Fonte renovável: mais espaço na matriz energética

O carvão é lembrado nos momentos de crise de fornecimento elétrico. Desafio é diminuir os custos

Mauren Xavier

A presença do carvão na geração de energia ainda é modesta no Brasil – menos de 2%, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). A realidade nacional é bem distante do panorama internacional. Para se ter uma ideia, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA – sigla em inglês), mais de 40% da energia elétrica gerado no mundo tem origem no carvão mineral. A tendência é dobrar o volume até 2030. Claro que esses países utilizam tecnologias para ter volume de geração bem superior à brasileira.
Mas quais são as justificativas para que o Brasil não explore esse potencial? As respostas não são simples. Porém, é possível fazer algumas considerações. Segundo o presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Edivilson Brum, a lógica é simples: há necessidade de energia, há empresas interessadas e há o carvão “Temos um mercado aberto e que pode dar um up grade para a CRM e, consequentemente, para o Estado. Assim, não há porquê de deixarmos de aproveitá-lo”, explica. Para tornar o produto mais competitivo, o governo do Estado tem investido em diferentes modelagens econômicas para incentivar os investimentos.
Nessa linha, o deputado federal Afonso Hamm (PP), que presidiu por dois anos a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral, avalia que as perspectivas são boas para uma maior presença do mineral na geração de energia. Ele assegura um ganho importante a inserção do carvão nos leilões de energia. Isso porque nesses processos há queda no preço e a confirmação da compra da energia. O deputado recorda que o governo chega a pagar R$ 800,00 por MWh. No leilão, fica em R$ 209,00 por MWh.
O debate se torna ainda mais importante, uma vez que é notória a escassez das fontes tradicionais de energia, como as hidrelétricas. Nesse panorama, o carvão aparece como alternativa. E o interesse realmente tem aumentado. Exemplo é que ontem houve a assinatura do termo de construção de uma usina termelétrica em Candiota com a empresa Ouro Negro. O investimento já é uma sinalização positiva para o próximo leilão de energia previsto para janeiro de 2016. “Sem o carvão poderia ter ocorrido um blecaute. Não esperamos ser a energia de base, mas podemos ser complementar”, ressalta Edivilson Brum.
Para o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Zancan, o potencial é grande. “Para o Brasil crescer é preciso energia. É necessário ter uma segurança elétrica. Então se torna fundamental o debate de outras fontes. Nesse modelo, o carvão pode ser mais utilizado”, afirma.
Ele reconhece que o desafio é tornar o processo mais competitivo, mas há benefícios, como não sofrer com as flutuações do câmbio, por ser produzido no Brasil Outra vantagem é que existem tecnologias que amenizam os impactos ambientais, além de alternativas, como a geração de gás sintético. “Potencial existe e é grande”, diz Zancan. A ordem é conjugar esforços de modo a assegurar que o carvão reconquiste seu espaço.

1 kg se transforma em 1kWh


O carvão mineral gaúcho tem poder calorífico de até 3.200 kcal/kg, com 52% de cinzas e umidade de até 17%. Na prática, cada quilo do mineral resulta em 1 kWh de energia elétrica. Essa potência tem capacidade para manter, por exemplo, um chuveiro ligado por 30 minutos, uma lâmpada de 100 W acesa por 10 horas ou utilizar um ferro elétrico por duas horas.


Investimentos se tornam realidade em Candiota


Em Candiota, avança o projeto da Usina Pampa Sul, da empresa Tractebel Energia, líder em geração privada de energia elétrica no país. Atualmente, estão sendo realizadas a terraplenagem e a montagem do canteiro de obras. A expectativa é de que a conclusão ocorra em janeiro de 2019, num investimento de R$ 1,8 bilhão.
Em funcionamento, a termelétrica terá capacidade total instalada de 680 MW, sendo duas unidades geradoras de 340 MW cada uma. No leilão de 2014, para destinação da energia produzida, a empresa vendeu apenas a primeira fase do projeto. Agora, pretende utilizar o carvão extraído em ninas situadas nas proximidades e o fornecido pela Copelni. A escolha para a instalação da usina em Candiota está ligada à reserva existente e à localização.
A empresa tem experiência na operação e na manutenção de usinas de carvão, tanto que no Rio Grande do Sul já opera a Usina Termelétrica Charqueadas. Pelo projeto, serão gerados 2 mil empregos diretos na obra, além de 4 mil indiretos. A expectativa é utilizar trabalhadores locais, inclusive com a promoção de cursos profissionalizantes. Segundo o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, o ciclo do carvão representa 70% da arrecadação no município, além da geração de empregos. “Acreditamos muito nas potencialidades do carvão”, afirma.






Fonte: Correio do Povo, página 4 de 9 de setembro de 2015.





Regina Becker Fortunati adicionou 2 novas fotos.
Reconhecidos como grandes parceiros nas mais diferentes batalhas ao lado da polícia, os cães já foram verdadeiros heróis. A cadela Diesel, da raça pastor belga malinois, que participou da megaoperação em Saint-Denis, ao norte de Paris, foi mais uma heroína.
Após sete anos trabalhando junto com a polícia, ela foi morta por terroristas em uma operação. Nas redes sociais a hashtag ‪#‎jesuisunchien‬ (‪#‎eusoucachorro‬) começou a ser usada em homenagem a Diesel.
Fonte e imagens: Dailymail


Fórum avalia os tempos de crise


Mercado de Trabalho em Tempos de Crise” é o tema escolhido pela Comissão Municipal de Emprego (CME) para o 4º Fórum do trabalho, que será realizado no Teatro do Sesc, no dia 23 de novembro, na Capital. Serão cinco palestras de 30 minutos cada e na pauta temas como a influência da CPMF na taxa de emprego, economia solidária com foco na questão do trabalho e a realidade brasileira, por sugestão do presidente da CME, Sérgio Galbinski.


Fonte: Correio do Povo, página 4 de 18 de setembro de 2015.











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