Busca por crédito cresceu 16,7% em março, aponta Serasa

Busca do consumidor por crédito acumula alta de 5,9% no primeiro trimestre de 2015, ante o mesmo período de 2014
Após dois meses em queda, a demanda do consumidor por crédito voltou a subir em março, com alta de 16,7% na comparação com fevereiro e de 14,9% em relação a março do ano passado. Com isso, a busca do consumidor por crédito acumula alta de 5,9% no primeiro trimestre de 2015.
Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, responsável pela pesquisa, o resultado reflete um maior número de dias úteis em março deste ano, em relação a 2014. O feriado do carnaval caiu em fevereiro, enquanto em 2014 os dias de folga ocorreram em março. Foram, portanto, 22 dias úteis em março de 2015 contra 18 do mês anterior. No mesmo período do ano passado, foram 19 dias.
Ao se fazer o ajuste por dias úteis, verifica-se um recuo de 5% em março na comparação com o mês anterior e queda de 0,8% em relação a março do ano passado. Para a Serasa Experian, esses dados mostram “o momento conjuntural adverso à ampliação do endividamento dos consumidores (inflação alta, taxas de juros em ascensão e perspectivas de elevação do nível de desemprego no País)”.
Considerando as faixas de renda, houve aumento da procura por crédito em todas elas em relação a fevereiro. Para quem ganha até R$ 1 mil por mês, a alta foi 16,8%. Os consumidores com renda entre R$ 1 mil e R$ 2 mil mensais e os que recebem entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, tiveram elevação de 15,6% e 15,3%, respectivamente. Nas faixas de rendas mensais mais altas, os acréscimos foram de 14,8%, para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por mês, e 14,7% para rendas mensais superiores a R$ 10 mil.
Todas as regiões do país registraram elevações no indicador em relação a fevereiro. As maiores altas ocorrem no Nordeste (18%) e no Sul (17,3%). Em seguida, aparecem as regiões Sudeste (15,7%) e Norte (14,5%). O menor avanço mensal ocorreu no Centro-Oeste (13,1%). Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, também houve aumento da demanda em todas a regiões: 17,9% no Centro-Oeste, 12% no Norte, 6,9% no Nordeste, 4,8% no Sul e 3,2% no Sudeste.
Fonte: Agência Brasil - 13/04/2015 e Endividado

 

UMA NOVA TRAGÉDIA GREGA?!


1. O "Financial Times" referia ao final da tarde (13), a possibilidade de uma bancarrota da Grécia e diversos economistas propõem que o governo de Atenas comece a pagar salários e pensões com promissórias.  A Grécia tem pela frente mais uma semana crítica, com o refinanciamento de 2,4 bilhões de euros em Bilhetes do Tesouro a 3 e 6 meses a 14 e 17 de abril e o pagamento de 206 milhões de euros em juros de obrigações nas mesmas datas. Até dia 20 tem de apresentar uma lista mais detalhada de reformas para ser apreciada na reunião do Grupo de Trabalho do Euro no dia 21 de abril, como preliminar à reunião do Eurogrupo dia 24. A expetativa de que se chegue a um acordo é baixa. Pela manhã, o jornal alemão "Bild" adiantava que Atenas preparava eleições antecipadas no caso das negociações com os credores oficiais correrem mal, o que o governo grego depois desmentiu.
2. Ao final da tarde, os dois correspondentes do jornal britânico "Financial Times" (FT) em Atenas adiantavam que o governo grego já considerava a possibilidade de um default no caso de não haver acordo, citando fontes familiares "com o pensamento do governo de esquerda radical". O artigo do jornal referia a possibilidade de Atenas "reter" o pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) em maio e junho. O FT refere um montante de 2,5 bilhões de euros de cheques ao FMI. O total é inclusive superior. Em maio, a Grécia terá de pagar ao FMI 203 milhões de euros de juros a 1 de maio e 770 milhões de euros a 12 de maio de vencimento de mais uma tranche do empréstimo. Ao longo de junho, vencem 2021 milhões de euros de tranches do FMI. 
3. Alguns analistas gregos e de bancos internacionais consideram maio o mês crítico se não houver um acordo no Eurogrupo até final de abril. Para o analista grego Yannis Koutsomitis, "se as negociações com os credores oficiais falharam, o default é inevitável. Todas as partes o sabem. O primeiro pagamento ao FMI em maio não poderá ser realizado".

 

Ex-Blog do Cesar Maia

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