No acordo de delação premiada assinado com o Ministério Público Federal e homologado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator do processo da Operação Lava Jato, o senador Delcídio do Amaral (MS) revela que o esquema de corrupção na Petrobras já ocorria antes da chegada do PT ao governo, nas gestões dos presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.
Segundo Delcídio, já na gestão do ex-presidente da estatal Joel Rennó, que comandou a Petrobras nos governos de Itamar e Fernando Henrique, entre os anos de 1992 e 1999, ocorriam “casos de ilicitudes”, em alguns casos para “enriquecimento pessoal” como também para “financiamento de campanhas políticas”.
Na delação, Delcídio afirma que Joel Rennó, à época, “gozava de apoio político que nenhum presidente da companhia teve ao longo da sua história”. Rennó foi o segundo presidente da Petrobras com mais tempo no cargo, atrás apenas de José Sergio Gabrielli.
À Justiça, Delcídio afirmou que tomou conhecimento da existência de esquemas de corrupção na Petrobras quando foi diretor da estatal, entre os anos de 1999 e 2001. O primeiro caso, segundo ele, ocorreu na compra da Plataforma P-36, orçada, inicialmente, em US$ 400 milhões, mas que custou aos cofres da Petrobras mais de US$ 500 milhões.
“Depois de tantos atrasos injustificados da Marítima [empresa responsável pela fabricação da plataforma], em entregar a plataforma, inclusive fazendo a Sonda P-36 passar pelo Canadá e por Singapura antes de aportar no Rio de Janeiro, o custo da compra da Sonda atingiu mais de US$ 500 milhões, em nítido prejuízo para a Petrobras”, relatou Delcídio.
Segundo o senador, o mesmo tipo de operação foi usado na compra das plataformas P-37 e P-40. Na delação, Delcídio do Amaral também relatou ter conhecimento de “ilicitudes” na aquisição, pela Petrobras, das seis sondas de perfuração "Ametistas", também compradas da empresa Marítima.
De acordo com Delcídio, estava previsto, contratualmente, que as sondas seriam projetadas para perfurar a plataforma continental em ate 1.200 metros de profundidade, a um custo de aluguel de US$ 80 mil por dia de uso. O procedimento de licitação para a compra das seis sondas exigia, segundo ele, que elas fossem entregues em até 18 meses após a contratação.
“Com exceção da Marítima, todos os concorrentes se negaram a atender esse prazo, por entenderem que seria o prazo absolutamente inexequível. Nesse contexto, tendo oferecido a única proposta que afirmava atender o exíguo prazo de 18 meses, a Marítima venceu a licitação. Entretanto, prevaleceu o que o mercado afirmava, confirmando-se a absoluta impossibilidade de cumprimento do prazo estipulado. Para se ter uma ideia, as duas primeiras sondas, fornecidas pela Marítima, tiveram seus prazos de entrega dilatados em quase um ano. TaI elastecimento privilegiou a Marítima em detrimento das demais concorrentes e causou notáveis prejuízos para a Petrobras”, contou o senador.
Empresa terá de pagar por danos a mulher que engravidou usando anticoncepcional
Os ministros da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitaram o pedido da empresa Schering-Plough para se isentar do pagamento de danos morais e materiais em um caso de consumidora que ficou grávida enquanto utilizava um anticoncepcional.
A empresa argumentava que a consumidora não leu a bula do remédio, e que não existe garantia de 100% de funcionamento do método contraceptivo, o que, segundo a recorrente, estava expresso na bula.
Para os ministros, o fato de nenhum método contraceptivo ser imune a falhas não isenta a responsabilidade da empresa. No caso apreciado, os magistrados destacaram que a empresa não apresentou nenhuma prova de que a consumidora teve alguma conduta no sentido de prejudicar a efetividade do remédio.
Ao reafirmarem o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), os ministros mantiveram a condenação por danos morais e materiais, ajustando apenas o montante a ser pago a título de indenização.
Os ministros destacaram a singularidade da situação, já que, conforme relato do próprio advogado da empresa, são poucos casos como este que geram ações judiciais, e na maioria deles houve falhas médicas na aplicação do anticoncepcional, ou conduta prejudicial do consumidor (ingestão de álcool, por exemplo). O caso analisado pelo STJ é o primeiro em que não houve comprovação destas falhas.
Celeridade Processual
Durante a sessão, que julgou 223 processos, a Turma rejeitou o pedido do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) para anular um acordo de divórcio por falta de audiência de conciliação. O MPMG atuou em defesa da filha do casal, e questionava a validade do acordo consensual.
Segundo o relator do processo, ministro Marco Buzzi, o acordo não deve ser anulado. Ele lembrou que o casal não tinha bens a partilhar, a guarda da criança foi resolvida sem disputas e a audiência seria desnecessária, conforme justificou o juiz de primeira instância.
O magistrado disse que a decisão de primeira instância foi correta, tem embasamento inclusive no novo Código de Processo Civil (CPC), e prima pela celeridade na prestação jurisdicional.
O número do processo não será divulgado, pois se encontra em segredo de justiça.
Juros e Multas
Dois processos julgados discutiram a cobrança de juros e multa. Um deles, em uma ação de cobrança por desistência de financiamento habitacional e o outro devido à incidência de multa decorrente de uma execução fiscal.
Em um caso, uma empresa questionava a multa imposta pelo banco, alegando que depositava os valores espontaneamente sub judice, e portanto a multa era descabida. Esse foi o entendimento dos ministros, ao afastar a multa.
No outro processo, um instituto de previdência fechada teve o direito limitado na cobrança de valores de um cliente que desistiu de financiamento habitacional ofertado pelo instituto. Apesar de afastar a incidência do Código de Defesa do Consumidor (CDC) no caso, os ministros limitaram os valores referentes à cobrança de multa e juros no caso.
Fonte: STJ - Superior Tribunal de Justiça - 15/03/2016 e Endividado
A empresa argumentava que a consumidora não leu a bula do remédio, e que não existe garantia de 100% de funcionamento do método contraceptivo, o que, segundo a recorrente, estava expresso na bula.
Para os ministros, o fato de nenhum método contraceptivo ser imune a falhas não isenta a responsabilidade da empresa. No caso apreciado, os magistrados destacaram que a empresa não apresentou nenhuma prova de que a consumidora teve alguma conduta no sentido de prejudicar a efetividade do remédio.
Ao reafirmarem o entendimento do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), os ministros mantiveram a condenação por danos morais e materiais, ajustando apenas o montante a ser pago a título de indenização.
Os ministros destacaram a singularidade da situação, já que, conforme relato do próprio advogado da empresa, são poucos casos como este que geram ações judiciais, e na maioria deles houve falhas médicas na aplicação do anticoncepcional, ou conduta prejudicial do consumidor (ingestão de álcool, por exemplo). O caso analisado pelo STJ é o primeiro em que não houve comprovação destas falhas.
Celeridade Processual
Durante a sessão, que julgou 223 processos, a Turma rejeitou o pedido do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) para anular um acordo de divórcio por falta de audiência de conciliação. O MPMG atuou em defesa da filha do casal, e questionava a validade do acordo consensual.
Segundo o relator do processo, ministro Marco Buzzi, o acordo não deve ser anulado. Ele lembrou que o casal não tinha bens a partilhar, a guarda da criança foi resolvida sem disputas e a audiência seria desnecessária, conforme justificou o juiz de primeira instância.
O magistrado disse que a decisão de primeira instância foi correta, tem embasamento inclusive no novo Código de Processo Civil (CPC), e prima pela celeridade na prestação jurisdicional.
O número do processo não será divulgado, pois se encontra em segredo de justiça.
Juros e Multas
Dois processos julgados discutiram a cobrança de juros e multa. Um deles, em uma ação de cobrança por desistência de financiamento habitacional e o outro devido à incidência de multa decorrente de uma execução fiscal.
Em um caso, uma empresa questionava a multa imposta pelo banco, alegando que depositava os valores espontaneamente sub judice, e portanto a multa era descabida. Esse foi o entendimento dos ministros, ao afastar a multa.
No outro processo, um instituto de previdência fechada teve o direito limitado na cobrança de valores de um cliente que desistiu de financiamento habitacional ofertado pelo instituto. Apesar de afastar a incidência do Código de Defesa do Consumidor (CDC) no caso, os ministros limitaram os valores referentes à cobrança de multa e juros no caso.
Fonte: STJ - Superior Tribunal de Justiça - 15/03/2016 e Endividado
Estudantes apresentam em feira repelentes e inseticidas contra Aedes aegypti
Experiências para combater o mosquito Aedes aegypti são apresentados por alunos durante feira em São Paulo
Experimentos de produtos que combatem o mosquito Aedes aegypti, desenvolvidos por estudantes, estão entre os destaques da 14ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), que ocorre na Universidade de São Paulo (USP).
As irmãs Danielle Matos e Isabelle Matos, alunas da Escola Status Jardim Paulista, de Campo Grande (MS), desenvolveram um óleo à base de folhas de pitangueira – Eugenia uniflora – capaz de, segundo testes iniciais, repelir e matar o mosquito.
“A nossa ideia surgiu a partir de uma observação feita em casa. De quatro pessoas, só três pegaram dengue. Minha irmã, eu e meu pai. A minha mãe foi a única que não pegou. Na mesma semana, ela tinha trocado o perfume e começado a usar um à base da pitanga. Aí surgiu a ideia”, contou Danielle.
O produto aplicado em água parada reduziu em 85% a presença de ovos, mostrando um efeito repelente à fêmea do mosquito. O óleo também foi capaz de matar de 50% a 62,5% as larvas que nasceram dos ovos.
“A gente encontra um pneu em terreno baldio e, quando chover, esse pneu vai ser um possível foco do mosquito. A gente pinga algumas gotas lá dentro e o mosquito vem e não deposita seus ovos. E se depositar, o óleo vai matar na fase de ovo de larva, não vai virar mosquito”.
Segundo as estudantes, não é possível fabricar o óleo em casa, já que para isso seriam necessários solventes e equipamentos apenas encontrados em laboratórios. O produto ainda não foi testado para uso na pele humana. De acordo com as alunas, ainda são necessários mais estudos para a produção em larga escala.
O aluno Leandro Rastelli, da Escola Afonso Cafaro, de Fernandópolis (SP), buscou desenvolver um larvicida à base da planta Dieffenbachia picta schott, conhecida popularmente como Comigo Ninguém Pode. Os testes iniciais comprovaram que a toxicidade da planta também tem efeito sobre a larva, a pupa e o mosquito Aedes aegypti.
“A ideia é pegar a planta Comigo Ninguém Pode e fazer um inseticida natural, de fácil fabricação, que possa combater a larva, a pupa e também o mosquito. É um líquido, que seria colocado primeiramente em calhas e ralos, lugares difíceis para se combater a dengue e de difícil acesso às pessoas”, disse Leandro. Devido à toxicidade da planta, não é recomendado, no entanto, que as pessoas tentem produzir em casa, a partir do Comigo Ninguém Pode, qualquer tipo de produto para combater o mosquito.
A 14ª edição da Febrace começou nessa terça-feira (15) na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), na capital. Estão em exposição 341 projetos de 752 estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas e particulares de todo o Brasil, orientados por 476 professores. A exposição vai até o próximo dia 17.
“O mais importante não são os resultados, como chegar a um protótipo ou produto, por exemplo, mas todo o processo, as diversas etapas de investigação, reflexão, construção e observação necessárias para a execução dos projetos”, destaca a coordenadora da Febrace, Roseli de Deus Lopes, professora da Escola Politécnica da USP.
Os alunos com as pesquisas melhor avaliadas ganharão troféus, medalhas, bolsas e estágios, num total aproximado de 200 prêmios. Também concorrerão a uma das nove vagas para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que será realizada em maio, na cidade de Phoenix, no Arizona (EUA).
Feirões ajudam consumidor a negociar dívida e limpar nome
por ANGÉLICA MARTINS
Instituições fazem mutirões de conciliação com empresas de hoje até sábado
Rio - Os consumidores endividados terão ao longo desta semana oportunidades de acertar as contas com credores. De hoje — Dia do Consumidor — até sábado, instituições como os Procons Carioca e o Estadual, promovem mutirões de conciliação para ajudar na quitação de dívidas, fazer acordos e solucionar problemas com empresas e prestadores de serviços.
Hoje, por exemplo, o Procon Estadual organiza o evento “SOS Procon”, no Largo da Carioca, das 9h às 17h. Os consumidores vão negociar diretamente com representantes de 14 empresas, como Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal, Light, Ponto Frio e Casas Bahia.
O Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) também estará no evento para consultas gratuitas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). O consumidor deve levar documentos pessoais (identidade, CPF e comprovante de residência) e os comprovantes das compras ou contas que têm problemas para resolver. De acordo com a autarquia, vans sairão de hora em hora da sede do Procon (Avenida Rio Branco, 25, Centro) para levar o interessado até o mutirão.
Já o Procon Carioca terá, entre quinta-feira e sábado, na Praça Saens Peña, na Tijuca, espaço para agentes de 29 empresas de telefonia, varejo, comércio eletrônico, TV por assinatura e concessionárias de serviços públicos, além da Caixa Econômica Federal, negociarem pendências.
Segundo a presidente do Procon Carioca, Solange Amaral, todos os acordos serão homologados na hora pela equipe jurídica do órgão, para garantir que as soluções sejam favoráveis ao consumidor.
“Realizamos esse esforço em conjunto com grandes empresas com a intenção de facilitar a vida do consumidor”, afirmou Solange.
Para os clientes em débito com o Banco Itaú, o Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Rio (Nudecon) faz, hoje, rodada de audiências extrajudiciais de conciliação. “As dívidas de cheque especial, cartão de crédito e consignado são responsáveis por grande parte da demanda que chega ao Nudecon”, explica a coordenadora do órgão, Patrícia Cardoso.
Cada audiência extrajudicial reunirá o cliente, um funcionário do banco e um defensor público. O objetivo é que as partes consigam, rapidamente, fechar acordo sobre descontos no valor devido e parcelamento.
“A negociação é sempre a melhor saída para todos os envolvidos. A ideia é evitar que as dívidas sejam cobradas na Justiça, o que levaria anos e deixaria o consumidor inadimplente na lista de maus pagadores”, acrescenta Patrícia.
As audiências de conciliação de hoje, entretanto, foram agendadas exclusivamente para quem já é assistido pelo Núcleo de Defesa do Consumidor. Clientes bancários endividados que queiram recorrer aos serviços da Defensoria podem entrar em contato pelo telefone (21) 2868-2100, ramais 121 e 307.
Promoções com descontos de até 80%
Para atrair clientes na semana do consumidor, shoppings e grandes lojas de varejo do Rio oferecem promoções com descontos que chegam a 80%. Há também sorteios de brindes no período. Os sites Pontofrio.com e CasasBahia.com.br estão com mais de 100 produtos de todos os departamentos comercializados com preços até 80% menores.
O frete é grátis para determinados itens da promoção. No banner principal das homepages das empresas, três ofertas serão separadas diariamente pelos sites e voltarão ao preço normal quando a contagem regressiva do temporizador acabar.
Segundo a assessoria de imprensa, nas lojas físicas da Casas Bahia, os consumidores encontrarão, até o quinta-feira, preços de Black Friday e parcelamento em até 14 vezes sem juros no cartão da loja, enquanto no Pontofrio o parcelamento chega até 16 parcelas sem juros no cartão da loja.
Já o Botafogo Praia Shopping faz até quinta a promoção “Agora que São Elas”. A cada R$ 200 em compras, os clientes concorrem a duas bikes retrôs. Além do sorteio, 22 lojas participantes oferecerão descontos e vantagens para quem passar pelo shopping nesse período.
A loja online do SuperPrix vai oferecer, até sábado descontos que vão a 40% em alguns produtos. Já amanhã, 16, o frete será gratuito. O Supermercado Extra oferece, hoje, smartphones com 25% de desconto e todos os móveis e colchões com 20% de desconto, direto no caixa. Para os clientes que possuem cartão, a rede terá ovos de Páscoa com 50% de desconto. A rede também parcela todos os itens sazonais em até seis vezes sem juros no cartão da rede.
As lojas do BarraShopping e New York City Center estão com descontos de até 15%. Os abatimentos são oferecidos nas lojas Bad Kid, Casa & Vídeo, Toulon e Salinas.
Direitos ainda não são respeitados
A associação de consumidores Proteste fez um estudo mostrando que os direitos do Código de Defesa do Consumidor (CDC) ainda são muito desrespeitados. Na prática, segundo a entidade, vários itens assegurados pelo CDC dependem de regulamentação específica para serem respeitados.
A Lei do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), por exemplo, ainda é um dos itens não respeitado e previsto no código. Segundo a Proteste, os clientes não conseguem atendimento e acabam obrigados a recorrer às entidades de defesa do consumidor ou às redes sociais para ter os seus direitos garantidos.
No setor de telecomunicações, as queixas são recorrentes e as empresas da área se mantêm como campeãs de reclamações nas entidades de defesa, apesar do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC), baixado pela Anatel ainda em 2014. O documento foi editado para aumentar a transparência nas relações de consumo e ampliar os direitos de quem usa a telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura.
A dificuldade na troca de carro novo com defeito é outro exemplo típico de desrespeito ao código. Em muitos casos, o consumidor necessita recorrer à Justiça. Mesmo assim, para a Proteste, “não há dúvida que os contratos passaram a ser mais claros após o CDC”.
Fonte: O Dia Online - 15/03/2016 e Endividado
Rio - Os consumidores endividados terão ao longo desta semana oportunidades de acertar as contas com credores. De hoje — Dia do Consumidor — até sábado, instituições como os Procons Carioca e o Estadual, promovem mutirões de conciliação para ajudar na quitação de dívidas, fazer acordos e solucionar problemas com empresas e prestadores de serviços.
Hoje, por exemplo, o Procon Estadual organiza o evento “SOS Procon”, no Largo da Carioca, das 9h às 17h. Os consumidores vão negociar diretamente com representantes de 14 empresas, como Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal, Light, Ponto Frio e Casas Bahia.
O Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) também estará no evento para consultas gratuitas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). O consumidor deve levar documentos pessoais (identidade, CPF e comprovante de residência) e os comprovantes das compras ou contas que têm problemas para resolver. De acordo com a autarquia, vans sairão de hora em hora da sede do Procon (Avenida Rio Branco, 25, Centro) para levar o interessado até o mutirão.
Já o Procon Carioca terá, entre quinta-feira e sábado, na Praça Saens Peña, na Tijuca, espaço para agentes de 29 empresas de telefonia, varejo, comércio eletrônico, TV por assinatura e concessionárias de serviços públicos, além da Caixa Econômica Federal, negociarem pendências.
Segundo a presidente do Procon Carioca, Solange Amaral, todos os acordos serão homologados na hora pela equipe jurídica do órgão, para garantir que as soluções sejam favoráveis ao consumidor.
“Realizamos esse esforço em conjunto com grandes empresas com a intenção de facilitar a vida do consumidor”, afirmou Solange.
Para os clientes em débito com o Banco Itaú, o Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Rio (Nudecon) faz, hoje, rodada de audiências extrajudiciais de conciliação. “As dívidas de cheque especial, cartão de crédito e consignado são responsáveis por grande parte da demanda que chega ao Nudecon”, explica a coordenadora do órgão, Patrícia Cardoso.
Cada audiência extrajudicial reunirá o cliente, um funcionário do banco e um defensor público. O objetivo é que as partes consigam, rapidamente, fechar acordo sobre descontos no valor devido e parcelamento.
“A negociação é sempre a melhor saída para todos os envolvidos. A ideia é evitar que as dívidas sejam cobradas na Justiça, o que levaria anos e deixaria o consumidor inadimplente na lista de maus pagadores”, acrescenta Patrícia.
As audiências de conciliação de hoje, entretanto, foram agendadas exclusivamente para quem já é assistido pelo Núcleo de Defesa do Consumidor. Clientes bancários endividados que queiram recorrer aos serviços da Defensoria podem entrar em contato pelo telefone (21) 2868-2100, ramais 121 e 307.
Promoções com descontos de até 80%
Para atrair clientes na semana do consumidor, shoppings e grandes lojas de varejo do Rio oferecem promoções com descontos que chegam a 80%. Há também sorteios de brindes no período. Os sites Pontofrio.com e CasasBahia.com.br estão com mais de 100 produtos de todos os departamentos comercializados com preços até 80% menores.
O frete é grátis para determinados itens da promoção. No banner principal das homepages das empresas, três ofertas serão separadas diariamente pelos sites e voltarão ao preço normal quando a contagem regressiva do temporizador acabar.
Segundo a assessoria de imprensa, nas lojas físicas da Casas Bahia, os consumidores encontrarão, até o quinta-feira, preços de Black Friday e parcelamento em até 14 vezes sem juros no cartão da loja, enquanto no Pontofrio o parcelamento chega até 16 parcelas sem juros no cartão da loja.
Já o Botafogo Praia Shopping faz até quinta a promoção “Agora que São Elas”. A cada R$ 200 em compras, os clientes concorrem a duas bikes retrôs. Além do sorteio, 22 lojas participantes oferecerão descontos e vantagens para quem passar pelo shopping nesse período.
A loja online do SuperPrix vai oferecer, até sábado descontos que vão a 40% em alguns produtos. Já amanhã, 16, o frete será gratuito. O Supermercado Extra oferece, hoje, smartphones com 25% de desconto e todos os móveis e colchões com 20% de desconto, direto no caixa. Para os clientes que possuem cartão, a rede terá ovos de Páscoa com 50% de desconto. A rede também parcela todos os itens sazonais em até seis vezes sem juros no cartão da rede.
As lojas do BarraShopping e New York City Center estão com descontos de até 15%. Os abatimentos são oferecidos nas lojas Bad Kid, Casa & Vídeo, Toulon e Salinas.
Direitos ainda não são respeitados
A associação de consumidores Proteste fez um estudo mostrando que os direitos do Código de Defesa do Consumidor (CDC) ainda são muito desrespeitados. Na prática, segundo a entidade, vários itens assegurados pelo CDC dependem de regulamentação específica para serem respeitados.
A Lei do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), por exemplo, ainda é um dos itens não respeitado e previsto no código. Segundo a Proteste, os clientes não conseguem atendimento e acabam obrigados a recorrer às entidades de defesa do consumidor ou às redes sociais para ter os seus direitos garantidos.
No setor de telecomunicações, as queixas são recorrentes e as empresas da área se mantêm como campeãs de reclamações nas entidades de defesa, apesar do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC), baixado pela Anatel ainda em 2014. O documento foi editado para aumentar a transparência nas relações de consumo e ampliar os direitos de quem usa a telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura.
A dificuldade na troca de carro novo com defeito é outro exemplo típico de desrespeito ao código. Em muitos casos, o consumidor necessita recorrer à Justiça. Mesmo assim, para a Proteste, “não há dúvida que os contratos passaram a ser mais claros após o CDC”.
Fonte: O Dia Online - 15/03/2016 e Endividado
Instalações militares são reformadas para receber delegações olímpicas
Aldo Rebelo lembrou que as Forças Armadas participarão da Olimpíada com segurança, investimento em atletas e equipamentos esportivos
Os ministros da Defesa, Aldo Rebelo, e do Esporte, George Hilton, visitaram hoje (15), no Rio de Janeiro, instalações esportivas das Forças Armadas à disposição de delegações estrangeiras para treinos durante os Jogos Olímpicos.
Os ministros estiveram no Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes, da Marinha, no Centro de Capacitação Física do Exército e na Universidade da Força Aérea, onde inauguraram um ginásio e visitaram obras de uma piscina olímpica coberta.
O ministro Aldo Rebelo destacou que as Forças Armadas participam da Olimpíada de três formas: garantindo a segurança, investindo em atletas de alto rendimento e disponibilizando equipamentos esportivos.
Além das instalações visitadas, também poderão ser usadas por delegações olímpicas a Escola Naval, o Clube de Aeronáutica, o Centro de Instrução de Gericinó e o 31º Grupo de Artilharia de Campanha.
Manifestações
Aldo disse acreditar que a situação política do país não deve interferir nos Jogos. "Não creio que vá afetar, porque não é um evento da política do Brasil." Para o ministro, não se repetirá o cenário de manifestações observado durante a Copa das Confederações. "As manifestações, temos toda a vida para fazer. Somos um país democrático."
Sobre as manifestações de domingo, o ministro informou que "é cada vez mais residual o número de pessoas que pede intervenção militar no país". "Não há no país alguém com juízo que cogita pedir intervenção militar por causa da situação política do país. A não ser um ou outro desavisado, esse número é cada vez mais insignificante", concluiu Aldo Rebelo.
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