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Brasil tem 5 milhões de pessoas superendividadas

83 milhões de tomadores de empréstimo

Risco de superendividamento aumenta se o recebedor acumula mais de uma modalidade de crédito, diz BCSérgio Lima/Poder360

PODER360
04.nov.2019 (segunda-feira) - 7h18
atualizado: 04.nov.2019 (segunda-feira) - 7h31

Segundo levantamento, ainda em finalização, do BC (Banco Central), há 5 milhões de pessoas superendividadas em um universo de 83 milhões de tomadores de empréstimo (6% do total).

De acordo com apresentação feita por técnicos do BC em evento do Cejusc, em Brasília (31.out), e em simpósio da Comissão de Valores Mobiliários e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), no Rio (10.out), o risco de superendividamento é maior quando o mutuário acumula mais de uma modalidade de crédito.

De acordo com o BC, “o superendividamento acontece quando uma pessoa se vê impossibilitada de pagar suas dívidas atuais ou futuras com sua atual renda e seu patrimônio. Quando isso ocorre, os indivíduos passam a ter dificuldades de suprir suas necessidades básicas, como alimentação, moradia, saúde, podendo levar a sérias repercussões psicológicas, familiares e sociais.”

Em junho de 2019, conforme dados expostos pelo BC, 10 milhões de tomadores de crédito estavam em atraso com seus compromissos. Mais de 9 milhões de pessoas tinham pelo menos mais de uma modalidade de dívida. Dessas, a situação de superendividamento atingia, então, mais da metade (55%) dos endividados.

A condição de superendividamento não tem necessariamente relação com as taxas de inadimplência (dívida em aberto há mais de 90 dias). Conforme a página de estatísticas monetárias do site do Banco Central, naquele mês a taxa de inadimplência do crédito consignado era de 3,6% e da aquisição de veículo, 3,3%. O não pagamento em dia do crédito pessoal atingia 7,4%; do cheque especial, 14%; e do rotativo do cartão de crédito, 33,5%.

(Com informações da Agência Brasil)


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