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Rubio diz que ataque ao Catar “não vai mudar” o apoio dos EUA a Israel

 Netanyahu autorizou bombardeio a aliado norte-americano no Oriente Médio

Emir Al-Thani, do Catar, acompanha funeral de vítimas do bombardeio | Foto: Qatar TV / Divulgação CP


Os Estados Unidos não aprovaram os bombardeios de Israel contra o Hamas no Catar, mas o ataque não mudará o status de aliado de Washington, afirmou o secretário de Estado, Marco Rubio, neste sábado, antes de viajar para esta região. Os ataques aéreos de terça-feira - os primeiros de Israel contra o Catar, aliado dos Estados Unidos - chocaram a região e colocaram enorme pressão sobre os esforços diplomáticos para alcançar uma trégua em Gaza.

"O que passou, passou. Obviamente, nós não gostamos disso, o presidente também não gostou”, declarou Rubio aos jornalistas pouco antes de decolar de Washington para encontrar autoridades em Israel. “Isso não vai mudar a natureza de nossa relação com os israelenses, mas vamos ter que conversar sobre isso, principalmente qual será o impacto disso nos esforços de trégua”, acrescentou Rubio. "Precisamos avançar e determinar o que vem a seguir, porque, afinal, ainda existe um grupo chamado Hamas, um grupo maligno.”

Israel atacou os líderes do Hamas reunidos no Catar para discutir uma nova proposta de cessar-fogo apresentada pela administração Trump. O presidente dos Estados Unidos classificou o ataque israelense como lamentável, repreendeu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e afirmou que os Estados Unidos souberam do bombardeio tarde demais para impedi-lo.

Ao se referir à visita de Rubio, o Departamento de Estado limitou-se a indicar esta semana que o diplomata americano discutiria 'metas e objetivos operacionais' com Israel e demonstraria 'o compromisso dos Estados Unidos com a segurança israelense'.

A viagem do secretário de Estado a Israel está prevista para apenas uma semana antes de a França liderar uma cúpula das Nações Unidas em 22 de setembro, na qual vários países ocidentais planejam reconhecer um Estado palestino centrado na Cisjordânia.A França, exasperada com a ofensiva israelense em Gaza, rejeitou as críticas dos Estados Unidos e de Israel e afirma que deve haver um novo caminho para os palestinos.

AFP e Correio do Povo

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