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Alentejo: entre vinhos milenares e inovação arquitetônica

 


Tradição e modernidade lado a lado

No Alentejo, o tempo parece se dobrar: tradições com mais de dois mil anos convivem em harmonia com projetos arquitetônicos futuristas, enólogos ousados e uma nova geração de vinhos brancos que reposiciona a região no cenário mundial.

Vinhos de talha: herança romana

A jornada começa com os vinhos de talha, técnica ancestral que remonta ao período romano e que ainda hoje é preservada por produtores como a CARMIM, em Reguengos de Monsaraz, e a Honrado Vineyards, referência familiar dedicada a manter viva essa tradição. Degustar esses vinhos é como suspender a lógica do mundo moderno e mergulhar em uma história milenar.

Vinhas centenárias de Portalegre

Outro ícone da tradição é a Tapada do Chaves, em Portalegre, considerada uma das maiores referências em vinhas velhas. Com parcelas plantadas em 1901 e 1903, a propriedade — atualmente sob a gestão da Fundação Eugénio de Almeida, produtora do célebre Pera Manca — preserva castas históricas como trincadeira e arinto, elaborando brancos e tintos de pequena produção e profundidade rara.

A identidade do Alentejo

Compreender o Alentejo é perceber que o solo e a idade das vinhas falam tão alto quanto os rótulos. É uma região onde passado e futuro se encontram, criando experiências únicas que unem tradição, inovação e autenticidade.

Correio do Povo

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