Bolsonaro passa por exames e será submetido a cirurgia de hérnias em Brasília

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a prisão pela primeira vez desde que começou a cumprir pena por tentativa de golpe de Estado para realizar exames pré-operatórios nesta quarta-feira (24), véspera de Natal. Ele será submetido nesta quinta-feira (25) a uma cirurgia para correção de duas hérnias.

🩺 Estado de saúde

Em entrevista coletiva, os médicos responsáveis relataram que Bolsonaro apresenta quadros de depressão e ansiedade, o que preocupa em relação ao seu sistema nervoso central.

“Ele está deprimido pela situação que está passando. Um pouco ansioso. A ansiedade leva a um quadro recorrente de soluço, que atrapalha o sono dele”, explicou o cardiologista Brasil Ramos Caiado.

⚕️ Detalhes da cirurgia

O procedimento será uma herniorrafia inguinal bilateral convencional, realizado por meio de cortes em cada lado da virilha, com reforço da área fragilizada através de uma tela. Segundo o cirurgião geral Cláudio Birolini, responsável pela intervenção, a cirurgia não deve alterar o quadro de soluços recorrentes.

“A cirurgia das hérnias não vai atuar nas crises de soluço. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, afirmou.

📌 Histórico médico

Bolsonaro já havia passado por uma cirurgia emergencial em abril na mesma região, quando foi diagnosticado com obstrução intestinal e hérnias que pressionavam o abdômen. Na ocasião, foi implantada uma tela que aumentou a pressão intra-abdominal, contribuindo para crises mais intensas de soluço.

🔬 Possíveis medidas adicionais

Após a cirurgia, os médicos avaliarão a possibilidade de aplicar um bloqueio anestésico no nervo frênico, que controla o diafragma, como forma de reduzir os episódios de soluço. O procedimento é considerado seguro, mas não é padrão para esse tipo de tratamento.

⏳ Recuperação e retorno à prisão

O tempo estimado de recuperação é de cinco a sete dias. Após esse período, Bolsonaro deverá retornar à Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e 3 meses de reclusão.

Fonte: Correio do Povo