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Governo propõe salário mínimo de R$ 854 em 2016
Valor consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016 enviado ao Congresso
Presidente
do Congresso, senador Renan Calheiros, recebe do ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, o projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias para 2016 | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil/CP
O salário mínimo no próximo ano será de R$ 854, valor que consta do
projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, enviado nesta
quarta pelo governo ao Congresso Nacional. Pela proposta, o salário
mínimo terá aumento de 8,37% a partir de 1º de janeiro. O Ministério do
Planejamento, responsável pela elaboração da LDO, ainda não explicou
como foi calculado o reajuste.
Desde 2011, o salário mínimo é
reajustado pela inflação do ano anterior, de acordo com o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do Produto
Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos
antes. A fórmula, no entanto, só vale até este ano. O governo, até
hoje, não enviou projeto de lei fixando o cálculo dos reajustes do
mínimo de 2016 a 2020. Sem uma nova lei sobre o tema, o salário mínimo
passa a ser definido exclusivamente pela LDO e pelo Orçamento Geral da
União, mas os valores precisam ser negociados com o Congresso Nacional
ano a ano.
No início do ano, o ministro do Planejamento, Nelson
Barbosa, tinha dito que a política de reajustes para o salário mínimo
precisaria ser alterada a partir de 2016 para refletir as condições
atuais da economia. No dia seguinte, no entanto, o ministério emitiu
nota oficial e negou que o governo pretendia mudar a regra.
Contag pede a Dilma R$ 53 bilhões para agricultura familiar em 2015
Luana Lourenço - Repórter da Agência BrasilEdição: Jorge Wamburg,
Em meio ao ajuste fiscal e corte de gastos do governo, o
presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
(Contag), Alberto Broch, pediu hoje (15) à presidenta Dilma Rousseff que
o governo repasse R$ 53 bilhões para a agricultura familiar este ano:
R$ 30 bilhões para custeio e investimento e R$ 23 bilhões para programas
ligados ao setor.
No ano passado, o Plano Safra da Agricultura
Familiar teve R$ 24,1 bilhões. A reivindicação faz parte da pauta do 21º
Grito da Terra Brasil, organizado todos os anos por movimentos sociais
ligados à terra. Em maio, uma caravana de agricultores virá a Brasília
para negociar os pedidos com o governo.
O ministro do
Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, disse que, assim como as outras
demandas apresentadas pela Contag, o pedido de recursos será avaliado
pelo governo e destacou que a negociação das pautas inclui os ministros
da área econômica. “A reivindicação será devidamente processada e
trabalhada pelo governo dentro das suas possibilidades orçamentárias.”
Broch
também cobrou do governo a implantação da Agência Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), criada por decreto em
maio de 2014 e que ainda não saiu do papel, e a retomada da reforma
agrária, com um plano nacional para o setor que inclua metas de
assentamento até 2018.
“Lembramos que temos em torno de 120 mil
famílias acampadas e precisamos assentá-las. Algumas estão há oito anos
embaixo das lonas pretas. Precisamos de um grande programa de
assentamento dessas famílias e defendemos também a melhoria dos
assentamentos e dos créditos para reforma agrária”, disse o presidente
da Contag, que também pediu a Dilma que não altere este ano as taxas de
juros das linhas de crédito para agricultores familiares.
A
presidenta do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra), Maria Lúcia Falcón, disse que o novo plano nacional de reforma
agrária deve ser lançado no segundo semestre deste ano, após debates
locais, regionais e nacionais, com a participação de movimentos sociais e
de acadêmicos.
A pauta da Contag também inclui reivindicações
ligadas à saúde no campo, educação rural e moradia. Segundo Patrus, a
orientação de Dilma é que os pedidos sejam negociados. O ministro disse
que o governo quer valorizar o cooperativismo e a agroindústria nos
assentamentos.
Em meio aos pedidos, Broch destacou o anúncio
feito por Dilma de uma medida para acelerar a desburocratização do
processo de aposentadoria rural. Segundo ele, atualmente, para ter
acesso ao beneficio, o trabalhador do campo precisa “levar uma sacola de
documentos” ao posto do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas
nem sempre consegue provar que atende aos requisitos. A partir de
agora, o processo deverá ser informatizado, e as informações
previdenciárias dos trabalhadores rurais serão armazenadas para
consulta, como já ocorre com os trabalhadores urbanos.
“Ela
[Dilma] vai enviar, em uma dessas medidas provisórias, um item dizendo
que, se o agricultor fizer o cadastramento, quando chegar sua vez [de se
aposentar], se a vida dele estiver regularizada, poderá ter a concessão
do beneficio sem o saco de documentos”, explicou Broch.
O
ministro Patrus Ananias confirmou que o governo vai alterar os trâmites
da aposentadoria rural, mas não deu detalhes sobre prazos para as
mudanças.
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