Dados oficiais, divulgados na madrugada de hoje (20), indicam que o candidato governista à presidência do Equador, o esquerdista Lenin Moreno, será o mais votado nas eleições desse domingo (19). Mas ele provavelmente terá que disputar um segundo turno, no dia 2 de abril, com o segundo colocado, o conservador Guillermo Lasso.
No Equador, é possível ser eleito presidente em primeiro turno com o apoio de apenas 40% do eleitorado – desde que haja uma diferença de pelo menos 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com 81,4% dos votos apurados, Moreno estava na frente, com 38,9% dos votos, seguido por Lasso, com 28,5%.
Antes mesmo de a contagem de votos terminar, Lasso recebeu o apoio da candidata Cynthia Viteri, que ficou em terceiro lugar, com 16,3% dos votos. Ela prometeu votar nele, em abril. Mas o presidente do CNE, Juan Pablo Pozo, alertou que só poderá confirmar a realização de uma segunda votação depois que todas as urnas forem apuradas.
As eleições presidenciais deste ano marcam o fim da era Rafael Correa, que conclui seu terceiro mandato em maio, depois de governar o Equador durante uma década. Ele ainda conta com a aprovação de quatro em cada dez equatorianos, que associam os governos dele à estabilidade politica e econômica: de 1997 até a primeira eleição de Correa em 2006, o país teve oito presidentes, sendo que três foram depostos.
Economista com formação nos Estados Unidos e na Bélgica, Correa aproveitou a alta dos preços das commodities para investir em educação, saúde e infraestrutura, reduzindo a pobreza. Ele foi reeleito em 2009 e em 2013, mas também foi criticado por sua política personalista e populista e por avançar sobre as instituições e a imprensa.
Correa diz que vai voltar à Bélgica quando deixar o cargo: sua mulher é belga e dois de seus três filhos vivem na Europa. Seu candidato, o psicólogo cadeirante Lenin Moreno, promete continuar a Revolução Cidadã de Correa, de quem foi vice nos primeiros dois mandatos. Considerado um conciliador, ele teria mais facilidade que seus padrinho politico para negociar com a oposição no Congresso. Mas o Equador que o próximo presidente herdará enfrenta uma recessão, agravada pelo fim da bonança petroleira e pelos elevados gastos com a reconstrução, depois do terremoto de abril de 2016.
O fim de uma década de crescimento econômico favoreceu o ex-banqueiro Guillermo Lasso, que disputou as eleições presidenciais de 2013 e perdeu para Correa no primeiro turno. Nesse domingo, ele comemorou antecipadamente o que considera ser uma vitória certa no segundo turno: Lasso já assegurou os votos conservadores da terceira colocada, Cynthia Viteri, e convocou os demais partidos da oposição para “uma mesa de governabilidade”.
Paraísos fiscais
Um problema que Guillermo Lasso pode enfrentar, se for eleito, é o resultado do referendo sobre paraísos fiscais, que foi realizado ontem, juntamente com o primeiro turno das eleições presidenciais. Dados oficiais divulgados na madrugada de hoje indicam que ganha o “sim” a proposta de Correa de proibir pessoas, com dinheiro ou bens em paraísos fiscais, de ocupar cargo público.
Se a vitória do “sim” for confirmada, políticos e funcionários públicos com investimentos em paraísos fiscais terão um ano para repatriá-los antes de serem obrigados a deixar o cargo. Lasso admitiu estar entre esses investidores que, segundo o governo, são responsáveis pela saída de US$ 30 bilhões. Ele também acusou Correa de adotar regras que dificultam a realização de investimentos no Equador.
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E em meio a gafes e polêmicas, Donald Trump completou um mês como presidente dos Estados Unidos. Uma das principais brigas é com relação a batalha judicial em torno a proibição da entrada de refugiados e de cidadãos de sete países de maioria muçulmana no país.
Além disso, Trump iniciou uma disputa com o governo do México por causa da construção de um muro na fronteira entre os dois países. Leia mais
Os ministros da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negaram recurso em habeas corpus para o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada, preso na operação Lava Jato desde julho de 2015 e condenado pelo juiz Sérgio Moro a 12 anos e dois meses de prisão por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Zelada foi capturado na operação Conexão Mônaco, 15ª fase da Lava Jato. Leia mais
O clássico entre Atlético-PR e Coritiba, marcado para as 17h (de Brasília) de ontem, teve o início impedido pela Federação Paranaense de Futebol (FPF). Alegando problemas de credenciamento, a entidade se opôs à transmissão do jogo de forma independente e exclusivamente online pelos canais dos clubes no YouTube.
Os clubes se negaram a jogar sem a transmissão e a partida não aconteceu. Leia mais
Temer se muda para o Palácio da Alvorada
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
O presidente Michel Temer já está morando no Palácio da Alvorada. A mudança foi concluída esta semana, e este é o primeiro fim de semana que o presidente, a primeira-dama Marcela e o filho Michel passam na residência oficial da Presidência da República.
Ontem (17), o casal e o filho estiveram em São Paulo – onde a família morava antes de Temer assumir a Presidência do país. Em Brasília, eles vinham resididndo no Palácio do Jaburu, destinado ao vice-presidente da República.
Desde setembro, quando a ex-presidente Dilma Rousseff desocupou o Alvorada, havia a expectativa da mudança da família Temer para o palácio, mas ela só se concretizou agora. A mudança foi confirmada pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.
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