1. Como ocorre sempre, independente do nível de popularidade ou impopularidade do prefeito em exercício, o candidato desse à reeleição de seu governo, será alvo dos candidatos da oposição. Ou seja, é melhor mudar ou continuar.
2. Nesse sentido, o desgaste sofrido pelo candidato do prefeito, Pedro Paulo, em função do caso com sua esposa amplamente divulgado, passou nos últimos dias por uma decisão jurídica. Tanto o procurador geral Janot como em seguida o Ministro Fux do STF entenderam que os fatos não caracterizavam a origem das agressões.
3. Do ponto de vista jurídico fortalece o argumento do candidato. Do ponto de vista político-eleitoral os desdobramentos serão mais complexos, pois dependerão do tipo de reação da opinião pública. Para a oposição os fatos não irão alterar seus argumentos. A intensidade da resultante de opinião só se conhecerá mais perto da eleição.
4. Outro elemento importante será o impacto da Olimpíada sobre a decisão de voto. Naturalmente, o candidato do prefeito maximizará a repercussão do evento sobre o voto, usando os programas de TV para capitalizar. Do outro lado, a oposição sublinhará as questões do gasto e a ausência de prioridade social numa cidade com tantas diferenças.
5. Outra vez, a força dos argumentos e da propaganda em campanha e de seus multiplicadores sobre a opinião das pessoas construirá a resultante eleitoral, coisa que só se poderá medir na segunda quinzena de setembro. É um jogo complexo porque as críticas não poderão passar como desinteresse pela cidade. E a publicidade correrá sempre o risco de passar como se o evento tivesse resolvido os problemas do Rio.
6. Um elemento novo surgiu com a última intenção de voto divulgada pelo instituto Paraná Pesquisa. No geral, reproduziu as demais pesquisas conhecidas antes da Olimpíada com Crivella acima dos 20%, Freixo acima dos 10%, Bolsonaro em seguida, e Feghali, Pedro Paulo, Osório e Molon com 5% ou menos.
7. A pergunta, aliás tradicional em pesquisas eleitorais, ao eleitor, que candidato independente de seu voto ele acha que ganhará a eleição, Crivella se mantém em seu patamar e a única mudança sensível é a intenção de voto no candidato do governo Pedro Paulo emparelhar com Freixo.
8. É um fenômeno comum o eleitor médio achar que o fator governo com que tem convivido nos últimos anos cria uma vantagem sobre os demais. Mas será a própria campanha que trará a resultante dos pontos negativos e positivos do governo e se vale a pena continuar ou se o tempo produziu o conhecido desgaste de material e é melhor mudar.
Ex-Blog do Cesar Maia
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