".
O congolês fugiu para a floresta e fez uma caminhada de dias, até que fosse resgatado por um barco, segundo ele, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Na capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, os dois começaram a treinar judô em programas sociais direcionados a refugiados e se tornaram atletas de nível internacional, o que permitiu sua vinda ao Brasil em 2013.
Geraldo conta que a forma de treinamento que Popole e Yolande trouxeram reflete o modo autoritário com que relatam ter sido tratados em sua vida de atleta de alto rendimento.
"Quando eles lutavam, tinham que ganhar, se não ganhassem eram castigados e ficavam presos. Isso fez com que o espírito deles fosse o de sempre ser o ganhador e isso, no início, criou problemas de relacionamento com os meus atletas", conta o técnico, que ajudou os congoleses a superar a questão. "Eles passaram a entender melhor o fair play do judô".
Sonho olímpico
Popole acredita que participar da olimpíada pode ser um caminho para conseguir viver e sustentar sua família por meio do esporte.
"Quando um atleta se expõe na olimpíada, ele constroi uma relação de conhecidos, de patrocínios e agendamento de entrevistas. Estou passando necessidade para morar de aluguel, tenho minha mulher e minha filha".
Yolande acrescenta que os jogos poderiam mudar sua trajetória não apenas pelos ganhos financeiros. "É uma história que ninguém pode me tirar. Eu passei uma vida muito dura, eu lutei muito e quero me classificar para limpar minha cabeça, para ficar na minha casa sozinha, ficar como todo mundo e viver a vida financeira sem chorar com ninguem. Quero ter lembranças boas".


Golpismo

Acostumamo-nos, ao longo de décadas, com pichações, faixas e cartazes espalhados pelo Brasil afora pregando o impeachment de governantes. Aqui mesmo, em Porto Alegre, ainda é possível encontrar já bem desbotadas algumas inscrições com o dizeres “fora tal governador”. Assistimos hoje os mesmos que faziam essas pregações dizendo agora que isso é golpismo.


Roberto Fissmer, Porto Alegre



Fonte: Correio do Povo, página 2 da edição de 17 de outubro de 2015.



Autoridade olímpica garante que equipamentos ficarão prontos para jogos




 
Centro de Hipismo que vai receber competições dos Jogos de 2016
Centro de Hipismo no Rio, que vai receber competições dos Jogos de 2016Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil
O presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso, reconheceu que alguns dos equipamentos olímpicos passaram por correções no desenvolvimento do projeto e, em consequência, sofreram atrasos, mas garantiu que eles vão ficar prontos para os jogos de 2016. Um deles foi o Velódromo Olímpico do Rio, instalado no Parque Olímpico da Barra, na zona oeste, onde foi preciso incluir uma empresa subcontratada para cumprir o prazo.

No Centro de Tênis, também no Parque Olímpico da Barra, houve a substituição do consórcio liderado pela empresa Ibeg, em parceria com a Tangran e a Damini. No Centro de Hipismo, em Deodoro, zona norte do Rio, também ocorreu atraso, com a falta de cumprimento do cronograma pela empresa contratada (Ibeg). Para Pedroso, no entanto, os problemas foram superados.
“No velódromo não houve a substituição [de empresa contratada], mas teve a autorização de atuação de uma subcontratada, formalmente, dentro do processo. Onde houve substituição foi no tênis e no Centro de Hipismo. O tênis, com mais de 90% das obras realizadas, então, é a reta final, não é exatamente na arena, mas nas áreas externas, que são as quadras de aquecimento, é uma obra de simples conclusão. No caso do hipismo, eram obras de menor monta, baias de cavalos, ferradoria, a clínica veterinária, que já foram retomadas e estão em curso. Hoje, a gente tem bastante tranquilidade na execução delas dentro do prazo necessário”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.
Hipismo
Marcelo Pedroso acrescentou que no Centro de Hipismo as principais áreas de competição estão prontas, tanto a pista de salto e adestramento, quanto a de cross country, que já foram submetidas a evento-teste. O que falta são as áreas complementares e algumas pistas de treinamento, que ainda estão em preparação. “Nelas não há nenhuma construção, é apenas a preparação da pista que é aberta e tem uma especificação técnica, mas a obra é relativamente simples de executar dentro do prazo que a gente tem. Não vejo essa obra como preocupante ou atrasada. Acho que está sendo cumprida e dentro do  prazo”.
Marcelo Pedroso informou que, no Centro de Hipismo, as principais áreas de competição estão prontas, tanto a pista de salto e adestramento
O presidente da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso, informou que no Centro de Hipismo as principais áreas de competição estão prontasCristina Indio do Brasil/Agência Brasil
Ainda no hipismo, houve momentos de tensão dos organizadores dos Jogos Olímpicos com o diagnóstico de mormo (doença incurável, que exige o sacrifício do animal) em um cavalo do Exército que esteve no Complexo Militar de Deodoro entre fevereiro e novembro de 2014 e depois foi levado para o Espírito Santo. Pedroso esclareceu que o fato ocorreu no entorno da área de vazio sanitário [livre de doenças] do Centro Nacional de Hipismo, em que serão disputadas as provas. Além disso, outros cavalos do Exército, que também estavam lá, foram submetidos a exames com a comprovação de que não havia contaminação. A recomendação internacional é de que o vazio sanitário seja feito com o prazo de seis meses antes da competição. Segundo o presidente da APO, para os Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil adotou o prazo de 15 meses.
“A gente tem certeza de que dentro da área do vazio sanitário não há a menor possibilidade de propagação de doença transmissível entre animais, então, nesse sentido, está totalmente resolvido. Esses cavalos foram submetidos a uma bateria de exames repetidos que permitiu ao Ministério da Agricultura liberar os animais, porque chegou a resultado negativo para todos. A gente pode dizer que para reforçar ainda o sentimento de que está 100% garantido, foi feita uma barreira no entorno, com uma bateria de investigação epidemiológica, e os cavalos estão liberados”, contou.
Para a entrada de novos cavalos no local é preciso que eles passem pelas determinações de biossegurança do Ministério da Agricultura. Pedroso explicou que a região é equivalente a um território internacional para qualquer animal, ainda que seja procedente de um bairro do Rio de Janeiro. “Para entrar na área internacional, ele tem que se submeter às regras da instrução normativa do Ministério da Agricultura para ingresso na BR2 [classificação que estabelece ostatus do controle sanitário da área], que é a zona de vazio sanitário. Além disso tudo, para chegar aqui os cavalos virão no sistema de bolha a bolha, em uma instalação adequada desde o país de origem, e do aeroporto é transportado no mesmo receptáculo lacrado pelo Ministério da Agricultura e só deslacrado na área do vazio sanitário. Há um processo que nos dá garantia absoluta que não há qualquer problema relacionado a mormo”, destacou.
Baía de Guanabara
Sobre a utilização da Baía de Guanabara para as competições de vela, Pedroso foi taxativo de que não há possibilidade de alteração do local. A escolha chegou a receber críticas, com alegações de falta de qualidade da água. “A competição vai ser ali mesmo. Já fizemos dois eventos-teste. Exatamente por isso, não fizemos apenas um e os eventos foram bem-sucedidos, com elogios das federações às condições da prova. Então, não há a menor possibilidade de transferir essa prova para qualquer lugar, seja para águas externas da Baía de Guanabara, seja para qualquer outra região do território do Rio ou do Brasil”, garantiu.
Para o presidente da APO, a Baía de Guanabara é um elemento muito forte para a população do Rio e a despoluição um objetivo perseguido há muito tempo. Ele disse que do ponto de vista das competições, o conjunto de ações adotadas vai dar condições de campo de prova para que os atletas participem da competição. Entre as ações, citou a contenção de lixo com ecobarreiras, o desenvolvimento de coleta e tratamento de esgoto, que permitiu à cidade passar de menos de 10% para 50% de tratamento do esgoto que desemboca na baía e medidas operacionais de utilização de ecobarcos, para fazer a limpeza nas raias de competição. Além disso, ele lembrou as medidas na região da Marina da Glória para impedir que esgoto não tratado, resultado de ligações clandestinas na rede de água pluvial, alcance a baía.
“O legado fundamental da Olimpíada é a construção de um modelo de gestão conjunta, compartilhada entre os atores públicos, que permita à sociedade, em um prazo de tempo adequado, alcançar a despoluição integral da Baía de Guanabara. Várias sedes olímpicas viveram a mesma situação, utilizaram a Olimpíada como elemento de conscientização e agregação de atores públicos, e isso permitiu que elas, em um tempo a partir da competição olímpica, alcançassem o objetivo comum. A preservação ambiental deve ser perseguida insistentemente pelos entes públicos”, afirmou.
Visita de ministros
Marcelo Pedroso classificou de fundamentais as visitas de ministros às instalações olímpicas, que se intensificaram na última semana e vão continuar nos próximos dias. Ele disse que a organização dos jogos tem um comando geral de atuação dos ministérios, mas que a presença física dos ministros ajuda na evolução das obras, na percepção de cada pasta sobre tudo que já foi feito. “O ministro tem condição de chegar aqui e enxergar aspectos que demandem algum tipo de decisão e isso faz, muitas vezes, com que determine que alguma decisão seja tomada. Como um todo, é importante porque a gente consegue acelerar, nesta reta final de preparação, e trazer o conjunto do governo para atuar dentro da realização do evento”, acrescentou.
De acordo com Pedroso, a integração dos governos federal, estadual e municipal para a realização dos jogos foi relevante e gerou uma matriz de responsabilidade que permitiu transparência pública, com a definição clara do papel de cada ente da Federação na execução de projetos, fixando prazos e valores de investimentos.
“Acho que a matriz de responsabilidade pode ser considerada elemento fundamental de interlocução entre os atores públicos envolvidos e pode ser aplicada em projetos futuros para garantir os mesmos princípios, com definição de responsabilidade, de transparência social, de comunicação entre os entes e a sociedade. Eu a considero elemento estratégico para a realização dos Jogos Olímpicos, até mesmo como know-how, como experiência, para a própria gestão pública”, completou, informando ainda que a crise financeira do estado não interferiu no planejamento operacional que está sendo executado. “A preparação dos jogos já tinha programação. Os investimentos necessários já vêm sendo feitos ao longo do tempo”.
Eventos-teste
Outro fator que ajudou na preparação dos jogos foram os eventos-teste, que vêm ocorrendo desde 2014. Com eles está sendo possível fazer correções e garantir um bom ambiente de competição para os atletas. “A gente tem situações onde foram apontadas necessidades de ajustes, por exemplo, na maratona aquática, quando a competição teve dificuldades de ser realizada. Também houve a necessidade de ajustes no BMX (bicicross). As federações apontam necessidades de ajustes quando o evento-teste demonstra isso, mas, de maneira geral, os eventos-teste estão transcorrendo de maneira satisfatória e funcionando para alcançar aquilo que a gente espera -  preparar as equipes e mostrar que estamos prontos para receber a competição olímpica”.



Venezuela prorroga estado de emergência econômica por 60 dias


Da Agência Lusa
A Venezuela prorrogou ontem (14) por mais 60 dias o estado de Emergência Econômica, decretado em janeiro pelo presidente Nicolás Maduro para enfrentar a crise alimentar e econômica. A crise na Venezuela agravou-se com a queda dos preços do petróleo, a principal fonte de entrada de receitas no país. O prolongamento do estado de emergência foi feito através do decreto presidencial 2.270.
"Decreto a prorrogação por sessenta dias do decreto mediante o qual se declarou o estado de Emergência Econômica em todo o território nacional, a fim de que o Poder Executivo possa continuar oferecendo proteção aos venezuelanos contra a guerra econômica", diz o texto assinado pelo presidente Nicolás Maduro. O documento sublinha que "persistem as circunstâncias excepcionais, extraordinárias e conjunturais que motivaram a declaração de emergência econômica".
"Perante a ofensiva econômica e a diminuição de receitas petrolíferas, requer-se a verdadeira união do povo venezuelano, livre e consciente, com o seu governo revolucionário, para adotar e assumir medidas urgentes e de caráter extraordinário que garantam a sustentabilidade da economia, até se restabelecer satisfatoriamente tal anormalidade e impedir a extensão dos seus efeitos", afirma.
O decreto sublinha, ainda, que "é imperioso dar continuidade ao fortalecimento de determinados aspectos de segurança econômica que encontram razão no contexto latino-americano e global atual", que são proporcionais, pertinentes, úteis e necessários "para o exercício e desenvolvimento integral do direito constitucional e da proteção social de parte do Estado".
A publicação foi feita um dia depois de o parlamento venezuelano, onde a oposição é majoritária, ter-se declarado em "sessão permanente" para debater o prolongamento da emergência nacional, condicionando a sua aprovação ao comparecimento do vice-presidente da Venezuela, Aristóbulo Isturiz, para dar informações adicionais em matéria econômica, entre elas, dados sobre a dívida externa e interna venezuelana, a produção e escassez de produtos e a inflação.


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