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QUEM GANHOU E QUEM PERDEU COM AS MANIFESTAÇÕES DE DOMINGO (13)! DIA 18: MEIO EXPEDIENTE?!

1. Entre os candidatos a Presidente da República, ganhou Marina Silva, que ficou na sombra e não se expôs imprudentemente como Aécio e Alckmin. O NÃO é a palavra de ordem das massas quando protestam. Nelson Rodrigues dizia que no Maracanã cheio se vaia até minuto de silêncio. Lula –no auge da popularidade- levou 5 vaias na abertura dos Jogos Pan-americanos de 2007 no Maracanã.
           
2. Candidatos a prefeito que se expuseram também foram vaiados, como Marta Suplicy em S. Paulo e Indio da Costa no Rio. Freixo ficou na sombra.
           
3. Quem perdeu? Claro, perdeu Dilma. Mas com uma novidade. A decisão do STF de que a votação do impeachment teria que ser com voto aberto, o que interessava a Dilma, agora passou a interessar aos que defendem o impeachment. Que parlamentar vai cravar o nome no painel contra o impeachment ou se ausentar? A emenda Dante de Oliveira, das diretas já, não conseguiu os 2/3. Meses depois, o ruído das ruas havia chegado à base aliada do governo e Tancredo foi eleito pelo voto aberto no plenário. E a base do governo Figueiredo se dividiu ao meio.
           
4. PT convocou passeata de resposta para esta sexta-feira, 18, para que pequenos grupos, no horário de saída do trabalho, consigam provocar sensação de muita gente. Mas o que podem provocar é o caos na saída das pessoas para suas casas. Servidores e empresas estão pensando num meio expediente para não ajudar o tumulto.
           
5. Em 1992, Collor convocou o Povo para responder as manifestações –caras pintadas, etc.- usando verde e amarelo num certo dia. As pessoas saíram de preto. Sindicatos e Partidos realizaram dia 13 de março de 1964 o Grande Comício da Central com milhares de pessoas em apoio a Jango. Provocaram o outro lado. No dia 19 de março de 1964 em S.Paulo foi realizada a passeata -Com Deus, com a Família pela Liberdade- com 1 milhão de pessoas.
           
6. (Monica Bergamo - Folha de S. Paulo, 14) 6.1. O impeachment volta a ser, para parte da oposição e seus aliados, o caminho tido como o mais viável para a tentativa, considerada urgente, de afastar Dilma Rousseff do poder. Ainda que Lula integre seu ministério. O processo no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mesmo impulsionado por delações eventualmente bombásticas de empreiteiras sobre a campanha de Dilma Rousseff e de Michel Temer de 2014, é considerado lento demais.
           
6.2. E PMDB e o PSDB têm pressa na solução da crise: são cada vez mais frequentes informações que dão conta de que vários de seus principais líderes podem ser atingidos em cheio por delações premiadas. Calheiros disse, em reunião recente, que é generalizada a sensação, entre os políticos, de que qualquer um deles pode ser preso a qualquer momento.
         
6.3. A saída de Dilma, no mesmo raciocínio, teria o condão de "esfriar" as investigações da Lava Jato. Há uma crença de que parte da imprensa retiraria o combustível que respaldaria hoje praticamente todas as ações de investigadores e do juiz Sergio Moro.

Ex-Blog do Cesar Maia

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