São Paulo, 12 de novembro de 2025 – Cientistas alcançaram um marco histórico na astronomia: pela primeira vez, captaram sinais de rádio de um corpo celeste formado fora do Sistema Solar. O cometa 3I/ATLAS, o terceiro objeto interestelar confirmado, emitiu ondas que confirmam a presença de gelo em seu núcleo e reacendem debates sobre sua origem em regiões frias da Via Láctea, vagando por milhões de anos antes de invadir nosso sistema.Descoberta e detecçãoIdentificado em 1º de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System) em Río Hurtado, no Chile, o 3I/ATLAS segue uma trajetória hiperbólica — curva aberta que o impede de orbitar o Sol, comprovando sua origem interestelar. Tentativas iniciais de captação de rádio, entre 20 e 28 de setembro, falharam, mas dados recentes capturados por radiotelescópios confirmaram sinais esperados.
Essa detecção não só valida modelos de cometas "viajantes", mas abre portas para estudar "fósseis" de outros sistemas estelares — um passo gigante na busca por vida além da Terra.
"Esses sinais funcionam como uma 'impressão digital' cósmica, permitindo analisar a composição sem sondas", explica o astrônomo principal da equipe.
O que os sinais revelamA radioastronomia, que "ouve" o Universo por meio de ondas eletromagnéticas, detectou emissões naturais do cometa — algo comum em corpos solares, mas inédito para visitantes interestelares. Os dados indicam:- Gelo no núcleo: Sugere formação em uma zona gelada distante da Via Láctea.
- Sublimação ao se aproximar do Sol: Gelo sólido vira gás, causando a coloração azulada observada pós-periélio (ponto mais próximo ao Sol).
Fato | Detalhe |
|---|---|
Descoberta | 1º de julho de 2025 (ATLAS, Chile) |
Trajetória | Hiperbólica (não órbita o Sol) |
Próximo marco | Passagem por Júpiter (março/2026) |
Origem estimada | Região gelada da Via Láctea; ejetado há milhões de anos |
CNN Brasil

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