Na noite de sexta-feira (18/10), fui surpreendido com a notícia de que serão aberto dois restaurantes populares na cidade de Porto Alegre, sendo um na Vila Cruzeiro e outro no Centro Histórico, onde preliminarmente serão servidos de forma gratuita 200 almoços para pessoas cadastradas na Fasc (ou seja, moradores de rua).
Vale a pena lembrar que os moradores de rua tem vários privilégios, que pessoas normais que trabalharam a vida inteira e que pagam regularmente os seus impostos não tem. Pela Constituição brasileira, todos são iguais perante à lei. Os moradores de rua acham que tem mais direitos do que os aposentados e que os desempregados.
Já existe a informação de que num primeiro momento serão abertos dois restaurantes populares que distribuirão marmitas para moradores de rua, sendo que no Centro Histórico serão distribuídos 200 almoços e na Vila Cruzeiro serão distribuídos mais 100 almoços. Por que não distribuem as marmitas em albergues, já que serão destinadas apenas para os moradores de rua?
Tudo anda aumentando de preço. Vestuário, alimentos, combustíveis, aluguéis, mas o salário não acompanha a inflação.
Os moradores de rua recebem alimentação no Ginásio Tesourinha e são servidos por voluntários, que na maioria das vezes são pessoas idosas que se sujeitam a fazer isso para poder ter um prato de comida, já que a sua aposentadoria ficou defasadas nos últimos anos e assim não precisariam ficar na fila.
Muitas pessoas vem de fora. Vem de outros municípios e de outros estados como Santa Catarina e Paraná. As pessoas vem para Porto Alegre e a maior parte deles começa a viver pela rua na cidade porque sabem que aqui conseguirão alimentação, roupas e um local para passar à noite.
Os idosos estão com a sua aposentadoria tão defasada, que a maior parte deles não consegue mais pagar nem o aluguel. Ao que se sabe, as marmitas serão distribuídas nos restaurantes populares apenas para moradores de rua, ficando de fora os aposentados e desempregados. É sabido e notório de que temos no país pessoas desempregadas há mais de cinco anos. Mesmo estando desempregadas, estas pessoas precisam pagar aluguel e sustentar as suas famílias. Essas marmitas poderiam ser distribuídas em albergues para diminuir o custo do serviço pago pelos contribuintes.
Os moradores de rua também tem o privilégio de ter lanches servidos diariamente em várias praças há lanches servidos para os tais moradores de rua, bem como embaixo de viadutos nos finais de semana. Um dos lugares onde há lanches servidos na parte da noite e nos arredores da Praça da Matriz, nas imediações do Palácio Piratini. Eles ganham roupas de várias entidades e na maioria das vezes vendem para brechós ou simplesmente jogam fora em qualquer canto.
Os albergues de Porto Alegre são custeados pelo pagamento de impostos das pessoas que trabalham e pelos que trabalharam a vida inteira.
Os moradores de rua também tem o privilégio de contar com o projeto chamado de projeto Banho Solidário, onde eles podem tomar banho de forma gratuita. Este projeto é uma parceria com a prefeitura de Porto Alegre.
No dia 5 de julho (sexta-feira), foram abrigados no Ginásio Gigantinho vários moradores de rua. Eles ganham tanto do Internacional como do Grêmio, roupas, cobertores e alimentos. A maior parte das roupas e cobertores foram vendidos para brechós e a água mineral e refrigerantes foram jogados fora pela maior parte dessas pessoas.
Outro privilégio que os moradores de rua tem é o Consultório de Rua. O consultório de Rua é um serviço prestado pela Prefeitura de Porto Alegre, onde é feito a abordagem na rua e há atendimento em duas sedes, sendo uma vinculada ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e uma vinculada ao Centro de Saúde Santa Marta.
As Principais Etapas do Serviço
Abordagem na rua
Atendimento de condições de saúde
Verificação de adesão aos tratamentos
Curativos
Previsão de Prazos para Realização do Serviço
Atendimento imediato
Ou seja, até nisso os moradores de rua tem privilégios.
Outra coisa que chama a atenção é que os moradores de rua acham que temos obrigação de dar roupas, dinheiro e alimentação, quando na verdade todas as regalias que a Prefeitura de Porto Alegre fornece a eles já foram bancadas pelos pagadores de impostos.
No bandejão da rua Santo Antônio, os aposentado e desempregados pagavam um valor de R$ 1,00 para almoçar. Por justiça, acredito que o mais correto seria continuar cobrando dessas pessoas um valor corrigido e poderia ser fornecido de forma gratuita os almoços para os moradores de rua como a Prefeitura deseja.
Por terem várias benesses e vantagens é que eu reitero mais uma vez: vale a pena ser morador de rua.
*Editor do site RS Notícias
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