Páginas

Inter tenta adiar pagamento de dívida de R$ 30 milhões enquanto empresa pede bloqueio de futuras vendas de jogadores

 


Mesmo admitindo que a dívida é legítima e inevitável, o Internacional pretende recorrer a todas as instâncias possíveis para postergar o pagamento de cerca de R$ 30 milhões à Showball Assessoria Esportiva LTDA, valor referente à venda do zagueiro Bruno Fuchs ao CSKA Moscou, em 2020. A estratégia do clube é ganhar tempo em meio ao atual cenário financeiro considerado delicado.

Do outro lado, a Showball tenta acelerar a cobrança. A empresa ingressou na Justiça com um pedido para bloquear receitas provenientes de futuras negociações envolvendo jogadores do elenco colorado. O requerimento cita especificamente possíveis vendas de Vitão, Gustavo Prado e Ricardo Mathias. Caso a juíza responsável aceite o pedido, qualquer valor obtido com a transferência desses atletas será retido até a quitação total da dívida.

O presidente Alessandro Barcellos, em contato com o Correio do Povo, minimizou o impacto político do caso e afirmou que situações assim fazem parte da rotina dos clubes brasileiros. “Todos os clubes têm processos de várias origens, com negócios feitos no passado. As obrigações são do Inter, não de uma direção específica. Temos estrutura jurídica para lidar com isso”, disse.

Internamente, porém, o risco de bloqueio preocupa. Vitão é considerado um dos ativos mais valiosos do elenco e alvo constante de sondagens nacionais e internacionais. Uma eventual restrição judicial sobre sua venda poderia afetar diretamente o planejamento esportivo e financeiro para 2025.

A dívida tem origem na participação de 20% que a Showball detinha nos direitos econômicos de Bruno Fuchs. Como o Inter não realizou o pagamento devido após a transferência, a empresa acionou a Justiça em 2021. O processo está agora em fase de execução, mas ainda permite novos recursos — que o clube pretende utilizar para adiar o desembolso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário