Petrobras vira sinônimo de dor de cabeça para pequeno investidor

por Maria Clara Prates

Ações da estatal, que vive a maior crise da sua história, despencaram 50% em apenas dois meses. Analistas e até quem aplicou poucos recursos na empresa acreditam na recuperação
Queridinha do mercado de ações há seis anos, quando seus papéis bateram a casa dos R$ 51, a Petrobras hoje é sinônimo de dor de cabeça para pequenos investidores que precisam lançar mão dos recursos neste momento. A estatal – que vive a maior crise de sua história com as investigações sobre contratos superfaturados e pagamento de propina – viu suas ações desvalorizarem 50% em apenas dois meses e, hoje, o valor é de pouco mais de R$ 14 – na sexta-feira fechou a R$ 14,30. Nos últimos cinco anos o preço médio dos papéis caiu 64,37%.
O empregado do setor privado R.N., de 50 anos, conta que apostou na lucratividade do petróleo e, em 2009, quando foi autorizado a aplicar parte de seu Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em ações da Petrobras, não perdeu tempo. Fez dois investimentos, um de R$ 7 mil e, depois, mais R$ 5 mil. Em contraponto ao baixo rendimento do FGTS, R. viu sua aplicação saltar para R$ 100 mil. Mas a crise veio e reduziu tudo a pouco mais de R$ 33 mil. Ainda assim, um ganho em relação ao trabalhador que optou pelo rendimento do fundo. O investimento na estatal chegou a ser recomendado pelo então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, como “ bom para a Petrobras, para o trabalhador e para o Brasil”.
A queda assustadora do valor das ações da Petrobras, uma das maiores petroleiras do mundo, no entanto, não assustou o analista de sistema Adjutor Pereira Alvim Júnior, de 46. Em março deste ano, já com a queda dos papéis da estatal, o analista não pensou duas vezes e aplicou R$ 20 mil. Ele conta que sabia que o resultado do investimento seria de médio e longo prazo e não se preocupa com o aprofundamento da crise. “Acredito que, a partir de 2015, o cenário na Petrobras vai começar a melhorar e que vou lucrar com o investimento”, disse. Adjutor Alvim conta que viu na queda do preço do papel uma oportunidade, já que comprou cada ação por R$ 13. “Hoje (quinta-feira), elas ainda caíram um pouco, mas continua com valor em torno do que paguei. Sei que a estatal tem lucratividade”, afirmou.
Já o empresário Gustavo Dias Miranda, de 37 anos, tem uma perspectiva bem menos otimista. “Estou segurando os papéis. É um dinheiro que está empatado e não posso mexer, pois não vou realizar o prejuízo”, avalia. O empresário comprou cerca de 1 mil ações a preço médio de R$ 32,50 cada e estima que se vendesse agora teria prejuízo de quase dois terços do valor investido. “Vou deixar investido e fazer disso uma previdência privada. Não acredito que recupere em curto ou médio prazo”, afirma.
Gustavo lembra que quando decidiu investir na empresa a perspectiva era excelente com as descobertas do pré-sal. “A empresa apresentava estabilidade e aparentava ter uma boa governança”, destaca. A esperança do empresário é que a Operação Lava a Jato, da Polícia Federal consiga estancar as fraudes e recuperar o valor da Petrobras.
IRREAL
Se para os mais cautelosos não é hora de comprar, para o consultor de finanças e professor de economia Paulo Vieira o momento também não é para vender. “Agora é o pior momento para vender. Ao ver a desvalorização, o investidor, especialmente aquele que não é um profissional da bolsa, tem a reação natural de fazer cessar a perda. O preço do papel da Petrobras não corresponde ao seu valor patrimonial”, afirma Vieira. Uma aposta que motivou também o investidor da bolsa Ednaldo Pinheiro, de 50, que opera diariamente no mercado de capitais há 10 anos. “Recentemente, vendi toda a minha carteira de ações da Petrobras pelo preço unitário de R$ 23 e, agora, comprei de volta pelo valor de R$ 13. Sei que a crise vivida pela estatal é completamente tangível. A empresa tem ativos fortes e os barris de petróleo estão lá, sem considerar que é uma das maiores petroleiras do mundo”, defende.
Segundo Pinheiro, o investimento nas ações da Petrobras não significa, necessariamente, um investimento a longo prazo. Ele acredita que uma simples sinalização da presidente eleita em relação à escolha do ministro da Fazenda pode fazer os papéis subirem de 8% a 9% ou mais, em apenas um dia (veja quadro). “O PT não é bobo e quer agradar ao mercado, especialmente, se o escolhido para a pasta for um homem que atua nele, como o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco. Assim, a valorização poderá ser de curtíssimo prazo”, profetiza. Ele também avalia que o preço da ação da estatal é irreal porque equivale ao preço de um sanduíche. “Imagina! O papel tá valendo menos que um Big Mac!”, afirma.
META ADIADA
Sem dúvida, a crise na Petrobras frustou os planos dos seus diretores, quando decidiram abrir a carteira de ações para pessoas físicas, em 2009. A expectativa era de que, em 2014, somente esse grupo chegaria a 5 milhões de investidores. Mas, hoje, o número não ultrapassa a casa dos 600 mil. A ideia de chegar a esse contingente agora terá que ser adiada para 2018, dependendo da sinalização do governo.
Mais cauteloso, Marcelo Domingos, gestor de investimento da DLM Invista Corretora aconselha que o pequeno investidor da estatal, antes de decidir pela venda ou compra de ações, deve analisar pelo menos três cenários. O primeiro deles é o comprometimento da gestão da empresa com o investidor. No caso da Petrobras, que tem gestão estatal, ele lembra que houve represamento de preço dos combustíveis para conter a inflação, o que não teve convergência com o interesse do investidor.
Ao lado disso, é preciso ainda analisar se o ambiente empresarial é saudável ou se precisa melhorar. Se houver troca no comando, se a nova direção está tomando as medidas necessárias para se ajustar aos trilhos para voltar à lucratividade. “Finalmente, é preciso ainda ver se a empresa tem sócios responsáveis, uma gestão com transparência e lucro com sustentabilidade. Atualmente, nós que trabalhamos com fundos, não temos Petrobras”, explica. Em concordância com Pinheiro, Domingos diz que fatos políticos podem alterar os fatos, como o novo ministro da Fazenda, sua política de repasse de preços pelo governo e quão livre eles vão ficar. (Colaboraram Daniel Camargos e Alessandra Mello)
Fonte: em.com.br - 23/11/2014 e Endividado

 

Agência Meteorológica do Japão adverte sobre réplicas de forte tremor

 

A Agência Meteorológica do Japão advertiu hoje (24) que as réplicas do terremoto de 6,7 graus na escala Richter, que afetou o centro do país no sábado (22), vão continuar aproximadamente durante uma semana e que algumas podem ser fortes.

A organização também alertou para o perigo de ocorrência de deslizamentos de terra nas áreas atingidas pelo tremor, diante da previsão de chuva para os próximos dias.

O terremoto de sábado, que teve o epicentro em Hakuba, a cerca de 200 quilômetros a noroeste de Tóquio, deixou 41 feridos, sete em estado grave, em várias localidades, segundo a emissora pública NHK.

O município mais afetado foi Hakuba, onde 34 casas ficaram destruídas e 25 muito danificadas.

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Mais de 300 pessoas tiveram que passar a noite desse domingo (23) em um centro da localidade, onde cerca de 700 casas continuam sem água potável.

Os deslizamentos de terra fizeram ainda com que várias estradas ficassem cortadas, interrompendo a circulação de uma linha férrea.

Hoje, equipes de engenheiros vão avaliar a dimensão dos danos para preparar os trabalhos de reconstrução.

Essa região, em frente à costa noroeste de Honshu, a principal ilha do Japão, tem sido palco, nos últimos anos, de fortes tremores.

Em 2004, um sismo de 6,8 graus na escala Richter deixou 40 mortos e causou o descarrilamento, pela primeira vez na história do Japão, de um comboio de alta velocidade. Três anos mais tarde, um abalo de idêntica magnitude deixou 15 mortos e provocou um incêndio na Central Nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, a maior do país.

Em 12 de março de 2011, um dia depois do terremoto seguido de tsunami que devastou o Nordeste do Japão, desencadeando uma crise na Central Nuclear de Fukushima, um tremor de 6,7 graus atingiu a localidade de Sakae, em Nagano, e outras áreas próximas, deixando três mortos.

 

Agência Lusa e Agência Brasil

 

Ebola: médico italiano infectado em Serra Leoa será levado para Roma

 

Um médico italiano infectado com o vírus ebola em Serra Leoa vai ser transferido para um hospital especializado em doenças infecciosas em Roma, anunciou hoje (24) o Ministério da Saúde.

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O profissional de saúde, o primeiro italiano que contraiu a doença, trabalhava para a organização não governamental italiana Emergency e ainda não tem febre, nem outros sintomas graves. Ele deverá ser transportado em voo especial, na noite de hoje, para ser tratado no Instituto Lazzaro Spallanzani.

Segundo nota da Emergency, o médico trabalhava em um centro para doentes de ebola em Lakka.

O vírus já afetou, desde o início do ano, aproximadamente 15.350 pessoas, com 5.459 mortes, sobretudo em Serra Leoa, na Libéria e Guiné-Conacri, de acordo com os últimos dados da Organização Mundial da Saúde.

 

Agência Lusa e Agência Brasil

 

 

DF faz campanha de reforço da vacinação antirrábica em cães e gatos

 

Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

Brasília - A Secretaria de Saúde do Distrito Federal realiza, neste sábado (22), campanha de vacinação antirrábica para cães e gatos, na área urbana (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A campanha é um reforço da vacinação que teve baixa cobertura ao longo do ano.Marcelo Camargo/Agência Brasil

Começa hoje (24) no Distrito Federal a segunda etapa da campanha de vacinação antirrábica em cães e gatos. O serviço, de acordo com a Secretaria de Saúde, é um reforço da vacinação, que teve baixa cobertura ao longo do ano. A campanha segue até o próximo sábado (29).

A orientação é que donos de cães e gatos não vacinados e com mais de 3 meses de idade procurem um dos postos que aplicam a vacina. A lista de locais que oferecem a dose está disponível no site da secretaria. A imunização será feita de segunda a sexta das 8h às 17h e, no sábado, das 8h às 14h.

A meta do governo do DF é vacinar pelo menos 70% dos cães e gatos. Para isso, os núcleos de diversas regionais vão destacar equipes para percorrer cidades do Distrito Federal, como Vicente Pires e Itapoã.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a raiva é uma infecção que afeta vários mamíferos, inclusive humanos. A doença é transmitida por meio do contato da saliva do animal infectado com o animal sadio (mordidas ou lambidas em feridas abertas).

O órgão destacou que, apesar de ser considerada uma doença controlada em ambiente urbano, animais silvestres ainda possuem o vírus. “Por isso, é importante realizar a imunização por meio da vacina nos animais de estimação, para o caso de entrarem em contato com algum animal na natureza”, informou. O morcego é considerado o maior hospedeiro de raiva entre animais silvestres na América Latina.

Nos seres humanos, os principais sintomas da raiva são: paralisia parcial, ansiedade, insônia, confusão, agitação, comportamentos anormais, paranoias, alucinações e delírios. Também é possível que se desenvolva hidrofobia (medo de água).

Em caso de suspeita de ter sido atacado por um animal portador do vírus da raiva (cães e gatos desconhecidos ou morcegos), a orientação é que o paciente procure imediatamente um posto de saúde para começar a tomar doses da antirrábica. O animal agressor também deve ser mantido em observação para que seja identificado se ele realmente possui o vírus.

 

Agência Brasil

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