Ícone da culinária italiana, prato se tornou queridinho também entre brasileiros; descubra dicas para acertar na massa mesmo sem nunca ter feito
Prática, versátil e cada vez mais presente no dia a dia dos brasileiros, a pizza é considerada um das grandes paixões nacionais. Seja em família, para um jantar a dois ou como companhia para maratonar séries, o prato se mantém como uma escolha popular para as mais diversas ocasiões. De tão amada, ganhou até uma data especial no calendário: há 40 anos, o Dia da Pizza é celebrado em 10 de julho.
Segundo o instrutor de Gastronomia do Senac PR, Paulo Bedin, embora a receita como é conhecida hoje tenha se consolidado na Itália, os gregos e egípcios já consumiam pães no formato achatado com recheios há séculos.
Uma das histórias mais populares sobre a criação da pizza moderna envolve uma rainha chamada Margherita, que foi homenageada por um pizzaiolo em uma receita com ingredientes que representavam as cores da bandeira italiana — vermelho do molho de tomate, branco da muçarela e verde do manjericão. Surgia assim, a pizza Margherita, que se manteve até hoje como um dos sabores mais pedidos nas pizzarias.
A receita tradicional se espalhou pelo mundo e, como era de se esperar, também ganhou um jeitinho brasileiro. Do requeijão na borda à pizza de estrogonofe, hot dog e até feijoada, com muita criatividade, os sabores foram se adaptando à disponibilidade de ingredientes locais e ao gosto do público. Para o instrutor, essas variações – mesmo que ousadas – fazem parte da evolução natural da receita.
🍕 Para fazer em casa
E nada melhor do que comemorar o Dia da Pizza comendo pizza, não é? Mesmo para quem nunca se aventurou na cozinha, Paulo compartilha uma receita tradicional italiana de massa, perfeita para fazer em casa:
Massa clássica italiana
• 1 kg de farinha de trigo;
• 650 a 700 ml de água;
• 12 g de fermento biológico seco (ou 24 g do fresco);
• 22 g de sal.
Os ingredientes devem ser misturados aos poucos, com atenção especial à adição da água. A massa precisa ser sovada até ficar lisinha. Em seguida, faça o porcionamento em bolinhas de 300 g e leve-a para descansar na geladeira por 12 a 14 horas.
“O processo mais longo de fermentação ajuda a desenvolver os sabores e aromas da massa. Ajuda na crocância da massa e a manter a textura mais leve e bem fininha”, explica Paulo.
3 sugestões de recheio
🌿 Margherita
Clássica, leve e naturalmente vegetariana. Leva molho de tomate, muçarela de qualidade, tomates e folhas frescas de manjericão.
🧅 Calabresa com cebola roxa e orégano
Simples e aromática. A base de muçarela recebe 100 g de linguiça calabresa fatiada, 50 g de cebola roxa em meia-lua e orégano a gosto.
🍫 Chocolate
Clássico entre as opções doces, a pizza de chocolate é a escolha perfeita para a sobremesa. Leva uma generosa camada de chocolate derretido ou ganache sobre a massa assada e pode ser finalizado com morangos para complementar.
👨🍳 Truques do chef
Além da receita, Paulo também compartilha dicas práticas para quem quer acertar no preparo, mesmo sem experiência no processo:
• Tipo de queijo: a muçarela em barra é a mais indicada para a base, já que ajuda a manter a umidade e unir os ingredientes. Para versões com mais queijos, ele sugere combinar com parmesão, gorgonzola ou provolone;
• Forno: a pizza ideal assa em temperatura alta (300 °C a 350 °C) em até 4 minutos, o que é comum em fornos a lenha combinados com com uma pedra de de assamento própria. Em casa, em um forno convencional, o tempo sobe para 8 a 10 minutos;
• Abrir a massa: a espessura influencia diretamente na textura. Quem busca uma pizza mais fina deve abrir a massa com as mãos ou com um rolo, empurrando o ar para as bordas. Para quem está se arriscando pela primeira vez, Paulo diz que uma garrafa de vinho pode ajudar nesse processo de abertura;
• Fermentação: respeitar o tempo de descanso da massa é essencial para o sabor e a estrutura. Evitar pressa é um dos segredos para uma pizza de qualidade.
Correio do Povo
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