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Água recua e situação começa a se normalizar em São Lourenço do Sul

 Famílias começaram a voltar para as casas atingidas pela enchente



Após um sábado em que várias pessoas tiveram que sair de suas casas, próximas ao Arroio São Lourenço, em São Lourenço do Sul, devido à enchente, o domingo ensolarado é de tranquilidade. As águas seguiram recuando durante a madrugada e as pessoas que haviam saído das moradias começaram a retornar. Na manhã deste domingo, o arroio já estava no leito.

"Agora entramos na próxima fase que é assegurar o decreto do estado de calamidade", destacou o prefeito de São Lourenço do Sul, Zelmute Marten. Segundo ele, a Coordenadoria Estadual da Defesa Civil e a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, diferente da posição do município, acreditam que seria o caso de um decreto de situação emergência.

"Estou nesta situação desde a enchente de junho e a calamidade é definida quando a administração pública colapsou, o que ocorreu conosco", ressaltou. O prefeito disse que está preparando a comprovação de mais evidências sobre o colapso para que possa convencer as autoridades estaduais e federais. "Para demonstrar que a situação é realmente de calamidade, vou ilustrar com mais fotografias e quantitativos", revelou.

Levantamento dos estragos

Conforme ele, a prefeitura está encerrando o exercício de 2025 sem recursos sequer para custear as despesas com óleo diesel. "Além disso, apesar de ainda estarmos realizando o levantamento dos estragos da cheia deste final de semana, temos toda a infraestrutura urbana e rural para recuperar", destacou. Marten acredita que os números exatos possam ser conhecidos nesta segunda-feira.

O transbordamento do Arroio São Lourenço deixou em torno de 500 pessoas desabrigadas e cerca de 40 desalojadas. "Recebemos doação da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil, ainda no sábado. Foram cinco carregamentos com 200 cestas básicas, 200 colchões, 200 kits de materiais de limpeza, cobertores e roupas", frisou.

Os itens começaram a ser distribuídos na manhã deste domingo. "Nossa prioridade são aqueles que ficaram no abrigo, mas estamos solicitando para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mais cestas básicas, para que possamos atender a todos os atingidos", assinalou.

Correio do Povo

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