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Terremoto de 6 graus mata mais de 20 na Itália

Da Agência Ansa

5856593de8434f86ab7207da60e3b1f9Um terremoto de 6 graus na escala Richter atingiu na madrugada desta quarta-feira (24) o centro da Itália e matou pelo menos 21 pessoas, sendo 11 na região de Lazio e dez em Marcas. As informações são da Agência Ansa.

Muitas pessoas, no entanto, ainda estão debaixo de escombros, e o balanço de vítimas deve se agravar nas próximas horas. O tremor foi registrado às 3h36 (hora local), com epicentro a 2 quilômetros (km) da cidade de Accumoli, situada a 145 km de Roma, onde o sismo também foi sentido.

Seu epicentro - ponto onde se origina um terremoto - ocorreu a apenas 4 km de profundidade. Às 4h32 e 4h32, duas réplicas foram percebidas, uma nas proximidades de Norcia, na região da Úmbria, e outra em Castelsantangelo sul Nera, em Marcas. Nesses casos, o epicentro foi a 8 e 9 km de profundidade, respectivamente.

Nas horas seguintes, mais de 50 réplicas com magnitudes superiores a 2 graus foram registradas. Das 21 vítimas confirmadas, 11 foram no Lazio, das quais seis na cidade de Accumuli, e cinco em Amatrice. Essa última foi uma das mais atingidas e teve sua avenida principal devastada pelo tremor.

"É um drama, metade da cidade não existe mais", declarou o prefeito Sergio Pirozzi. Para piorar, o próprio hospital municipal não está em condições de ser usado. "A situação é dramática, muitas pessoas estão sob os escombros", acrescentou. Os feridos recebem os primeiros socorros na rua e depois são transferidos de ambulância para Rieti, a 60 km de distância.

Em Accumoli, a principal via de acesso está obstruída em diversos pontos por rochas derrubadas pelo sismo. É possível ver em vários locais construções destruídas e carros cobertos por poeira e escombros. Algumas pessoas passaram a madrugada de pijama na rua.

Dez vítimas morreram em Pescara del Tronto, que fica a 67 km de Áquila, cidade devastada por um terremoto que matou mais de 300 pessoas em 2009. Segundo o chefe da Proteção Civil na Itália, Fabrizio Curcio, o sismo de hoje é comparável em intensidade àquele de sete anos atrás.

O presidente Sergio Mattarella, que estava em Palermo, sua cidade natal, embarcou para Roma assim que foi informado do desastre. Também foram emitidos alertas pedindo doações de sangue de todos os grupos.

O prefeito de Áquila, Massimo Cialente, colocou à disposição dos desabrigados 250 leitos em uma estrutura construída após o terremoto de 2009.

 

Agência Brasil

 

Maratonista etíope que fez protesto político na Olimpíada permanece no Brasil

 

Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

Maranonista etípoe Feysa Lilesa protestou contra o governon do seu país após concluir o percurso

Maranonista etípoe Feysa Lilesa protestou contra o governo do seu país após concluir o percursoReuters/Athit Perawongmetha/Direitos Reservados

O maratonista etíope Feyisa Lilesa, prata na maratona da Olimpíada do Rio de Janeiro, permanece no Brasil e não voltou com a delegação da Etiópia. Na linha de chegada da maratona, no domingo passado (21), Lilesa cruzou os braços erguidos, gesto associado à luta de seu povo Oromo, maior grupo étnico do país, contra violações de direitos humanos cometidos pelo governo da Etiópia. Logo depois, o atleta declarou à imprensa que temia retaliações e até de ser morto pelo governo do seu país por causa do protesto, mas o governo da Etiópia declarou, por meio da assessoria de comunicação, que o atleta não enfrentará nenhuma retaliação por sua posição política.

O ministro das comunicações da Etiópia, Getachew Reda,disse que ele será bem recebido, juntamente com os demais atletas da delegação etíope. “Embora seja proibido fazer manifestações políticas nos Jogos Olímpicos, o atleta será bem-vindo quando retornar ao seu país com os demais membros da equipe da Etiópia”, declarou Reda.

Lilesa foi medaalha de prata na maratona da Rio 2016

Lilesa foi medalha de prata na maratona da Rio 2016Reuters/Stoyan Nenow/Direitos Reservados

Lilesa declarou no domingo que estava pensando em pedir asilo político, mas que ainda não havia decidido a qual país pedir. O Ministério da Justiça brasileiro não confirmou o pedido de asilo - informou, apenas, que a Lei de Refúgio garante confidencialidade do processo e que “se for da vontade do solicitante tornar público, isso deve ser feito a partir dele”. Uma campanha nas redes sociais criada há dois dias para angariar fundos para o atleta sobreviver fora da Etiópia arrecadou quase US$100 mil.

No início de agosto, dezenas de pessoas morreram em manifestações contra o governo etíope na região de Oromia. Os protestos começaram depois que o governo implementou um plano urbanístico que afetava as terras na região de Oromia. De acordo com a mídia local, o governo etíope tinha apresentado um plano para expandir a capital do país, Adis Abeba, ameaçando as terras de cultivo do povo Oromo, tradicionalmente seminômade e dedicado à agricultura na região que circunda a cidade.
Esta foi a primeira Olimpíada de Lilesa, que já ganhou medalha de bronze na maratona no Mundial de Atletismo, em Daegu, em 2013. O corredor estreou em competições internacionais em 2008 e já competiu em provas de estádio de 5 mil metros e 10 mil metros, além de corridas de rua diversas (10 quilômetros, 15 km, 20 km, 25 km, 30 km, meia maratona e maratona). Neste ano, Lilesa tem a 18ª melhor marca mundial da maratona, com 2 horas 6 minutos e 56 segundos, conseguida em fevereiro deste ano, em Tóquio. Seu melhor tempo na maratona, no entanto, foi obtido em Chicago (EUA), em outubro de 2012: 2 horas 4 minutos e 52 segundos.

O Rio de Janeiro acolhe hoje mais de 4 mil refugiados e 2,6 mil solicitantes de refúgio, pessoas que não podem retornar a seus países devido a conflitos e perseguições. Suas condições de vida aqui, no entanto, nem sempre são dignas.

 

Agência Brasil

 

 

Vagas da Rússia nos Jogos Paralímpicos serão redistribuídas

 

Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil

As 267 vagas conquistadas por atletas russos, que foram impedidos de participar dos Jogos Paralímpicos do Rio, serão redistribuídas pelo Comitê Paralímpico Internacional entre outras federações nacionais. Hoje (23), o Tribunal Arbitral do Esporte rejeitou pedido do Comitê Paralímpico da Rússia e, com isso, os atletas daquele país não participarão dos Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de janeiro.

A exclusão dos atletas russos da Paralimpíada, por envolvimento com doping, já havia sido anunciada pelo Comitê Paralímpico Internacional no início do mês.

O presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philip Craven, disse que hoje é um dia triste para o movimento paralímpico, mas acredita que seja também um novo começo. “A decisão de hoje reforça nossa forte crença que o doping não tem absolutamente lugar nenhum no esporte paralímpico, e melhora ainda mais nossa capacidade para garantir competição justa e condições iguais para todos os para atletas ao redor do mundo”, ressaltou, em nota.

Vantagem para o Brasil

A exclusão da Rússia pode ajudar a melhorar a colocação do Brasil nos Jogos Paralímpicos. Na Paralimpíada de Londres, em 2012, a Rússia ficou em 2º lugar na classificação geral, com 102 medalhas no total, sendo 36 de ouro, 38 de prata e 28 de bronze. O Brasil ficou em 7º lugar, com 43 medalhas no total (21 de ouro, 14 de prata e oito de bronze).

Para o Presidente da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV), Sandro Laina, o banimento da Rússia deve contribuir para que o Brasil atinja a meta de ficar em 5º lugar na Paralimpíada. “As medalhas da Rússia devem se diluir, e acredito que o Brasil herde algumas delas, o que vai nos ajudar a chegar um pouco mais longe, visto que a Rússia estava na nossa frente”, diz. Ele destaca que, no goalball feminino, a equipe russa é a atual campeã mundial e a saída do país da competição pode favorecer a seleção brasileira. “Seria menos uma grande equipe com quem a gente teria que disputar”, disse.

Neste ano, o Brasil terá a maior delegação da história em Jogos Paralímpicos: serão 279 atletas, sendo 181 homens e 98 mulheres, além de 23 acompanhantes (atletas-guia, calheiros e goleiros) e 195 profissionais técnicos, administrativos e de saúde.

Os Jogos Paralímpicos 2016 serão transmitidos pela TV Brasil, em parceria com emissoras da Rede Pública de Televisão dos estados.

 

Agência Brasil

 

 

Atleta do goalball espera participação da torcida na Paralimpíada do Rio

 

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

O atleta paralímpico Leomon Moreno

O atleta paralímpico Leomon Moreno, durante entrevista ao programa Diálogo Brasil, da TV Brasil - Divulgação/TV Brasil

O atleta paralímpico Leomon Moreno, integrante da Seleção Brasileira Masculina de Goalball, espera que o público compareça aos Jogos Paralímpicos e manifeste apoio para ajudar os atletas na conquista de medalhas. Leomon é o primeiro entrevistado do programa Diálogo Brasil, que estreia hoje (23), às 20h30, na TV Brasil.

“O adversário sente o peso da torcida, fica mais desequilibrado. Ainda mais com a torcida do Brasil, que é bastante emotiva. Se estiver lotado, vai nos ajudar muito”, disse. Leomon é deficiente visual e começou a competir com 14 anos. Integrando a seleção brasileira, conquistou a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012, e medalha de ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto, no ano passado.

Saiba Mais

Eleito o melhor atleta paralímpico em 2014, Leomon contou que conheceu o goalballainda criança, quando ia acompanhar seus dois irmãos mais velhos, que também são deficientes visuais, aos treinos. “Eu levava eles aos treinos, porque eu enxergava mais quando era mais novo. Eu tinha 7 anos de idade, mas já ia acompanhando porque minha mãe incentivava a nossa independência”, contou.

De tanto ver os mais velhos jogarem e buscar as bolas que sobravam, Leomon acabou se apaixonando pelo esporte e começou a treinar por volta de 12 anos. Passou pelo atletismo, natação, judô, futebol, mas acabou ficando mesmo no goalball. “Essa paixão veio de família, e esse foi um meio de ficarmos unidos”.

O esportista também destacou, durante a entrevista, a importância de incentivos públicos e patrocínios para a prática do esporte no Brasil. “O patrocínio ainda não é da forma como a gente quer, como é no futebol no Brasil, mas já teve uma evolução muito grande. Antigamente, a gente fazia o goalball por amor, por gostar do esporte. Mas, hoje em dia, minha vida financeira vem do esporte”, diz.

O Diálogo Brasil, novo programa de entrevistas da TV Brasil, discutirá toda semana, temas da atualidade, como política, educação, esporte, cultura e saúde, com especialistas. Será exibido toda terça-feira, às 20h30. O programa de estreia é apresentado pela jornalista da TV Brasil e também atleta paralímpica Carla Maia.

Os Jogos Paralímpicos 2016 serão transmitidos pela TV Brasil, em parceria com emissoras da Rede Pública de Televisão dos estados. O evento, que acontece de 7 a 18 de setembro, terá a presença de 4.350 atletas de 178 países, competindo em 22 modalidades.

 

Agência Brasil

 

 

Votação adiada

Shutterstock

Um pedido de vista adiou a votação do projeto de lei que reajusta o salário dos ministros do STF. O projeto tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e estabelece o pagamento de R$ 39.293,32 dos magistrados, cerca de R$ 6.000 a mais do que o atual salário.
O projeto já foi aprovado pela Câmara e pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Mas na CAE, o relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), pediu a rejeição da proposta. Com o pedido de vista coletiva, o projeto volta a entrar na pauta da comissão na semana que vem. Leia mais

 

 

 

Começam as doações

Alan 
Marques/Folhapress

Já no começo da primeira campanha municipal com proibição de doações de empresas, os partidos abriram os cofres para ajudar os candidatos.
Prestações de contas publicadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostram que as direções das legendas distribuíram R$ 16,6 milhões em recursos públicos, vindos do Fundo Partidário, a 220 candidatos a prefeito e vereador. O PRB foi o partido que mais doou, com R$ 3,758 milhões. Leia mais

 

 

Luto no jornalismo

Zé Paulo Cardeal/TV Globo

O apresentador e jornalista Goulart de Andrade morreu hoje, em São Paulo, aos 83 anos.  Ele estava internado havia duas semanas, mas o estado de saúde se agravou depois de problemas no sistema cardiorrespiratório.
Goulart começou a carreira na TV no programa Preto no Branco, na TV Rio, em 1958. Depois, passou por outros programas na Globo até criar o Plantão da Madrugada na emissora. Atualmente, ele estava na TV Gazeta com o programa Vem Comigo, no qual alunos da Fundação Cásper Líbero repaginavam temas de reportagens do acervo de Goulart para a linguagem atual. Leia mais

 

 

Mercado financeiro

Nelson Almeida/AFP

A Bolsa fechou em alta de 0,41%, com 58.020,04 pontos, depois de três quedas seguidas. Na véspera, a Bovespa havia caído 2,23%, a maior baixa percentual diária desde 24 de junho.
No mercado de câmbio, o dólar subiu 1%, cotado em R$ 3,234, depois de duas baixas seguidas. Apesar de subir no dia, o dólar ainda acumula desvalorização de 0,29% no mês e de 18,1% no ano. Leia mais

 

 

Temer indica ministro da Cultura para presidir Autoridade Pública Olímpica

 

Pedro Peduzzi e Paulo Victor Chagas – Repórteres da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O ministro da Cultura, Marcelo Calero, fala na cerimônia de abertura da Casa Brasil no Pier Mauá, na zona portuária do Rio (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O ministro da Cultura, Marcelo Calero, foi indicado para presidir a Autoridade Pública OlímpicaTomaz Silva/Agência Brasil

O presidente interino, Michel Temer, assinou e encaminhou mensagem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na qual indica o ministro da Cultura, Marcelo Calero, para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO) – cargo ocupado interinamente por Marcelo Pedroso.

De acordo com o Planalto, Calero, que acumulará o novo posto com o cargo de ministro, ficará encarregado de garantir os recursos para os Jogos Paralímpicos Rio 2016, além de fechar as contas da Olimpíada, fazer os próximos balanços e acompanhar e promover os legados que ficarão para o Rio de Janeiro e para o país.

Em meio a uma reunião que manteve hoje (23) com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, Calero disse à Agência Brasil que ainda está “estudando” o que falará durante sua sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, sobre como será sua atuação à frente da APO. Não há ainda previsão sobre quando a sabatina será feita.

Após o envio da mensagem presidencial ao Congresso Nacional sobre sua nomeação e de sua sabatina no Senado, Calero precisará ter seu nome aprovado por maioria simples do plenário do Senado. Depois disso, bastará a homologação de seu nome pela Presidência da República.

 

Agência Brasil

 

Em 17 dias de Olimpíada, Rio recebeu quase 1,2 milhão de turistas

 

Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil

Atletas de 206 países desfilam na abertura da Rio 2016

Em 17 dias, a Olimpíada do Rio reuniu 11.303 atletas de 206 países na disputa de 42 modalidades olímpicasReuters/Adrees Latif/Direitos Reservados

A prefeitura do Rio apresentou hoje (23) o balanço final da operação da cidade nos Jogos Olímpicos Rio 2016, entre 5 e 21 de agosto. Durante o período, a cidade recebeu 1,170 milhão de turistas, sendo 410 mil estrangeiros. A taxa de ocupação hoteleira foi de 94%. Os três espaços abertos do Boulevard Olímpico (Porto Maravilha, Parque Madureira, e Miécimo da Silva, em Campo Grande) atraíram cerca de 4 milhões de pessoas, com transmissão de competições e variada agenda de eventos. Na área de saúde, entre os mais de 8 mil atendimentos da rede municipal  não houve registro de nenhum caso de  vírus Zika.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, ao lado do ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, fez questão de agradecer a cariocas e brasileiros que mostraram "uma enorme capacidade de entrega e de fazer as coisas acontecerem".

"Sempre ouvimos que os cariocas são marcados pelo jeitinho e pelo improviso, mas esses Jogos mostraram muito mais do que só simpatia. Eles revelaram a competência de um povo incrível, capaz de planejar, organizar, trabalhar sério e de solucionar problemas com enorme agilidade. Isso fez da Rio 2016 esse enorme sucesso", disse.

Rio de Janeiro - O ministro do Esporte, Leonardo Picciani (E), e o prefeito Eduardo Paes na cerimônia de abertura do Rio Media Center (Roberto Castro/ME)

No Rio Media Center, 26 mil jornalistas circularam diariamente para a cobertura diária das competiçõesRoberto Castro/ME

Em 17 dias, a Olímpíada do Rio reuniu 11.303 atletas de 206 países (além da delegação de refugiados), que disputaram 42 modalidades olímpicas em 32 arenas esportivas. As competições foram transmitidas para cerca de 5 milhões de espectadores no mundo.

Ao todo, 26 mil jornalistas credenciados fizeram a cobertura dos eventos. No Rio Media Center (RMC), na Cidade Nova, 6,7 mil jornalistas de 102 países acompanharam o dia a dia da cidade, divulgando as belezas, paisagens e cultura brasileira.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o Rio agora é outro e com um enorme legado. "Com certeza, a partir desta edição os Jogos Olímpicos no mundo serão diferentes, inclusive com a inovação da arquitetura nômade. Todos os turistas, especialmente os estrangeiros, conseguiram detectar no Brasil aquilo que é o nosso maior capital: o povo brasileiro. E 98% dos visitantes disseram que a hospitalidade dos cariocas e brasileiros é absolutamente insuperável e 95% querem voltar", avaliou.

Rio de Janeiro - Viagem inaugural do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Carioca, no centro da cidade (Fernando Frazão/Agência Brasil)

No período dos jogos, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) transportou 21.703 passageiros em 3.306 viagens entre a Novo Rio e o Santos DumontFernando Frazão/Agência Brasil

Recorde de passageiros

Na área de transporte, foram realizadas cerca de 4 milhões de viagens e vendidos 800 mil cartões RioCard Jogos Rio 2016. O sistema de BRT transportou 11,7 milhões de passageiros, sendo que aproximadamente 2,2 milhões de pessoas usaram os serviços especiais do BRT Rio, criados para atender deslocamentos às instalações olímpicas.

A média diária em todo o sistema foi de cerca de 700 mil passageiros. O recorde de público foi registrado no dia 12 de agosto, quando 855 mil pessoas utilizaram os serviços convencionais e os implantados para os Jogos.

Já o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) transportou 721.703 passageiros em 3.306 viagens no trecho compreendido entre a Rodoviária Novo Rio e o Aeroporto Santos Dumont. O tempo médio de percurso foi de 36 minutos.

O MetrôRio bateu o recorde histórico de usuários no dia 17, quando transportou 1,121 milhão de passageiros.  Entre os dias 5 e 21, o MetrôRio transportou 13,9 milhões de passageiros nas suas três linhas (1, 2 e 4).

Os trens da SuperVia transportaram quase 10 milhões de passageiros. As estações que registraram a maior quantidade de público olímpico foram Central do Brasil (363.552 embarques), Olímpica de Engenho de Dentro (359.086 embarques) e Vila Militar (164.369 embarques).

De acordo com o secretário estadual de Transportes, Rodrigo Vieira, "a integração dos modais de transporte é o grande legado desses Jogos. A parceria entre os órgãos competentes fizeram com que a mobilidade fosse referência nesse grande evento, garantindo a circulação dos cariocas e visitantes".

Limpeza

Na limpeza urbana, entre os dias 3 e 21 de agosto, início do revezamento da tocha olímpica no Rio até o encerramento dos Jogos, a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) contabilizou duas mil toneladas de resíduos removidos das principais instalações e dos lives sites do Boulevard Olímpico.

Cariocas e turistas colaboraram com a limpeza da cidade, colocando o lixo nas mais de oito mil lixeiras dos acessos às instalações olímpicas, praias, pontos turísticos e nos lives sites do Porto Maravilha, Parque Madureira e Centro Esportivo Miécimo da Silva.

Para aumentar a eficiência do trabalho dos garis, a fábrica Aleixo Gary, da Comlurb, criou um modelo de vassoura em formato menor, que auxilia na remoção de pequenos resíduos das arquibancadas. Outra novidade foram os arquibaldos, garis que ficaram nas arquibancadas recolhendo o lixo dos espectadores e solicitando que cariocas e turistas depositassem seus resíduos em sacolas.

Os três espaços abertos do Boulevard Olímpico geraram 230 toneladas de resíduos, com 150 toneladas no Porto Maravilha, 35,5 toneladas no Parque Madureira e 44,5 toneladas em Campo Grande.

Torcedores acompanharam vitória do Brasil sobre a Itália em telão gigante instalado no Boulevard Olímpico

Local de encontro e de celebração de torcedores, o Boulevard Olímpico é o novo cartão postal do Rio de JaneiroVladimir Platonow/Agência Brasil 

Atrações

No setor de turismo, os Jogos Olímpicos deixaram para o Rio de Janeiro um novo cartão postal: o Boulevard Olímpico do Porto Maravilha. Ao longo de 17 dias, o clima foi de celebração na região portuária, área da cidade que recebeu o maior live site da história dos Jogos.

As atrações desse espaço serão mantidas no período de recesso entre o fim dos Jogos Olímpicos e o início da Paralímpiada, de 22 de agosto a 6 de setembro. A Casa Brasil continuará funcionando nesse período, entre 14h e 20h.

 

Agência Brasil

 

Mural Etnias, de Kobra, entra para o Guinness como maior grafite do mundo

 

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil

Mural Etnias, de Kobra, entra para o Guinness como maior grafite do mundo

Mural Etnias, de Kobra, tem a extensão de 3 mil metros quadrados e representa a união entre os povos dos cinco continentesCristina Indio do Brasil/Agência Brasil

O mural Etnias do artista Eduardo Kobra, pintado no Boulevard Olímpico, na Orla Conde, área portuária do Rio, recebeu o certificado do Guinness World Record, o Livro dos Recordes, como o maior grafite do mundo. O trabalho, que tem a extensão de 3 mil metros quadrados representa a união entre os povos dos cinco continentes estampada em rostos dos povos Huli da Nova Guiné, Mursi da Etiópia, Kayin da Tailândia, Supi da Europa e os Tapajós das Américas, em uma ligação com os cinco arcos olímpicos.

O artista disse que, antes do certificado chegar, o mural já tinha se tornado uma superação própria, por ter feito um trabalho nestas dimensões. Anteriormente, o maior era um painel de 2 mil metros que grafitou em Macaé, no norte fluminense. Kobra disse que não pintou o Etniascom a intenção de alcançar o título de maior do mundo. “Eu realmente não tinha pensado nisso. Sabia da dificuldade do mural, da proporção do mural e de tudo que significaria conseguir realizar um trabalho com estas proporções. Foi algo de superação para mim”, disse.

Mensagens nas redes sociais

Para o grafiteiro, as diversas mensagens nas redes sociais que apontavam o trabalho como um recorde formaram uma mobilização que o levou ao título. “Começaram a marcar o Guinness Book em várias mensagens do Instagram, inclusive, acho que acabou mobilizando e o mural, para minha surpresa, entrou oficialmente no Guinness Book como o maior do mundo. Fiquei muito surpreso com isso e muito honrado. Para mim foi uma dupla honra, poder realizar um mural no Rio de Janeiro e durante a Olimpíada e ainda o mural agora entrar no livro dos recordes”, disse.

Além do tamanho, o mural bateu outro recorde que não foi incluído no certificado: o número de fotos feitas pelo público que foi ao Boulevard. O mural se tornou uma das maiores atrações do Boulevard durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. “A gente deveria ter dito isso para eles. Eu já fiz um mural em Nova York, aquele do beijo que ficou entre os dez pontos mais fotografados de Nova York, mas o número de selfies tiradas nesse muro das Etnias e o tanto de pessoas que me marcaram nas redes sociais foi uma coisa inacreditável, inclusive do mundo todo”.

Mural Etnias, de Kobra, entra para o Guinness como maior grafite do mundo

Kobra disse que, até a conclusão, a pintura consumiu meses de trabalho dele e de mais dez pessoasCristina Indio do Brasil/Agência Brasil

Arte democrática

Kobra disse que ficou impressionado com a quantidade de gente que foi ao local para ver e tirar foto do mural. Ele notou ainda um comportamento diferente das pessoas em relação à arte de rua e à arte em geral. “As pessoas compreenderam muito bem a mensagem de paz e de união dos povos que eu quis passar através do muro”.

O artista disse que, até a conclusão, a pintura consumiu meses de trabalho dele e de mais dez pessoas. “A gente teve que preparar o muro, a gente pintou o muro, tapou buracos, então, teve uma organização logística. Teve muitas cores para preencher. Contei com o apoio de algumas pessoas para colaborar e a gente conseguir preparar todo esse painel”, disse. “Fiz mais de dez desenhos experimentais para chegar nesse resultado. Levei três meses para chegar ao resultado do desenho, depois levei mais um mês preparando o muro e mais um mês pintando”.

Nesse período além dos dias de chuva, precisou enfrentar o sol forte. “Além do calor intenso, ele [o sol] deixava todo esbranquiçado e a gente não conseguia ver muito bem as cores, e o muro também era rústico. Eu saía do hotel 6h30 da manhã e saía do muro 7h30 da noite. Deu 12 horas por dia de trabalho. Parava por meia hora só para comer e voltava para o muro e trabalhava direto”.

Além de ficar satisfeito com o reconhecimento do Livro dos Recordes, Kobra destacou que o trabalho abriu caminho para outros artistas que foram convidados pela prefeitura do Rio para pintarem outros muros e paredões de prédios mal-conservados na região portuária, mudando o visual da área.

“Eu vi a intenção da prefeitura de ocupar vários prédios da região, transformando a área ali em uma galeria de arte a céu aberto. Achei isso super-importante porque faz a opção de uma coisa bem democrática na arte. Estilos diferentes, linguagens diferentes. Acho que para o público é bem interessante. Esse muro fica como legado para a cidade”, disse.

 

Agência Brasil

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