Marina: 'PMDB e Lula governam'
A
ex-ministra Marina Silva considera que a presidente Dilma Rousseff
perdeu as rédeas do país. Para ela, o “desgoverno”, originado
pelo agravamento da crise política e econômica, colocou a condução
do Brasil nas mãos de um “triunvirato” integrado pela cúpula do
PMDB no Congresso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Não se muda presidente porque a
gente discorda. Se não, levará aos casuísmos”.
Marina Silva
Ex-ministra do governo Lula
Fonte: Correio do Povo, página 3 de 7
de setembro de 2015.
Meninas caingangues morrem na BR
386
Quatro garotas da aldeia esperavam o
transporte escolar quando rodado do caminhão soltou-se
Três meninas caingangues morreram e
uma quarta ficou gravemente ferida ao serem atingidas por um rodado
que desprendeu-se de uma caminhão Mercedes-Benz na manhã de ontem,
em Estrela. O veículo passava pelo km 360 da BR 386 quando ocorreu a
tragédia. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as
vítimas estavam no acostamento, aguardando o transporte escolar. As
irmãs Chaiane Soares Lemes, de 15 anos, e Thaís Soares Lemes, de 9,
e a prima das duas Franciele dos Santos Soares, 14, morreram no
local. Gravemente ferida, Anelise Soares Lemes, 13, irmã de Chaiane
e Thaís, foi conduzida ao Hospital de Estrela, onde está internada.
Revoltada, a comunidade caingangue da
aldeia Jamã Tü Tânh (Morada do Coqueiro), distante 300 metros da
rodovia, bloqueou por várias horas a estrada com troncos, galhos e
pedras. Alguns veículos foram apedrejados. Uma carreta ficou
danificada ao ser confundida com o veículo responsável pelo
acidente. A Brigada Militar foi acionada. Devido ao bloqueio na
pista, ocorreu um extenso congestionamento. Policiais rodoviários
desviaram o trânsito para uma estrada de chão batido.
A aldeia realocada em julho deste
ano, existe na região desde meados da década de 1960 após o grupo
indígena ter sido retirado da antiga Gruta dos Índios, atual Parque
da Gruta, em Santa Cruz do Sul. Hoje, vivem 150 indígenas na aldeia.
Segundo o chefe da 4ª Delegacia da
PRF em Lajeado, inspetor Adão Vilmar Madril, o caminhão de três
eixos, com placas de Alvorada, foi abordado no município de Tio
Hugo. O motorista, de acordo com Madril, alegou não saber onde havia
perdido o rodado. Ele foi detido e levado para Estrela. Na Polícia
Civil, o delegado José Romaci Reis determinou a prisão em flagrante
por homicídio, lesão corporal e omissão de socorro. O caminhão
foi apreendido para a perícia e análise do tacógrafo. Segundo a
PRF, a velocidade máxima no trecho é de 60 km/h.
O cacique Valdomiro Vergueira, líder
das tribos na região do Vale do Taquari, lembrou que este era o
terceiro acidente na rodovia envolvendo índios. Na mesma área, no
ano passado, uma menina indígena, de 2 anos, também perdeu a vida
atingida pela roda solta de um Gol. “Pedimos à prefeitura de
Estrela para nos ajudar, mas isso não ocorreu”, disse o cacique.
“As crianças precisam esperar a van às margens da rodovia, mas
ela (van) poderia entrar na aldeia, que fica a apenas 200 metros da
estrada”, lamentou o cacique.
ESTRELA.
A
prefeitura de Estrela divulgou nota lamentando o ocorrido. Em relação
ao transporte dos estudantes indígenas, o executivo municipal
observou que “o mesmo segue o padrão de todo o transporte escolar
feito no município. A conclusão da Secretaria de Educação obedece
um roteiro estabelecido há mais de dez anos, passando pelas
principais vias e recolhendo seus passageiros nas paradas de ônibus
existentes”. A nota ressalta, ainda, ser responsabilidade do pais
acompanharem e embarcarem seus filhos com segurança no transporte
escolar.
Indígenas estavam revoltados
Após
a tragédia com as quatro meninas caingangues – uma delas
sobreviveu e está em estado gravíssimo –, o clima na tarde de
ontem na comunidade indígena da Morada do Coqueiro era de
inconformidade. Muitos integrantes da tribo se diziam perplexos e
revoltados com o ocorridos.
Os parentes das vítimas preparavam o
galpão central da aldeia para o velório. Até as crianças não
pouparam esforços e ajudaram a carregar as mesas escolares. Estas
formaram os suportes para os caixões.
Chaiane, Thaís e Franciele eram
tidas como meninas estudiosas e caseiras, que participavam da rotina
da comunidade. “Elas estudavam bastante e ficavam sempre na aldeia.
Só saiam com as mães”, ressaltou a tia das três jovens, a
aposentada Iraci Soares Pereira, 58 anos. Anelise, ferida gravemente,
também segue o mesmo perfil.
No início da tarde, a informação
de que Anelise não teria resistido aos ferimentos se espalhou entre
os familiares. “Não acredito”, dizia Iraci. A matriarca da
família, que já perdeu três netas, ficou em choque. Um quarto
suporte chegou a ser montado ao lado dos outros três. Porém, cerca
de 30 minutos depois, a informação foi desmentida. Todos ficaram
aliviados.
Parentes e amigos das vítimas
passaram a tarde abrindo as covas no cemitério local. Os corpos das
jovens serão sepultados ao lado de outros familiares. Alguns também
perderam a vida na rodovia.
Fonte: Correio do Povo, página 16 de
20 de outubro de 2015.
Mello: 'Não posso salvar o RS'
O
ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello afirmou
ontem ao jornalista Felipe Vieira, da Rádio Guaíba, que não tem o
poder de salvar o Rio Grande do Sul. Mello será o relator do
processo no qual o governo do Estado tenta evitar o bloqueio das
contas do Executivo. “É possível que o pedido já esteja na
pasta, mas como a carga de processo semanal é muito grande, ainda
não tive contato com a matéria. Não sei qual é a causa do pedido
junto ao STF, mas não podemos esquecer o compromisso entre Estado e
a União e passarmos por cima disso. Eu não tenho poder de salvar o
RS”, adiantou.
“Nós temos que entender que o
exemplo precisa vir de cima. Precisamos saber o que houve com o Rio
Grande do Sul para chegar nesta situação. Alguma coisa está errada
e precisa ser corrigida”, completou. Apesar de a ação estar com
pedido de urgência, Mello não informou quando julgará o processo.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de
28 de agosto de 2015.
Merkel no Brasil: 'países devem se
unir'
Brasília
– A
chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu ontem que Brasil e Alemanha
se unam para assumir “responsabilidades internacionais” enquanto
países com grande importância no mundo e que influenciem mudanças
no cenário global. Angela encontrou-se nesta quinta-feira, em
Brasília, com a presidente Dilma Rousseff para uma série de
compromissos envolvendo consultas de alto nível entre o Brasil e a
Alemanha, que preveem a realização de reuniões presidenciais e
ministeriais a cada dois anos. “Enquanto quarta e sétima maiores
economias do mundo, estamos prontas para assumir mais
responsabilidades na reconfiguração do Conselho de Segurança da
ONU e no desafio das mudanças climáticas”, afirmou Merkel. Ela
anunciou a criação de um fundo de 500 milhões de euros destinado a
questões climáticas. Em sua fala, Dilma Rousseff celebrou o fato de
Brasil e Alemanha lutarem por um “mundo de paz” e por uma
governança mais representativa no âmbito global.
Fonte: Correio do Povo, página 12 de
21 de agosto de 2105.
MH370:
fim das buscas em ilha
Saint-Denis
– A França suspendeu ontem, como planejado, a procura por
possíveis destroços do voo MH370, iniciada após a descoberta, no
final de julho, de um pedaço de asa em uma praia da ilha Reunião.
As buscas “não permitiram identificar nenhuma outra evidência que
pudesse estar relacionada com a aeronave”, anunciou um
representante do governo francês.
Fonte:
Correio do Povo, página 8 de 18 de agosto de 2015.

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