Exclusivo: os documentos da Odebrecht que o Itamaraty quis esconder


São cerca de duas mil páginas de telegramas que citam a Odebrecht, produzidos durante o governo Lula
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Ministério da Saúde confirma 745 casos de microcefalia

Boletim divulgado hoje (9) pelo Ministério da Saúde confirmou 745 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso sugestivas de infecção congênita, distribuídos por 18 estados do país. Por enquanto, 88 foram confirmados para relação com a infecção pelo vírus Zika, mas, de acordo com o Ministério da Saúde, este número não representa adequadamente a totalidade de casos relacionados ao vírus. Os dados são de outubro do ano passado a 5 de março.
“Só um pequeno número dessas confirmações deve ser por outras causas”, disse o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch em coletiva à imprensa. Para ele, perto do aumento de casos da malformação ocasionados pelo vírus Zika, as outras causas estão em número irrelevante. A microcefalia pode ser causada por outras infecções, como sífilis, rubéola e citomegalovírus, entre outros fatores.
Mais 4.231 casos em que há suspeita das malformações estão sendo investigados para confirmação ou não do quadro. Semana passada eram 641 confirmados.
Desde outubro do ano passado foram notificados 6.158 casos suspeitos de microcefalia no Brasil. Destes, 1.182 foram descartados. As investigações começaram em novembro, mas há registros de crianças nascidas com a malformação antes disso.
Até o dia 5 de março foram registrados 157 óbitos de crianças com indícios de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação. Destes óbitos, 37 foram confirmados para microcefalia e ou alterações do sistema nervoso central, 102 continuam em investigação e 28 foram descartados.
Novo protocolo
Microcefalia zika aedes aegipty
Os dados fazem parte do registro de casos que levam em conta um novo protocolo do Ministério da Saúde que estipula novas medidas do perímetro cefálico para casos de microcefaliaSumaia Villela/Agência Brasil
Fazem parte dos dados divulgados hoje registros de casos que levam em conta um novo protocolo do Ministério da Saúde que estipula novas medidas máximas do perímetro cefálico para suspeita de microcefalia: 31,9 centímetros para meninos e 31,5 para meninas. Ou seja, serão notificadas crianças com o perímetro da cabeça menor ou igual à medida estipulada. A mudança de protocolo seguiu recomendações da Organização Mundial da Saúde.
Para meninos, a mudança no protocolo é de apenas um milímetro, mas, segundo Wanderson Oliveria, é essencial que os profissionais a respeitem. “É importante destacar que na neonatologia, milímetros fazem a diferença”, explicou Wanderson Oliveria, coordenador de Vigilância e Resposta à Emergência em Saúde Pública do Ministério da Saúde. O coordenador destaca que é fundamental que os profissionais usem as medidas exatas. “É importante que não arredondem os dados”.
Para crianças nascidas antes de 37ª semanas de gestação, consideradas prematuras, os critérios são outros. Será usada a tabela InterGrowth, que tem como referência a idade gestacional do bebê para avaliação do tamanho da cabeça.
A medição do perímetro cefálico deve sempre ser feita logo após o nascimento da criança, o que permite ao médico identificar problemas de forma precoce. Para a confirmação do diagnóstico de microcefalia e de sua relação com outras infecções são necessários outros exames, como ultrassonografia transfontanela e tomografia.
Inicialmente, quando começaram as investigações sobre microcefalia relacionada ao vírus Zika em outubro de 2015,  a medida adotada era 33 centímetros para meninos e meninas, em seguida foi usado 32 centímetros. “Não existe uma medida ideal, porque, em qualquer medida, sempre algumas crianças com problemas vão ficar de fora e outras sem problemas vão ficar dentro”, explicou Maierovitch, esclarecendo que o mais importante é ter o critério internacional para que haja uma padronização.
O diretor ressaltou que o Ministério da Saúde está em constante contato com a OMS para manter os critérios de avaliação das crianças atualizados e para passar as informações obtidas no Brasil.




México: mau tempo deixa cerca de 4,7 milhões de estudantes sem aulas


Da Agência Lusa
As autoridades mexicanas decidiram suspender as aulas hoje (10) no estado do México, no centro do país, devido ao mau tempo registrado nas últimas horas. A medida afeta 4,7 milhões de estudantes e 238 mil professores.
A suspensão das aulas abrange instituições de ensino de todos os níveis, atingindo um total de 24 mil escolas.
Uma tempestade e uma frente fria provocaram a queda de centenas de árvores devido às fortes rajadas de vento, bem como cortes de energia elétrica e o fechamento de estradas.
“A tempestade vai manter-se com ventos muito fortes, chuvas intensas e temperaturas muito baixas na maior parte do país”, informa comunicado oficial.





Pink Floyd A Saucerful of Secrets Roger Waters -- bass guitar, percussion, vocals Richard Wright -- piano, organ, mellotron, vibraphone, vocals David Gilmour...
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Mesmo internado, Naná Vasconcelos produziu e deixa composições inéditas

Mesmo em seus últimos dias de vida no hospital, o percussionista Naná Vasconcelos não parou de trabalhar. Ele faleceu hoje (9) de manhã deixando várias composições para um novo álbum que planejava lançar neste ano. A revelação é da esposa do músico pernambucano, Patrícia Vasconcelos. “A gente está muito sofrido. Naná queria muito fazer mais. Ele quis deixar esse disco já pronto. Foi quase”, lamentou.
Segundo Patrícia – que também trabalhava como produtora de Naná -, o álbum está mais profundo e reflexivo, envolvendo mantras e cânticos budistas. Ela conta que o novo disco já tinha inclusive título: Budista afrobudista. “Fizeram uma matéria na Argentina com o título El budista afro de la percusión (O budista afro da percussão, em tradução livre). Ele achou tão bonito e disse: 'Patrícia, vou fazer uma música disso'”, recorda. A reportagem foi publicada em junho do ano passado no jornal La Nación, antes da descoberta do câncer de pulmão, em agosto.
Outra faixa que o artista compôs no hospital e chegou a gravar em um gravador se chamaAmém amém. “Na roupa que ele usou no carnaval tinha essa frase em hebraico”, conta Patrícia que também comentou a última apresentação carnavalesca de Naná no Recife: “Ele fez tudo muito intenso, com amor. Todo mundo achou que ele não teria energia para fazer o carnaval, e ele conseguiu”. O percussionista pernambucano abriu a folia, na capital, comandando centenas de batuqueiros – como já fazia há 15 anos.
Morre percussionista Naná Vasconcelos
Morre o percussionista Naná Vasconcelos Imagem de divulgação/UFMG
De acordo com Patrícia, dois maestros – Gil Jardim e Egberto Gismonti – foram até o hospital para compôr arranjos e colher ideias de Naná para músicas do novo álbum. “Em todos os momentos Naná suspirou vida. Estava dando um suplemento para ele. Ele usou o pote e a cama para batucar o jeito que queria o arranjo percussivo”, contou ela.
Naná estava internado desde o dia 29 de fevereiro. No dia anterior, se apresentou em Salvador, já fraco. “Ele tocou sentado, foi muito emocionante”, lembra Patrícia. De acordo com a esposa, já no aeroporto o músico se locomoveu com a ajuda de uma cadeira de rodas e dormiu pela última vez em casa, antes de ser levado ao hospital.
Com a piora do quadro de saúde, Naná Vasconcelos deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no dia 5 de março. Data em que fez 17 anos de casado com Patrícia Vasconcelos. Ontem (8) o percussionista saiu da UTI, mas por escolha. “Nós pedimos para dar um tratamento mais humanitário a ele, em um quarto, mas com os cuidados de uma UTI. Durante todo o tempo ele acompanhou tudo, decidiu. Não achava justo terminar os dias em uma UTI”, explica a companheira.
O velório de Naná Vasconcelos vai ser na Assembleia Legislativa de Pernambuco, no bairro de Boa Vista, a partir das 14h. O enterro será amanhã (10), no Cemitério de Santo Amaro, também no Recife.
Luto estadual
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), decretou luto de três dias pela morte do músico. Em nota, o governador lembrou a importância do percussionista. “Pernambuco acordou triste. O silêncio causado pelo desaparecimento de Naná Vasconcelos em nada combina com a força da sua música, dos ritmos brasileiros que ele, como poucos, conseguiu levar a todos os continentes. Naná era um gênio, um autodidata que, com sua percussão inventiva e contagiante, conquistou as ruas, os teatros, as academias. Meus sentimentos e a minha solidariedade para com os seus familiares”.



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