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Líder do Revoltados On Line é agredido na Paulista

Publicado em 18 de fev de 2017

 

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Roraima espera maior migração de venezuelanos este ano

 

Graziele Bezerra - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia

Diariamente imigrantes venezuelanos ingressam no Brasil pela fronteira com Roraima em busca de uma vida melhor

Diariamente, imigrantes venezuelanos chegam a Roraima em busca de uma vida melhorGraziele Bezerra/Agência Brasil

Em busca de uma melhor qualidade de vida e fugindo das crises política e econômica no país, milhares de venezuelanos estão migrando para o Brasil. De 2015 para 2016, o número de pedidos de refúgios de venezuelanos ao Brasil cresceu 3.000%. O êxodo se aprofundou nos últimos meses, após anos seguidos de crise econômica e social, quando a inflação na Venezuela pode ter chegado a 700% em 2016, conforma analistas do país. Além do custo de vida elevado, os venezuelanos enfrentam escassez de alimentos, remédios e até produtos básicos de higiene.

A maioria dos venezuelanos chega ao Brasil pela fronteira com o estado de Roraima. Só no ano passado, cerca de 30 mil ingressaram em Roraima, segundo estimativas do governo estadual. O Ministério da Justiça calcula em 15 mil migrantes.

Segundo o secretário nacional de Justiça e Cidadania, Gustavo Marrone, com o agravamento da crise na Venezuela, a expectativa é uma migração ainda maior este ano. “Na verdade, houve uma diminuição do fluxo migratório no começo deste ano porque a Venezuela fechou a fronteira, mas a gente não espera uma diminuição nesses primeiros meses. Na verdade, a gente espera um aumento do fluxo”, afirmou Marrone.

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Caso essa previsão de aumento se concretize, Roraima vai precisar da ajuda federal para conseguir receber e atender tantos venezuelanos, segundo o coordenador do Gabinete Integrado de Gestão Migratória, coronel Edivaldo Cláudio Amaral. “O estado de Roraima não está preparado para enfrentar essa situação. É uma situação muito difícil e a qual a gente deu uma resposta nesse primeiro momento”.

O estado, por exemplo, decretou situação de emergência na área de saúde nos municípios de Pacaraima e Boa Vista, em dezembro passado, alegando não ter estrutura física para atender a demanda por consultas, internações e medicamentos para brasileiros e venezuelanos. O decreto de emergência valerá por seis meses.

No Pronto Atendimento do Hospital Geral de Roraima, o atendimento a estrangeiros subiu 380% nos dois últimos anos, saltando de 320, em 2014, para 1.240, em 2016.

Em 2016, os atendimentos médicos a venezuelanos já atingiam o percentual de 60,25% do total de atendimentos a estrangeiros. O índice de internação de venezuelanos ultrapassou o de brasileiros: a cada 100 pacientes internados na capital de Roraima, 13 são da Venezuela e cinco do Brasil.

 

Agência Brasil

 

 

Fugindo de crise, venezuelanos buscam emprego e vida nova no Brasil

 

Graziele Bezerra e Maíra Heinen - Repórteres da Rádio Nacional da Amazônia

Voluntária com criança venezuelana no Centro de Referência ao Imigrante

Voluntária com criança venezuelana no Centro de Referência ao ImigranteGraziele Bezerra/Rádio Nacional da Amazônia

Uma vaga de emprego é o que a maioria dos migrantes venezuelanos procura ao chegar ao Brasil. O grau de qualificação e experiência profissional são variados. Para conseguir um trabalho, os migrantes precisam enfrentar a barreira do idioma e regularizar a situação.

O estado de Roraima é a principal porta de entrada dos venezuelanos. Em 2016, o estado recebeu cerca de 30 mil migrantes. Na capital, Boa Vista, dezenas deles podem ser encontrados às portas da Polícia Federal em busca de documentos que os habilitem a permanecer no país.

Segundo o secretário nacional de Justiça e Cidadania, Gustavo Marrone, ao pedir refúgio no país, o estrangeiro já consegue autorização para trabalhar. Mas se não regularizar a situação em até 90 dias, pode ser deportado.

"O solicitante de refúgio já pode trabalhar, já recebe a carteira de trabalho. Os outros precisam fazer o pedido de uma permanência temporária com autorização para o trabalho, que é concedida pelo Comitê Nacional de Imigração. Esse é o requisito básico para eles. Ou via solicitação de refúgio ou via de permanência provisória com autorização pro trabalho", disse.

Dados do Sistema Nacional de Empregos (Sine) de Roraima apontam que, no último trimestre do ano passado, 17 candidatos venezuelanos foram para entrevistas de emprego e dois deles foram contratados.

>> Ouça a matéria especial na Radioagência Nacional

Funcionário da Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social de Roraima, Dênes Viana da Silva, atende diariamente dezenas de venezuelanos em busca de emprego. Muitos, segundo ele, têm curso superior e ocupavam bons cargos no país de origem. "Estamos encontrando muitos deles que têm cargos, são servidores públicos dentro de seu país e que agora estão assim, nessa situação, se encontrando nessa calamidade, mas com a esperança de, no Brasil, no nosso país, encontrar uma oportunidade de poder recomeçar, e quem sabe dentro da sua experiência, da sua área profissional e do seu nível superior, a maioria deles tem condições de conseguir uma oportunidade de começar de novo", afirmou.

Aqueles com formação superior são indicados para vagas em escritórios de contabilidade e de advocacia. Candidatos com menos anos de escolaridade buscam ocupação no comércio, serviços gerais e na construção civil.

Marcos Pacheco

O venezuelano Marcos Pacheco tenta uma vaga de emprego no Brasil  Graziele Bezerra/Rádio Nacional da Amazônia

É o caso de Marcos Luis Pacheco, de 30 anos, que deixou o município de Maturín, a 416 quilômetros da capital venezuelana Caracas, para conseguir uma oportunidade de trabalho no Brasil. Ele chegou em Roraima com a ajuda de conterrâneos e, em Boa Vista, disputa uma vaga de serviços gerais. "Não encontrei forma de conseguir a comida e o trabalho para me sustentar, para sustentar meu filho e minha mãe, então consegui uma oportunidade de vir para cá", contou.

Já a publicitária Jéssica de Souza, há quatro meses no Brasil, precisou passar por várias entrevistas até ser contratada por um jornal de Boa Vista. Filha de mãe brasileira, Jéssica disse que falar e entender o português ajudou para conquistar a vaga. Ela afirmou que o mercado de trabalho no seu país passa “por um momento muito difícil” sem muitas oportunidades. "Já tenho domínio do idioma. Eu falo bastante, para escrever também não tenho problema. Acho que isso ajudou bastante".

"Pretendo continuar aqui e fazer a minha vida profissional, porque acho que a Venezuela está em um momento muito difícil e não tem oportunidade para os profissionais", acrescentou a publicitária.

E aqueles que não conseguem uma vaga recorrem à informalidade. Pelas ruas de Boa Vista, muitos fazem malabares, limpam parabrisas de carros nos semáforos ou vendem artigos em bares e restaurantes.

Nova casa

Sem moradia, o Centro de Referência ao Imigrante, um ginásio de esportes na zona oeste da cidade, virou a casa de centenas deles.

Um grupo de voluntários da ONG Fraternidade ajuda na distribuição das tarefas do dia no ginásio

Um grupo de voluntários da ONG Fraternidade ajuda na distribuição das tarefas no centro de imigraçãoGraziele Bezerra/Rádio Nacional da Amazônia

A rotina da casa é organizada por voluntários da organização não governamental Fraternidade. As tarefas do dia, como a preparação da comida e a limpeza das dependências, são distribuídas entre os moradores. Nos horários de maior movimento: o café da manhã e o jantar, o centro chega a receber 160 pessoas.

Como a dona de casa Rita Hernandez, de 25 anos, que vive no abrigo com os dois filhos, um de 3 anos e outro de 5 anos. O terceiro filho, mais novo, ela deixou na Venezuela. "Lá não temos nada, não temos comida. A Venezuela está passando fome. Não temos dinheiro para comprar nada", disse. 

Rita Hernandez

Rita Hernandez veio com dois filhos para tentar uma nova vida em RoraimaGraziele Bezerra/Rádio Nacional da Amazônia

A nova moradia da família de Rita é um espaço na arquibancada do ginásio. Ela chegou ao local em dezembro, em busca de comida. O abrigo é mantido pelo governo do estado e entrou em funcionamento em dezembro do ano passado.

O coordenador do centro, tenente Fernando Troster, disse que muitos venezuelanos desejam permanecer no Brasil. "Eles não vieram porque queriam vir, eles vieram porque havia uma necessidade. Ainda que eles tivessem dinheiro, pela crise de abastecimento, eles não tinham condição de adquirir comida. Mas chegando aqui, e vendo que a situação na Venezuela não tem uma perspectiva de curto prazo de melhora eles querem, muitos aqui, dos não indígenas, especialmente, se inserir no mercado de trabalho".

 

Agência Brasil

 

Justiça Federal determina policiamento 24h em fazenda histórica roubada no Rio

 

Akemi Nitahara e Isabela Vieira – Repórteres da Agência Brasil

São Gonçalo (RJ) - Marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê encontra-se degradada. No fim de janeiro, as portas da fazenda foram roubadas e os ladrões desmontaram o retábulo da capela da Sant'A

São Gonçalo (RJ) - Marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê encontra-se degradada. No fim de janeiro, as portas da fazenda foram roubadas e os ladrões desmontaram o retábulo da capela da Sant'Anna, de 1740. Em função disso, a Justiça Federal, a pedido do MPF, determinou que o governo do estado e o Iphan assumam a administração e a recuperação do local Tânia Rêgo/Agência Brasil

O uso de um caminhão para o roubo de uma relíquia de 2 metros quadrados, datada de 1740, retirada de uma fazenda histórica tombada na região metropolitana do Rio de Janeiro, é a prova de que o local corre riscos.

Para preservar a Fazenda Colubandê, marco da arquitetura colonial e uma das maiores produtoras de cana-de-açúcar do país no século 19, a Justiça Federal determinou que o local seja protegido de forma ininterrupta, a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Em janeiro, foi roubado da capela da Sant'Anna, também tombada, o retábulo (uma espécie de altar, talhado no estilo barroco), além de portas e janelas originais, de madeira maciça.

A preocupação do MPF é proteger a última relíquia da fazenda: o painel de azulejos portugueses, com imagens bíblicas. Neles, Santa Ana aparece com a Virgem Maria e São Joaquim, referências às igrejas de Almada e Alvor, em Portugal. Ao longo dos anos, já foram roubados da capela os sinos e todas as imagens de santos, valiosas peças de arte sacra. Por causa das invasões e do ataque de vândalos, Colubandê pode perder ainda uma peça moderna. O mural da artista plástica Djanira, feito em homenagem às mulheres, nos anos de 1960, está todo pichado.

São Gonçalo (RJ) - Marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê encontra-se degradada. No fim de janeiro, as portas da fazenda foram roubadas e os ladrões desmontaram o retábulo da capela da Sant'A

São Gonçalo (RJ) - Marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê encontra-se degradadaTânia Rêgo/Agência Brasil

Para proteger a fazenda, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Justiça determinou que o governo do estado do Rio apresente em dez dias um plano de vigilância ininterrupta, com segurança pública ou privada. No mesmo prazo, cobrou um relatório detalhado com as medidas para investigar o roubo e impedir a depredação do que sobrou. A decisão é do último dia 8 de fevereiro, mas o governo, por meio da Secretaria de Fazenda, disse que ainda não foi notificado. A multa pelo descumprimento é de R$ 100 mil.

A Fazenda Colubandê é composta da capela, de um casarão com 38 quartos, incluindo a senzala, bosque, espaços esportivos, teatro de arena e piscina, uma área de cerca de 120 mil metros quadrados. Um refúgio rural em meio à zona urbana de São Gonçalo, na região metropolitana. Na última semana, a Agência Brasil esteve no local duas vezes e constatou que o imóvel permanece abandonado, sem policiamento ou vigilância, vulnerável a vândalos e usuários de drogas que chegam a acender fogueiras com madeiras da estrutura da fazenda.

São Gonçalo (RJ) - Marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê encontra-se degradada. No fim de janeiro, as portas da fazenda foram roubadas e os ladrões desmontaram o retábulo da capela da Sant'A

São Gonçalo (RJ) - Marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê encontra-se degradada. No fim de janeiro, as portas da fazenda foram roubadas e os ladrões desmontaram o retábulo da capela da Sant'Anna, de 1740. Em função disso, a Justiça Federal, a pedido do MPF, determinou que o governo do estado e o Iphan assumam a administração e a recuperação do local Tânia Rêgo/Agência Brasil

O juiz que analisa o caso, Fábio Tenenblat, considerou que o estado “persiste descumprindo” decisões anteriores de “proteger o patrimônio que o imóvel representa”. Em despacho anterior, de outubro de 2016, a Justiça já tinha obrigado o governo do Rio a apresentar um projeto para reforma e preservação da Colubandê em até 120 dias, prazo que se encerra no fim deste mês.

A Secretaria de Fazenda, no entanto, por conta da crise financeira do estado, não tem previsão de licitar o anteprojeto de reforma do imóvel – e que precisa ser aprovado pelo Iphan –, apesar de reconhecer a situação de degradação do imóvel. O governo também não reforçou o policiamento e a Polícia Militar esclareceu que faz apenas rondas dinâmicas no local.

Comunidade

São Gonçalo (RJ) - Marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê encontra-se degradada. No fim de janeiro, as portas da fazenda foram roubadas e os ladrões desmontaram o retábulo da capela da Sant'A

São Gonçalo (RJ) - Marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê encontra-se degradadaTânia Rêgo/Agência Brasil

No último domingo (12), moradores e defensores da fazenda se reuniram em uma manifestação contra o abandono da Colubandê e aproveitaram para limpar e capinar a área, em meio a muito lixo. Eles organizam um abaixo-assinado que será entregue à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) pedindo a recuperação do local.

“Se o estado, nem a prefeitura, nem a federação tem interesse, entreguem para comunidade, que vão ser feitas aqui oficinas, aulas, ocupando e valorizando um patrimônio que nos pertence”, afirmou o historiador e arqueólogo Claudio Prado de Melo, da organização não governamental Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio, e um dos organizadores do protesto.

São Gonçalo (RJ) - Marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê encontra-se degradada. No fim de janeiro, as portas da fazenda foram roubadas e os ladrões desmontaram o retábulo da capela da Sant'A

São Gonçalo (RJ) - Marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê encontra-se degradadaTânia Rêgo/Agência Brasil

O drama da comunidade começou com a saída do Batalhão de Polícia Florestal da Colubandê, em 2012. Os militares cuidavam das instalações, impedindo a deterioração do imóvel, como infiltrações, atos de vandalismo e serviam até de guias turísticos. Desde então, o governo tenta passar a fazenda para o município de São Gonçalo, que se interessa pelas instalações, mas afirma não ter condições de arcar sozinho com a reforma e preservação.

Moradora do bairro Colubandê, a professora Monsuaria Moraes lembra que participava de programas esportivos na fazenda quando era adolescente e lamenta a situação. “Era bem organizado, a gente tinha uniforme, era um aproveitamento verdadeiro do espaço”, disse.

Investigação

O retábulo roubado deve ser incluído na lista de Bens Culturais Procurados do Iphan, mas especialistas em arte sacra acreditam que a peça já deve ter sido vendida no mercado negro. O valor da peça antiga, que poder conter pintura de ouro, não foi calculado.

A Polícia Federal, acionada para investigar o caso, não confirmou abertura de inquérito.

 

Agência Brasil

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