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MP paulista denuncia Lula por supostas ocultação de bens e lavagem de dinheiro

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou hoje (9) à Justiça paulista denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos supostos crimes de ocultação de bens, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A denúncia, que será analisada pela 4ª Vara Criminal de São Paulo, é relativa à investigação sobre o apartamento tríplex, de Guarujá (SP).
Caso a denúncia do promotor Cássio Conserino, responsável pelo caso, seja aceita pela Justiça do estado, Lula passará a ser réu na ação. Desde o início das investigações, o ex-presidente nega que seja proprietário do apartamento tríplex, alvo de investigação.
Em nota, o Instituto Lula informou que Lula e a mulher,  Marisa Letícia, adquiriram, em 2005, uma cota-parte referente ao antigo condomínio Solaris, então sob responsabilidade da Bancoop [Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo]. A compra foi declarada ao Fisco.

O Ministério Público de São Paulo e a força-tarefa da Lava Jato suspeitam que houve tentativa de ocultar a identidade do dono do tríplex, o que pode caracterizar crime de lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, a construtora OAS, investigada na Lava Jato, gastou mais de R$ 700 mil em uma reforma no tríplex na época em que a família do ex-presidente tinha opção de compra do imóvel.



Instituto Lula e advogado questionam legitimidade de responsável por denúncia


Em nota divulgada no fim da tarde de hoje (9), o Instituto Lula questionou a legitimidade do promotor responsável pela denúncia e ressaltou que não há fato novo na denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo. "Não há nenhuma novidade na denúncia do Ministério Público de São Paulo, que já havia sido anunciada na revista Veja, em 22 de janeiro de 2016, pelo promotor Cássio Conserino.
De acordo com a nota, Cássio Conserino não é o promotor natural do caso e prejulgou antes de ouvir o ex-presidente, mostrando que é parcial. "O ex-presidente Lula não é proprietário nem de tríplex no Guarujá nem de sítio em Atibaia, e não cometeu nenhuma ilegalidade. Ele apresentou sua defesa e documentos que provam isso ao promotor", acrescentou o documento.
Também por meio de nota, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, informou que a denúncia do Ministério Público foi antecipada no dia 22 de janeiro à revista Veja pelo promotor de Justiça Cássio Roberto Conserino, antes, portanto, da conclusão do procedimento investigatório e que hoje apenas formalizou a denúncia.
Segundo Martins, a apuração não foi isenta e decorreu da “parcialidade e da intenção deliberada de macular a imagem de Lula, imputando crime a pessoa que o promotor sabe ser inocente”.
“A família do ex-presidente Lula nunca escondeu que detinha uma cota-parte de um empreendimento da Bancoop, tendo solicitado o resgate desta cota no final de 2015”, afirmou a nota.
O advogado disse ainda que a conduta do promotor confirmaria que o Ministério Público paulista e o MPF estão investigando os mesmos fatos e aponta, segundo Martins, a necessidade de o Supremo Tribunal Federasl decidir sobre qual órgão do MP tem competência para tratar do assunto.






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Após ser intimado para prestar um novo depoimento ao Ministério Público de São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu nesta sexta-feira (26) ao STF (Supremo Tribunal Federal) para suspender investigações do promotor Cássio Conserino e da força-tarefa da Lava Jato que apuram supost…
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Prof. PADilla UFRGS Faculdade de Direito: dia 13 queda da bastilha brasileira
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Batuque e tambor marcam velório de Naná Vasconcelos


Recife - Velório do compositor Naná Vasconcelos (Sumaia Villela/Agência Brasil)
No velorio de Naná Vasconcelos, além de flores estavam uma bandeira de Pernambuco, do Santa Cruz e e um estandarte do bloco de rua Galo da Madrugada Sumaia Villela/Agência Brasil
"Mesmo se eu morrer, não quero ninguém chorando, quero muito batuque, muito barulho, porque, se vocês fizerem silêncio, vou pensar que vocês estão dormindo e vou fazer como em casa, com minha esposa. Quando ela está dormindo, faço barulho para ela acordar. É a cigarra". Essa frase foi atribuída a Naná Vasconcelos pelo mestre Chacon Viana, da Nação do Maracatus Porto Rico, do bairro do Pina, Recife, que ouviu a brincadeira em uma reunião preparativa para o carnaval deste ano - o último de Naná. E assim foi atendido o desejo do artista: o tambor tocou e a saia rodou em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde o corpo está sendo velado desde o início da tarde.
Naná jaz no centro do plenário da Assembleia, ladeado, todo o tempo, pela esposa e produtora Patrícia Vasconcelos e a filha Luz Morena, de 16 anos. Sobre o caixão, uma bandeira de Pernambuco – o músico nasceu no Recife – e uma do Santa Cruz, time de futebol pernambucano. Mais de uma dezena de coroas de flores colorem o espaço, e um estandarte do bloco de rua Galo da Madrugada guarda, do segundo andar, o velório do percussionista.
A família e os amigos usaram écharpes para homenagear Naná, uma peça que sempre fez parte de seu figurino. O próprio Naná vestia uma azul que trouxera de Israel. Patrícia Vasconcelos e a filha permaneceram serenas, apesar da tristeza. “A gente foi muito feliz e vai ser muito difícil, mas a gente sabe que muita gente vai dividir essa dor. O mundo está triste pela partida material, mas a música vai ficar”, se consola a esposa Patrícia.
Siga os sonhos
Luz Morena disse guardar as melhores lembranças do pai. E os melhores conselhos. O homem que seguiu seu sonho mundo afora, ao fazer música em vários países e com muitos parceiros de peso, não poderia desejar diferente ao destino de Luz. "Ele me chamou na UTI e disse para eu seguir meus sonhos", lembra a jovem, que pretende estudar design de moda no exterior. A outra filha, Jasmim Azul, mora nos Estados Unidos. A família não sabia se ela conseguiria chegar a tempo.
Além da écharpe, outra coisa que todos usavam era a palavra “humildade” para se referir ao artista. “Ele deixava claro que não tinha mestre ou melhor. O mestre estava no céu. E fez com que todas as nações tivessem uma só voz”, recorda Chacon. O maracatu do Pina, como dezenas de outros, tocava há 15 anos na abertura do carnaval do Recife, comandando por Naná Vasconcelos.
Humildade
Recife - Velório do compositor Naná Vasconcelos (Sumaia Villela/Agência Brasil)
O tambor tocou e a saia rodou Velório do compositor Naná Vasconcelos Sumaia Villela/Agência Brasil
Vestido todo de preto e com o capacete da moto preso à cintura, Edelvan Barreto, que trabalhou por 20 anos com Naná, contou que a característica mais marcante de Naná, além da humildade, era a generosidade em repassar seus conhecimentos. “Ele queria ensinar para as pessoas o que ele aprendeu sozinho, que é a música”, explicou, citando um dos ensinamentos do percussionista: “o primeiro instrumento é a voz, o segundo é o corpo. O resto é consequência”.
Naná Vasconcelos deixou conhecimento e também músicas inéditas, que vão compor um novo álbum que o músico pretendia lançar ainda este ano. Edelvan se lembra de uma delas. "A música Amém Amém, essa mensagem que ele deixou para essas pessoas que estão vivendo essa guerra, a peleja do dia a dia. O amor supera tudo". O artista pernambucano compôs mesmo internado, até os últimos dias de vida. Ele também faria uma turnê, em abril, na China, Japão, e Coréia do Sul.
Últimas homenagens
A Assembleia Legislativa de Pernambuco está aberta para quem quiser prestar as últimas homenagens a Naná Vasconcelos. Como fez a professora de culinária Zezé Melo, de 73 anos, moradora do Recife. “Ele sempre prestigiou muito o estado, representou Pernambuco muito bem. Espero que venham todos se despedir dele”, pediu.
A família estuda limitar a entrada durante a noite, a partir das 20h, para que as pessoas mais íntimas e os parentes possam ter mais privacidade. Amanhã, às 8h, a previsão é que a Assembleia seja reaberta ao povo. Uma missa de corpo presente será celebrada no local por volta das 9 h. Depois, o corpo de Naná Vasconcelos segue em cortejo para o Cemitério de Santo Amaro. Grupos de maracatu anunciaram que vão acompanhar o cortejo fazendo o que Naná sabia de melhor: a música.
Melhor percussionista
Morre percussionista Naná Vasconcelos
Percussionista Naná Vasconcelos ganhou oito vezes o Grammy Imagem de divulgação/UFMG
Juvenal de Holanda Vasconcelos, ou Naná Vasconcelos, nasceu no Recife em 2 de agosto de 1944. O pai, músico, lhe passou o gosto pela arte – e o filho começou cedo. Aos 12 anos já se apresentava em bares e participava de grupos de maracatu locais. Aprendeu primeiro a tocar bateria. Depois, berimbau. E não parou mais: ao longo da carreira, uma das características da sua percussão era usar qualquer objeto que produzisse um som interessante para compor seus trabalhos.
Naná começou a ser conhecido nacionalmente ao mudar para o Rio de Janeiro, na década de 1960, e tocar com o mineiro Milton Nascimento e o também pernambucano Geraldo Azevedo. Quando morou nos Estados Unidos e na França fez diversos trabalhos, inclusive trilhas sonoras para filmes, o que lhe rendeu, por oito vezes, o Grammy, um dos maiores prêmios de música do mundo. Entre as parceiras ao longo da carreira estão B.B. King e Ella Fitzgerald.
Fruto do aprendizado informal da música, sem nunca ter cursado nível superior, em dezembro de 2015, o artista recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 



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