Centros urbanos demonstram que é possível aliar espaços históricos a construções modernas
Lucerna é uma das cidades mais medievais da Suíça. Confira mais fotos | Foto: Jonathas Costa / Especial CP
O difícil equilíbrio entre a conservação do passado e o avanço do futuro, tão desafiador nas grandes cidades do mundo e um tema recorrente em Porto Alegre, parece não ser problema nas principais cidades da Suíça. Mesmo em construções datadas do século XV é possível encontrar soluções modernas para acolher turistas e servir a população local.
Em Lucerna, por exemplo, as fachadas dos prédios do centro histórico parecem ter sido pintadas sempre no dia anterior à visita. Trata-se de um acervo em estado impecável da obra de artistas medievais, algumas delas do ano de 1513. Seja pelo puro prazer de decorar antigas residências ou para exibir poder ou mecenato — o velho hábito de apoiar artistas da época —, as pinturas também serviam para indicar as profissões dos donos dos edifícios.
A praça Hirchenplatz, no coração da cidade, reúne grande parte deste acervo. O cenário se completa com as sete pontes que cortam o rio Reuss. A mais famosa delas é o símbolo da cidade: a Ponte da Capela, que fazia parte das fortificações erguidas quando Lucerna se separou da dinastia dos Habsburgs, no século XIV. Até o século XVII, a ponte era fechada e, quando ela finalmente foi aberta ao público, o artista Henry Wagmann fez 147 pinturas ilustrativas para adornar a passagem. Todas elas contam lendas, combates e histórias referentes à cidade, além de trazerem o brasão da família que a patrocinou. Mas, em um incêndio ocorrido em 1993, cem pinturas foram queimadas. Parte delas foi recuperada e permanece no local até hoje.
Mesmo com um comércio pujante, as fachadas históricas não sofrem qualquer risco. Em uma sintonia que pode servir de inspiração para os dilemas do Centro Histórico de Porto Alegre, nenhuma placa ou peça de publicidade rouba a cena. O protagonismo é da história que, generosa, convive lado a lado com espaços novos, como o KKL. Idealizado por Jean Nouvel, o centro cultural e de convenções de Lucerna é um dos auditórios mais modernos do mundo, com uma acústica única e capacidade para 1,8 mil pessoas.
Confira abaixo imagens em 360º do interior da igreja jesuíta de Lucerna:
Em Lucerna, por exemplo, as fachadas dos prédios do centro histórico parecem ter sido pintadas sempre no dia anterior à visita. Trata-se de um acervo em estado impecável da obra de artistas medievais, algumas delas do ano de 1513. Seja pelo puro prazer de decorar antigas residências ou para exibir poder ou mecenato — o velho hábito de apoiar artistas da época —, as pinturas também serviam para indicar as profissões dos donos dos edifícios.
A praça Hirchenplatz, no coração da cidade, reúne grande parte deste acervo. O cenário se completa com as sete pontes que cortam o rio Reuss. A mais famosa delas é o símbolo da cidade: a Ponte da Capela, que fazia parte das fortificações erguidas quando Lucerna se separou da dinastia dos Habsburgs, no século XIV. Até o século XVII, a ponte era fechada e, quando ela finalmente foi aberta ao público, o artista Henry Wagmann fez 147 pinturas ilustrativas para adornar a passagem. Todas elas contam lendas, combates e histórias referentes à cidade, além de trazerem o brasão da família que a patrocinou. Mas, em um incêndio ocorrido em 1993, cem pinturas foram queimadas. Parte delas foi recuperada e permanece no local até hoje.
Mesmo com um comércio pujante, as fachadas históricas não sofrem qualquer risco. Em uma sintonia que pode servir de inspiração para os dilemas do Centro Histórico de Porto Alegre, nenhuma placa ou peça de publicidade rouba a cena. O protagonismo é da história que, generosa, convive lado a lado com espaços novos, como o KKL. Idealizado por Jean Nouvel, o centro cultural e de convenções de Lucerna é um dos auditórios mais modernos do mundo, com uma acústica única e capacidade para 1,8 mil pessoas.
Confira abaixo imagens em 360º do interior da igreja jesuíta de Lucerna:
Shopping medieval
Em Berna, um exemplo da sintonia entre o moderno e o histórico é a Cidade Antiga, na região central da capital. Considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco desde 1983, a área reúne centenas de prédios datados do século XV. Depois de um grave incêndio em 1405, a cidade foi reconstruída. Entre os edifícios e monumentos notáveis estão a Torre do Relógio “Zytgloggeturm”, construída no século XII e restaurada em 1771, a colegiata, mais conhecida como catedral, de estilo gótico, construída entre 1421 e fins do século XVI e as dezenas de fontes decoradas com figuras alegóricas em todas as praças e ao longo das ruas principais.
No entanto, nada supera as arquearias comerciais do século XV. Arquitetura característica da Era Medieval, os arcos formam mais de 4 quilômetros de corredores cobertos que abrigam todo o comércio da cidade. São renomadas marcas de vestuário e alimentação, convivendo ao lado de tradicionais comerciantes de bonecos e artigos artesanais.
Veja outras imagens em 360º de pontos turísticos da Suíça:
Centro de Berna à noite
Praça central de Thun
Produção de queijo artesanal na região de Emmental
A montanha de Jungfrau, considerada o "Topo da Europa"
Nenhum comentário:
Postar um comentário